Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Ficou
em silêncio. O sorriso dela desapareceu e ela se levantou.

- Não,
espere, eu...

- Sente
muito? Não se preocupe. Está tudo bem. A culpa é minha. Eu não deveria ter
ficado. Você precisa descansar e...

- Seu nome.

- O quê?

Ela tentou
se afastar mas ele a segurou.

- Eu sequer
sei o seu nome.

Delicadamente,
mas com firmeza, ela conseguiu se soltar dele e se virou para a porta. Pela
primeira vez em sua vida, ele sentia como se os papéis estivessem trocados. Ela
o estava deixando.

Não
importava que ele a conhecesse há apenas alguns minutos. Que não soubesse seu
nome. Que estivesse ferido e não tivesse a menor idéia de onde Poncho estava,
ou de como terminara a operação de campo. Nada importava tanto quanto aquilo.

- Por
favor, espere - disse ele.

Ela pôs a
mão na porta e não olhou para ele. A dor em seu peito aumentava. E então ele
percebeu. Não era o peito, e sim o coração. Ucker fitou aquela silhueta
delicada, o cabelo ruivo onde ele tinha vontade de mergulhar seu rosto. Vire-se, desejou em silêncio.

Ela não se
virou. Ele não tinha escolha a não ser se entregai.

- Eu senti.

- O quê?

-A conexão.
Se você se referiu a essa coisa zunindo ente a gente, à velocidade do som,
talvez até à velocidade da luz, então, sim. Eu senti.

Ucker
sentia que despia sua alma. Ela olhou para os próprios pés, depois voltou seu
olhar para ele.

- Dulce.
Meu nome é Dulce Maria.

- Bem, Dulce
Maria... - ele estendeu a mão. - Agora que eu já vomitei na sua frente, sem
falar que estive delirando e provavelmente fazendo coisas que normalmente faria
no banheiro, talvez eu pudesse mostrar a você um lado diferente de mim. Um lado
melhor.

Ela ergueu
uma sobrancelha.

- E que
lado seria? Eu já vi cada centímetro.

Uma
olhadela no avental que usava, em vez do uniforme do ATF, foi toda a explicação
que ele precisava.

- Espero
que tenham sido centímetros bons.

Ela sorriu,
e Ucker se sentiu como se tivesse ganhado na loteria. E quando ela se dirigiu
novamente a ele, ele pensou que podia morrer naquele momento, porque pela
primeira vez em horas, ou anos, sentia-se como se tudo estivesse bem.

- Você vai
me dizer o que planeja?

Poncho
olhou para Annie surpreso. Ela não falava com ele há 33 minutos. Ele sabia
disso porque ainda segurava o celular e olhara o relógio milhares de vezes. Por
um milagre, eles não haviam sido seguidos, mas era uma questão de tempo. Ele
tinha que ter um plano para colocar Annie a salvo, em algum lugar, e depois
apanhar o computador dela.

- Ela fala
- disse ele.

- Reféns
não falam. Sofrem. Esqueça o que eu disse. Preciso parar.

- Está com
fome?

- Não.

- Sede?

- Não.

- Então
nada de parada.

- Preciso
ir ao banheiro.

ja sabem quero mais comentários.

ah e não esqueçam de dar uma olhada em A flor selvagem de Alfonso, e Somente por prazer.

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