Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

choquei, chegamos nos quinhetos comentários gente? não dar pra acreditar, por isso esse capitulo é totalmente dedicado a todos a todos mesmo que me ajudaram a chegar lá, ah e obrigado por gostarem tanto dessa web. besos

Ela
repousava uma das mãos sobre o peito dele, aberta, como se tivesse planejado
impedi-lo mas tivesse se perdido em pensamentos.

Ou
mudado de idéia.

Ele
esperava que fosse a segunda opção. Annie lutava contra seus demônios, e Poncho
admirava isso, porque tinha seus próprios demônios. Durante toda a sua vida,
seu trabalho tivera prioridade sobre a família, os amigos, tudo. Quando estava
nas Forças Especiais, perdeu a maioria das pessoas próximas a ele porque era
difícil conciliar relacionamentos com seu modo de vida.

Ele
lamentara um pouco, mas sempre havia o futuro, quando iria parar de trabalhar,
sossegar e deixar alguém entrar a sério em sua vida. Por enquanto, cuidava de
correr atrás dos sujeitos maus. Nem sabia fazer qualquer outra coisa, ser
alguém além daquilo. As mulheres pareciam não gostar, e por isso iam embora. A
maioria.

Mas quando Annie
olhou para ele, ele não teve que tentar menosprezar sua vida, esconder a
loucura que era seu trabalho. Ela sabia, porque vivia aquilo também.

Aquilo era
tão libertador. Deslizando os dedos pelo cabelo de Annie, Poncho a beijou
novamente, mais fundo, tentando mostrar-lhe que poderia prolongar o prazer
tanto quanto ela quisesse. Com um murmúrio, ela ergueu uma das mãos.

Sim, pensou
ele. Toque em mim. Faça-o. Até mesmo esse pensamento o excitou mais.

A mão dela
tocou seu ombro, recuou, depois tocou novamente. Ele gemeu e ela afastou as
duas mãos e os lábios mofados. Ela ofegava e seu corpo tremia.

- Sinto
muito - disse.

Sinto
muito? Ela estava brincando? Não, eu quero que você...

Ele queria
tanto que temeu até completar seu pensamento. Mas ela o havia beijado como se
ele fosse sua salvação, sua única esperança, talvez indicando que um beijo não
seria suficiente, nunca poderia ser.

Aquela
atração entre eles existia há seis meses. Agora nada os impediria. Ainda
olhando para ele, ela disse:

- Sinto
muito, ainda não estou pronta...

- Está bem
- reagiu ele.

- É que
você é tão forte - disse ela, com suavidade, olhando para os ombros largos
dele.

O peito
dele. A tatuagem no bíceps. O abdome... a toalha que parecia uma tenda.

- Ajudaria
dizer que quando você olha para mim eu me sinto completamente indefeso? -
perguntou ele.

Ela sorriu,
mas balançou a cabeça negativamente.

- Eu nunca
usaria minha força contra você, Annie.

- Exceto, é
claro, se eu fosse entregar você. Lembrando-se de como a fizera acompanhá-lo na
mata, ele disse:

- Eu
realmente tentei não...

- Eu sei.
Só estava pensando que se você fosse mais magro, ou mais gordo.

- Preferia
que eu fosse gordo?

- E fraco.

- Espere.
Posso resolver isso.

Poncho
apanhou as algemas, prendeu uma argola em seu punho e a outra na cabeceira da
cama. Annie o fitou, chocada.