Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Ela sentiu
que ele estava mais perto, e então aquelas mãos grandes e rudes começaram a
deslizar para cima e para baixo em seus braços, num gesto que era de alguma
maneira reconfortante, mas que a fez querer se entregar totalmente.

- Ei -
sussurrou ele. - Não desista de mim agora. Para cima e para baixo. Para baixo e
para cima.

O frio que
ela sentia minutos antes foi embora completamente. O que estava acontecendo
com ela? Annie abriu os olhos e sua visão foi ocupada totalmente pelo torso
dele. A luz do abajur estava bloqueada por aqueles ombros largos. Ela não tinha
a menor idéia de que um peito másculo nu poderia tirá-la do sério, mas ali
estava ela. Com uma excitação, pura e simples, que tomava conta de seu corpo e
a deixava tonta.

- Estamos
tão perto - murmurou ele, aparentemente sem perceber o que suas mãos causavam
nela.

Sim, ela
estava. Perto de ter um orgasmo.

- Depois de
uma rápida soneca, vamos pegar seu laptop - disse ele. - E depois cuidamos de James.

Ela abaixou
os olhos. E tocou na cicatriz sobre o peito dele. Sem pensar, correu o dedo
sobre a cicatriz, fazendo-o soltar um som baixo.

- Annie -
sua voz era rouca. - O que você está fazendo?

Ela não
tinha a menor idéia.

- Só estou
aqui - disse ela, afastando a mão dele.

- Você
estava me tocando. Olhando para mim. Como se quisesse um pedaço de mim.

- Não. Sim.

Afastando-se,
ele ergueu as mãos no ar e se virou de costas, cruzando os dedos sobre o cabelo
curto. Seu jeans desabotoado havia caído um pouco, revelando o algodão da cueca
e uma coluna dorsal suave, atraente como todo o resto dele,

Poncho foi
para o banheiro, abrindo o último botão ao entrar.

- Me diga
apenas que você vai estar aqui quando eu sair.

Olhos
grudados no jeans dele, que estavam num nível quase indecente, Annie estava a
ponto de descobrir se ele estava de cueca justa ou ceroula.

- Annie?

Ela afastou
o olhar quando ele se virou. Oh, meu Deus. Ele a flagrou olhando. Poncho
estreitou os olhos, ergueu uma das mãos e apontou o dedo para ela.

- O que foi
isso?

- N-nada.

Ele
caminhou de volta até ela e emitiu um som para mostrar que não acreditava.

- Não, foi
alguma coisa. Foi excitação. Desejo. Ela cobriu o rosto.

- Sinto
muito.

Ele deixou
escapar um riso baixo.

- Anahí Portilla,
você estava excitada comigo?

- Não. Um
pouco, talvez. Ele a fitou longamente.

- Talvez ou
certamente?

Ela mordeu
os lábios. Ele prosseguiu:

- Você
estava me olhando com seu eu fosse um banquete e você estivesse há dias sem
comer. Ou é isso ou você está tramando me assassinar.

- Um pouco
das duas coisas, acho.

- Está bem,
agora eu realmente preciso ir.

- Poncho...

Mas ele já
se virará de costas. E enquanto ele chegou ao banheiro, chutou a calça para o
chão.

Ceroula.

Então a
porta se fechou e ela ficou ali, com os joelhos meio bambos. Seu seqüestrador
acabara de lhe mostrar por um instante o traseiro mais lindo que já tinha visto
na vida.

Poncho saiu
do banho tremendo. Já enfrentara guerra, gangues e o próprio inferno naquelas
24 horas anteriores, mas agora sua barriga doía quando abriu a porta do
banheiro e esperou que o vapor de dissipasse, porque não tinha a menor idéia do
que o esperava.

Silêncio e
escuridão.

Com certeza
Annie dormiu, mas ele não conseguia ouvir a respiração dela.

Isso não é
bom.

- Annie?
Nada. Céus.

Provavelmente
ela já estava a caminho de Cheyenne e a polícia a caminho para prendê-lo por
crimes que não cometera. Ele confiara nela. E ela o apunhalara pelas costas.
Ele realmente era um idiota. Com raiva e sentindo-se mais ferido do que poderia
admitir, Poncho entrou no quarto escuro e seu coração quase parou quando alguém
se mexeu sobre a cama e caiu no chão, soltando um pequeno grito.

Annie.

- Oh, Deus,
sinto muito.

Ele se
agitou e estendeu as mãos, procurando-a. Sentiu um corpo suave e se ajoelhou ao
seu lado. Ela estava encolhida, mãos nos joelhos, respirando com dificuldade.

- Annie...

Seus olhos
se acostumaram com o escuro e ele a tocou, mas não ficou surpreso quando ela
recuou e soltou outro grito baixo, que o fez sentir uma dor aguda no peito.

- Annie.

- Não.

Não o quê?
Não me toque? Não olhe? Não faça nada?

- Você está
dormindo.

Ela não
respondeu. Apenas ofegava, como se estivesse correndo.

-Assustei
você - murmurou ele.

- Não -
disse ela, com apenas um vestígio daquela valentia que ele adorava nela. - Você não me assustou.

- Está bem.

Poncho
observou o perfil dela no escuro.

- Você
estava sonhando. Um pesadelo.

Ela ergueu
um ombro, sem exatamente admitir.

- Tibbs ligou.

Poncho
congelou.

Droga.

- Então
posso esperar ser preso a qualquer momento? - perguntou ele, com uma calma
impressionante. Ela não respondeu. -Annie? Ela respirou fundo e balançou a
cabeça. Perfeito.

o que acham?

ja sabem, quero comentários,

besos e até mais!!!