Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Mas Poncho
não conseguia evitar. Estava coberto apenas pela toalha, o que não adiantava
muito, e abraçava Annie.

E ela
acreditava nele.

Diabos,
aquilo por si só o excitava. Mas então ela tremeu num suspiro, soltando o ar
sobre seu pescoço, o que lhe causou uma sensação incrível, enquanto o cabelo dela
grudava nos pelos de seu queixo.

Ele
precisava se levantar e convencê-la a tomar um banho, para conseguir dormir um
pouco, mas não conseguia fazer isso.

- Você pode
parar de se preocupar com que eu me volte contra você - disse Annie, ainda com
a boca contra a pele dele. - Não conseguirei fazer isso agora. Não conseguirei
viver em paz comigo se tudo o que você me disse for verdade. Temos ter que ir
até o fim.

Como ela o
tocava no fundo e como achou que não conseguiria falar nada porque sentia um nó
na garganta, Poncho ergueu uma das mãos e acariciou o cabelo de Annie.

- Sim,
vamos até o fim. Juntos - disse ele.

Sem
conseguir se conter, Poncho se inclinou sobre Annie, mas ela ergueu uma das
mãos e deu um tapinha no peito dele.

- Má idéia,
lembre-se - disse ela.

- Acho que
discordamos nesse ponto, Any.

- Não estou
brincando, Poncho.

Sim. Droga. Ele sabia.

- Nós...

Ela mordeu
os lábios e o fitou.

- Não
devemos.

- É o que
você diz. Mas tenho que dizer que você não parece muito certa disso.

- É claro
que não. Estou mentindo.

O coração
de Poncho bateu mais rápido e ele queria sorrir. Queria chorar e sorrir ao
mesmo tempo. Inclinando-se sobre ela, ele tentou alcançar o abajur.

- Não, por
favor...

Ele olhou
nos olhos dela.

- Passamos
por um bocado de coisas essa noite, vamos passar por isso também e ver um ao
outro. Quero dizer, ver realmente um ao outro. Está bem?

Ele podia
sentir que ela pensava nisso, e roçou a boca sobre o rosto dela.

- Vamos, Annie.
Você confiou em mim até agora...

- Sim, mas
existe confiança e confiança.

- Qual é a
pior coisa que pode acontecer?

Ela ficou
em silêncio. Em seguida, soltou um pequeno riso que tinha mais nervosismo do
que humor.

- Eu não
sei - disse.

- Nunca
tenha medo do desconhecido.

E ele
acendeu o abajur.