Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Mas quando
sua visão se apagou, quando um calor tomou conta de seu corpo de maneira
interminável, ele soube que o que quer que fosse, era muito, muito mais do que
simples atração.

Annie
voltou a si aos poucos, e mais saciada do que sua situação permitiria.

Estava
deitada sobre o colo de Poncho, a camisa semi-aberta e um dos seios à mostra,
que ele acariciava com o dedo polegar.

Seu rosto
estava encaixado no pescoço de Poncho, e quando ela se deu conta, ficou feliz
por não estar vendo o rosto dele. Suas pernas estavam espalhadas sobre as dele,
suas mãos o agarravam como se ela nunca mais fosse soltá-lo.

Quanto às
mãos dele, bem, estavam bem confortáveis sobre seu corpo. Um das mãos segurava
intimamente as nádegas dela e deslizava levemente sobre a pele, fazendo-a ainda
desejar se esticar como um gato, expondo mais o abdome e querendo mais.

Meu Deus.

O rosto de Poncho
estava enterrado em seu cabelo, e com um suspiro longo e cheio de prazer ele
ergueu a cabeça. Seus olhos estavam pesados de sono, e extremante sensuais
quando ele sorriu para ela, parecendo estar satisfeito consigo mesmo.

- Oi.

- Oi.

Ela não
sabia o que fazer ou dizer,

- Você está
bem? - perguntou ele.

- Acho que
você está vendo bem que eu estou para lá de bem.

Ele sorriu.

Sim,
satisfeito consigo mesmo.

Ajeitando
uma mecha de cabelo atrás da orelha de Annie, Poncho deixou que seu dedo
transmitisse a mensagem, passando-o pelo pescoço dela e sobre o ombro nu.

- Talvez da
próxima vez possamos tirar algumas roupas - murmurou.

- Você está
sem roupa alguma.

- Estou me
referindo a você.

Ela olhou
para baixo, viu-se desarrumada e respirou fundo.

- Sim, acho
que pensei estupidamente que não tirá-las se ria como estar de armadura.

- Você teve
que superar muita coisa. Por falar nisso, ela havia atingido o orgasmo.
Provavelmente, se ele a tocasse novamente, atingiria novamente num piscar de
olhos.

- Eu não
esperava que fosse tão... - ela procurava em vão uma palavra que expressasse o
que sentira... - Uau.

- Eu também
não esperava.

Então não
havia sido só ela. Isso era bom. Seria um pouco mais embaraçoso se tivesse sido
só ela.

-Annie? Ela
procurou o olhar dele.

- Você não
precisa de uma armadura comigo.

Não. Ela
não precisava. Ela manteve seu olhar sincero e respirou fundo novamente.

- Eu sei.
Mas também sei que não temos tempo para isso.

Ele olhou
para ela como se fosse discordar, mas em seguida concordou com a cabeça.

- Vamos
dormir?

- Banho
primeiro.

E usando
isso como motivo para escapar, ela se levantou, ignorou a necessidade de se
cobrir e foi até o espelho do banheiro.

Oh, Deus.

Seu rosto
estava vermelho, seus olhos brilhavam. Seu corpo também.

Quem
poderia imaginar que sexo muito bom era parte da cura?

Não só
sexo, disse a si mesma enquanto entrava no chuveiro. Ela tivera uma vida sexual
saudável antes do pesadelo, e o que acabara de viver com Poncho não era isso.

Era mais,
muito mais.

E isso
tornava esta a parte mais assustadora das últimas doze horas.