Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Cheyenne
Memorial Hospital

Ucker abriu
os olhos com dificuldade, mas para seu alívio, a dor causada pela pancada na
cabeça diminuíra.

Conseguiria
viver com aquilo.

E com
aquela mulher a seu lado.

Dulce havia
ficado. Em grande parte porque não queria que ele deixasse o hospital, mas ele
sabia que era mais do que isso.

Pelo menos
esperava que fosse. Ele estendeu a mão até Dulce e ela levou um susto.

- Está
doendo - perguntou?

- Sim.

Ela pôs a
mão em sua testa, mas ele a tirou e a manteve junto à dele, levando-a ao peito.

Aquilo o
fez se sentir um pouco melhor. Mas queria tê-la dentro dele.

- Aqui. Dói
aqui - disse.

Ela tocou o
peito dele com delicadeza.

- Não vejo
nada. Vou chamar o médico...

- Não. Não
é esse tipo de dor. Ouça, Poncho vai telefonar...

- Já
telefonou. Ele vai vir aqui, mas...

- Nada de
"mas". Quando ele chegar, não vou ter tempo, e antes de ir quero lhe
perguntar uma coisa. Sobre a noite passada - disse ele, fitando-a. - Foi
diferente, não? Quero dizer, para você também...

- Eu nunca
fiquei daquele jeito com um paciente, se é isso que você está perguntando.
Nunca. Na verdade, não tenho ninguém há muito tempo. Não encontrei alguém que
quisesse. Tenho tentado bastante e... Bem, é mentira. Há um ano rompi um
relacionamento, e desde então tenho tentado não ferir meu coração de novo.

- Faz todo
o sentido, porque sinto a mesma coisa. Ou sentia, até doze horas atrás.

- Ucker...

- Olhe, sei
que parece rápido demais, mas tenho que lhe dizer algo antes de as coisas
piorarem hoje.

- Não vão
piorar. Você não vai a lugar nenhum.

- Sim, vou.
Com Poncho.

Ele piscou
os olhos ao perceber algo:

- Não estou
no mesmo quarto. Onde estou?

- Transferi
você para outro andar, com um nome diferente.

Ótimo. Não
importava onde estivesse. O importante era ajudar Poncho

- Vou
precisar de roupas.

- Ucker,
você está louco. Você é louco.

- Sim,
louco por você. E não tenho a menor idéia de onde isso vai nos levar. Só sei
que não quero que isso acabe quando eu for embora. Quero ver você de novo
quando isso for resolvido. Hoje à noite, se possível.

- Hoje à
noite.

- E amanhã,
depois de amanhã...

- Entendi.

- Mas você
gosta da idéia? Ela sorriu, confortando-o.

- Está bem,
Ucker, mas eu vou com você.

- De jeito
nenhum

- Você vai
precisar de uma enfermeira. Principalmente para garantir que você consiga fica
em pé para chegar a qualquer lugar com segurança, e para cuidar de você.

- Não, Dulce,
não vou pôr você em perigo.

Ela se
calou e lhe trouxe roupas. Quando ele viu o que ela trouxera, balançou a
cabeça.

- Oh, não.

- Se as
entradas e saídas estiverem vigiadas... uma nova mamãe é um disfarce perfeito.

Ucker olhou
para o vestido enorme, a peruca e a maquiagem. Ela sorriu e o ajudou a pôr o
vestido pela cabeça, brincando com ele.

- Você está
se divertindo - disse ele.

Dulce pôs
uma peruca loura nele, apanhou os batons e perguntou:

- Cereja ou
morango?

- Ah?

Depois ela
lhe trouxe um espelho. Ele se viu diante da mulher mais feia que já havia
visto. Então ela lhe deu uma almofada. Ele ficou olhando o que viria a ser um bebê
falso.

- Isso é
estranho - disse ele. - Nunca consegui me ver com filhos.

- Nunca? -
perguntou ela.

- Acho que
nunca me considerei o tipo de sujeito que se acomodaria e teria uma mulher que
amasse o suficiente para querer ter filhos.

- Você sabe
o que isso significa? Que nunca esteve com a mulher certa.

Ele a
fitou.

- Então
você sabe me dizer onde posso encontrar a mulher certa?

Os olhos de
Dulce brilharam, mas ela se limitou a sorrir.

Condomínio
de Annie

- Acho que
sei onde James está - disse Annie a Poncho. - Ele tem uma outra casa sobre a
qual não costuma falar, um rancho a uns 30 minutos daqui.

Poncho
ouviu aquilo enquanto seguia pelo corredor com o laptop embaixo do braço e a
pistola de Annie na cintura. Logo chegaram ao carro.

- Poncho?

Ele abriu a
porta do motorista e fez sinal para que ela entrasse.

- Sim?

- Você se
lembra da primeira coisa que eu disse a você ontem à noite?

- Que era
mais fácil você confiar num rato do que em mim?

- Sim. Eu
mudei de idéia.

Ele a fitou
e ergueu uma sobrancelha. Ela o surpreendia. Ambos eram vítimas de James.

- Confio em
você. Completamente - disse ela.

curiosas?

continuem comentando ok, ainda tem muita aventura e romance pra rolar.

besos a todos.