Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

- O que
você está fazendo?

- Só estou
aqui. Não estou gordo, sinto muito, mas enfraquecido. Só uma das mãos, está
vendo? Estou à sua mercê, Any. Você tem o controle total.

Ao vê-lo
daquele jeito, ela sentiu uma certa gratidão, alívio e um calor que percorreu
todo o seu corpo. Ele sentia seus dedos querendo tocá-la, mas permaneceu inerte
como uma pedra. Bem, exceto por uma parte do corpo que não conseguia controlar.
Por baixo da toalha, surgia algo. Ela notou.

- Bem, essa
parte de mim pensa sozinha. Mas, e o resto? Estou aqui, restrito. Faça o que
você quiser, Annie. Olhe, toque.

Sinta o
gosto.

- O que
você quiser. Sou seu. Totalmente. Completamente.

Seu.

Obviamente
intrigada, ela se esticou para tocar o peito dele e recuou.

- Mas o que
vai acontecer quando voltarmos ao mundo real?

- Achei que
estivéssemos no mundo real.

-Você sabe
o que quero dizer. O mundo real é diferente. Trabalhamos juntos no mundo real.
Temos que ser profissionais.

- Ei, eu
sou bastante profissional.

Ela riu. Riu. O som mais doce que ele havia ouvido em toda a sua vida. Então ela pôs a
mão no peito dele, pressionando seu peso completamente enquanto olhava para
ele.

- Você vai
ficar assim?

- Assim.

- Não que
eu tenha medo de você...

- Eu sei.

- Eu só...

- Você
precisa de controle. Está bem, eu entendi.

Ele
balançou as algemas para mostrar que entendia. Ela não sofrerá abuso sexual,
mas ser despida, sem nada poder fazer, era algo que havia deixado sua marca.
Haviam destruído sua confiança. Haviam ferido Annie.

Agora a
situação era inversa.

Era ela
quem estava vestida, com todo o poder. E ele faria o que ela quisesse.

- Você está
no comando - disse ele.

- O que eu
devo fazer?

- O que
quiser.

- Com você?

- Comigo.

Ela olhou
nos olhos dele, dividida entre a cautela e a excitação.

- Seja
boazinha.

- Vou ser -
disse ela, séria.

Annie ficou
olhando para o corpo dele coberto apenas pela toalha. Nenhum dos dois se mexia.
Mas ele percebia que ela pensava. O rosto de Annie estava rubro, e ele via os
mamilos dela pressionando a blusa.

- Não sei
como começar - admitiu ela.

Ele sabia
que podia guiá-la. Mas prometera que se controlaria e que ela faria o que
quisesse. E esperava que ela quisesse mais.

- Por onde
você quiser - disse ele.

- Está bem.

Finalmente,
ela ergueu uma das mãos e a deslizou sobre o peito dele, seu dedo esfregando um
dos mamilos. Os músculos dele incharam. Ela percebeu e parou. Depois,
continuou.

- Você
gosta disso? Ela já suava.

- Sim.

Concentrando-se,
ela desceu as mãos sobre o torso dele. O corpo dele vibrava.

- E isso?
Você gosta disso também?

- Vou
poupar o seu tempo. Vou gostar de tudo o que você fizer.

- Mesmo?

Novamente
os dedos dela se moveram, para baixo. Sobre a cintura dele.

Depois
sobre o abdome dele, que tremia.

O tempo
todo ela observava o rosto dele com grande interesse. Poncho havia fantasiado
sobre aquilo. Mas subestimara completamente os efeitos que teria sobre ele.
Céus, ela nem precisava tocá-lo para ele se excitar. Só a voz dela já o
excitava. E ela pressionava seu corpo, olhava, tocava...

Fique
quieto, lembrou a si mesmo.

- Está bem
- sussurrou ela, respondendo a alguma pergunta em sua própria mente.

Então ela
abaixou a cabeça e quase tocou seus lábios nele.

E então
parou.