Fanfic: A Morte do Sol | Tema: Terror, Romance Gótico, Mistério, Suspense, Psicológico
Caminhei pelo cemitério sombrio, os passos ecoando entre as lápides antigas enquanto o vento sussurrava entre as árvores. O céu, meio nublado, lançava uma luz pálida sobre o cenário, aumentando a sensação de melancolia que pairava no ar. As folhas secas dançavam ao meu redor, enquanto eu seguia em direção à lápide solitária no final do caminho.
Ao me aproximar, uma sensação de pesar envolveu meu coração. Ali jazia meu pai, um homem cuja partida deixou um vazio em minha vida. A lápide, simples e discreta, era uma representação silenciosa de tudo o que perdemos.
Sentei-me diante dela, deixando minha mente vagar pelos anos passados e pelas lembranças que permaneciam. As lágrimas ameaçaram se formar em meus olhos, mas eu as afastei com determinação. Hoje não era um dia para tristezas; era um dia para honrar a memória de meu pai e encontrar forças para seguir em frente.
Meu pai, Arthur Montgomery, era um historiador respeitado e um homem de imensa curiosidade intelectual. Desde que me lembro, ele sempre teve um fascínio por mistérios antigos e lendas esquecidas. Sua vida era dedicada a desvendar os segredos do passado, e foi esse fascínio que o levou à mansão Blackwood.
Quando meu pai se interessou em investigar a história da família Blackwood, ele aceitou a missão com entusiasmo. Passava horas e mais horas na vasta biblioteca da mansão, vasculhando documentos antigos e fazendo anotações detalhadas. Ele acreditava que havia algo mais nas lendas sobre a família, algo que os registros oficiais não mostravam.
Lembro-me do dia em que recebi a notícia de sua morte. Foi um golpe devastador, um abismo que se abriu sob meus pés. Disseram-me que ele havia caído dos degraus de uma escada da biblioteca, um acidente trágico. Lady Morgana Blackwood, com sua postura fria e distante, confirmou a história. Ela afirmou que meu pai havia escorregado e caído enquanto procurava um livro em uma das estantes mais altas.
No entanto, a versão oficial nunca me convenceu completamente. Conhecendo meu pai como eu conhecia, era difícil acreditar que um homem tão cuidadoso e meticuloso pudesse sofrer um acidente tão banal. Sempre houve algo de estranho na forma como Lady Morgana relatava os eventos, como se houvesse mais por trás daquelas palavras.
Foi então que comecei a suspeitar que a morte de meu pai não fora apenas um acidente. Havia murmúrios de que ele estava perto de descobrir algo significativo, algo que os Blackwood prefeririam manter enterrado. A ideia de que ele poderia ter sido silenciado para proteger um segredo antigo não me deixava em paz.
A família Blackwood sempre foi cercada por mistérios e segredos. Quando comecei a estudar sua história, ouvi diversas histórias sobre os membros atuais da família.
Lady Morgana Blackwood, a matriarca da família, é uma presença imponente. Aos 60 anos, ela mantém uma postura que exala autoridade e controle. Seus cabelos grisalhos estão sempre perfeitamente arrumados, um contraste nítido com seus olhos azuis, frios e calculistas. As pessoas no vilarejo falam dela com um misto de respeito e medo. Dizem que sua vontade é lei dentro da mansão, e que ela guarda os segredos mais sombrios dos Blackwood com mão de ferro.
Julian Blackwood, o filho de Lady Morgana, é um homem atormentado. Aos 35 anos, ele carrega o peso das expectativas de sua mãe e os horrores de suas próprias visões. Seus cabelos negros e olhos castanhos são sempre sombreados por uma melancolia profunda, uma tristeza que parece não ter fim.
Então há Flora, a criança silenciosa da casa. Embora seja jovem, sua presença é inquietante. Seus olhos grandes e azuis parecem observar tudo com uma sabedoria inexplicável para alguém de sua idade. Flora raramente fala, mas quando o faz, suas palavras são enigmáticas e carregadas de um peso que não condiz com sua juventude.
No diário particular de meu pai, ele escreveu bastante sobre cada membro da família Blackwood. Foi através dessas anotações que aprendi muito sobre eles.
Diante do mistério não resolvido, decidi dar continuidade à investigação de meu pai na mansão dos Blackwood. Meu nome é Eliza Montgomery, e sinto que é meu dever não apenas desvendar os segredos sombrios dessa família, mas também descobrir a verdade sobre a morte dele.
Com seu diário em mãos, cheio de anotações e observações perspicazes, senti que precisava continuar de onde ele parou. A mansão Blackwood é um lugar cheio de sombras e segredos, e sinto que estou destinada a trazer luz a esses mistérios. Além disso, é uma questão pessoal: preciso saber o que realmente aconteceu com meu pai. Sua morte deixou um vazio em minha vida, e descobrir a verdade é a única maneira de honrar sua memória e encontrar paz para nós dois.
Autor(a): merophe
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Respondi a Lady Morgana com um sorriso, tentando disfarçar o nervosismo que sentia. “Tenho passado bem, Lady Morgana. As histórias que ouvi sobre sua família são fascinantes, e é uma honra estar aqui.” Enquanto falava, não pude deixar de prestar atenção na mulher que me havia recepcionado na entrada. Ela pa ...
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