Fanfic: Naruto What If - Naruto um ninja renagado | Tema: Naruto

Capítulo 2: sombras e reflexos 

Naruto acordou cedo naquela manhã, animado para mais um dia na academia. Embora fosse sempre um desafio para ele lidar com os olhares dos colegas, algo dentro dele o impulsionava a continuar. Ele estava determinado a mostrar a todos que também tinha valor.

Ao chegar à sala de aula, Naruto avistou Sasuke sentado perto da janela, como de costume. Decidiu que tentaria se aproximar dele, afinal, Sasuke era o centro das atenções e talvez pudesse ajudá-lo a conquistar algum respeito.

- Ei, Sasuke! – disse Naruto, com um sorriso confiante enquanto se sentava ao lado do Uchiha. – Você acha que consegue vencer a prova final?

Sasuke apenas lançou-lhe um olhar de canto de olho, cheio de desdém.

- Não tenho tempo para perder com alguém como você – respondeu friamente.

Naruto ficou momentaneamente desconcertado, mas tentou manter a compostura.

- Um dia eu vou te superar! – disse, batendo o punho na mesa.

Sasuke apenas bufou, desviando o olhar novamente para a janela.

Logo após o intervalo, Iruka entrou na sala de aula acompanhado do Terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi. A presença do líder da vila fez os alunos imediatamente se sentarem e endireitarem suas posturas. Havia algo solene na figura de Sarutobi, e até Naruto, que costumava ser barulhento, ficou em silêncio, observando com curiosidade.

- Alunos – começou Iruka, com sua voz firme e respeitosa –, hoje temos uma aula especial. O Hokage veio pessoalmente para explicar a vocês como funciona o sistema ninja.

Sarutobi deu um passo à frente, as mãos cruzadas atrás das costas. Ele olhou para os alunos com um sorriso paternal, mas havia seriedade em seus olhos.

- Vocês estão dando os primeiros passos em um caminho que poucos conseguem trilhar – começou ele. – O caminho do ninja. Para muitos, isso é apenas um título, mas, em Konoha, ser um ninja significa carregar a responsabilidade de proteger a vila e seus companheiros.

Ele fez uma pausa, permitindo que suas palavras fossem absorvidas pelos jovens.

- Nosso sistema ninja é dividido em várias classificações. Quando vocês se formarem, se tornarão Genins, o nível mais básico. Como Genins, vocês serão designados a equipes de três, supervisionados por um Jounin experiente, que guiará vocês em missões e treinamentos.

Os alunos trocaram olhares empolgados. Naruto, no entanto, franzia a testa, tentando imaginar como seriam essas equipes.

- Depois de Genin, vêm os Chuunins – continuou Sarutobi. – São ninjas que demonstraram liderança e habilidade suficiente para serem responsáveis por missões mais difíceis ou pela instrução de outros ninjas.

Iruka acrescentou:

- Alguns de vocês talvez sonhem em se tornar Jounins. Eles são a elite, encarregados de missões de alto risco e do treinamento de jovens ninjas como vocês.

- E acima de tudo isso – concluiu Sarutobi, com um leve sorriso – está o cargo de Hokage, o protetor da vila e o ninja mais forte de todos.

Naruto sentiu o peito inflar de determinação ao ouvir aquelas palavras.

- Eu vou ser o Hokage um dia! – ele exclamou, interrompendo o discurso.

Os colegas riram, mas Sarutobi apenas sorriu.

- É um objetivo digno – disse o Hokage. – Mas saiba que o caminho para isso será repleto de desafios.

Iruka pigarreou, chamando a atenção novamente.

- E falando em desafios, em poucos dias vocês enfrentarão o exame final da academia. Este exame decidirá quem está pronto para se tornar um Genin.

 A sala ficou em silêncio, a tensão pairando no ar. Iruka continuou:

- O exame será focado em ninjutsu. Cada um de vocês deverá demonstrar uma técnica que aprendeu durante os anos na academia. Essa técnica será avaliada por mim e por outros instrutores.

Alguns alunos trocaram olhares nervosos. Um exame prático de ninjutsu era algo sério, e o desempenho de cada um seria crucial. Naruto engoliu em seco. Ele havia treinado alguns jutsus, mas sabia que não era tão bom quanto muitos de seus colegas.

-Além disso – continuou Iruka –, levaremos em conta a criatividade e a eficiência. Lembrem-se: um ninja não precisa apenas saber executar um jutsu, mas entender como e quando usá-lo.

Naruto sentiu o estômago revirar. Ele não tinha um jutsu especial, apenas os básicos que todos aprendiam. No entanto, uma chama de determinação acendeu-se em seu interior.

Preparem-se – finalizou Iruka. – A prova será em dois dias, e os resultados determinarão quem será promovido a Genin e quais equipes serão formadas.

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Naquela noite, a lua brilhava alta no céu quando Naruto, sentindo-se inquieto, decidiu sair para caminhar. As ruas de Konoha estavam tranquilas, e ele vagou sem rumo, perdido em pensamentos sobre o exame e as palavras do Hokage.

Sem perceber, ele se viu nos limites da vila, perto de uma clareira onde costumava treinar sozinho. Mas, desta vez, ele não estava sozinho.

Uma figura encapuzada estava parada no centro da clareira, as mãos cruzadas diante do corpo, como se o estivesse esperando. Naruto parou, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.

-Quem é você? – perguntou, tentando soar corajoso, mas sua voz tremia ligeiramente.

-Apenas alguém que observa – respondeu o estranho, sua voz calma, mas carregada de um tom quase hipnotizante.

-Observa o quê? – Naruto deu um passo à frente, sua curiosidade superando o medo.

-Alguém que carrega um peso que não deveria ser seu. Um garoto que se esforça tanto para ser aceito, mas que nunca será.

As palavras atingiram Naruto como um soco. Ele estreitou os olhos, o peito subitamente apertado.

- Você não sabe nada sobre mim! , disse Naruto.

-Nãl? – o estranho inclinou a cabeça, como se estivesse estudando Naruto. – Talvez eu saiba mais do que você imagina.

Naruto cerrou os punhos.

-Se veio aqui só para falar besteira, pode ir embora.

O estranho deu uma risada baixa, que ecoou na clareira.

Você tem potencial, garoto. Mais do que qualquer um nessa vila percebe. Mais do que eles querem que você perceba. Um dia, você entenderá que Konoha nunca foi seu lar.

O que você quer dizer com isso? – perguntou Naruto, sentindo o coração disparar.

Mas antes que o estranho pudesse responder, ele deu um passo para trás, desaparecendo nas sombras como se nunca tivesse estado ali. Naruto ficou parado, o peito subindo e descendo rapidamente, enquanto as palavras do estranho ecoavam em sua mente.

“Um dia, você entenderá que Konoha nunca foi seu lar.”

Ele olhou ao redor, mas não havia mais sinal do estranho. Apenas a escuridão e o silêncio da noite.

Naruto voltou para casa, mas a inquietação o seguiu. Quem era aquele homem? Por que ele parecia saber tanto sobre ele? E, mais importante,

por que suas palavras faziam tanto sentido?

[...]

Naruto voltou para casa, mas a inquietação o seguiu. Quem era aquele homem? Por que ele parecia saber tanto sobre ele? E, mais importante, por que suas palavras faziam tanto sentido?

No entanto, o que Naruto não sabia era que aquele encontro marcaria o início de algo muito maior. A figura encapuzada que ele havia encontrado na clareira não era um simples desconhecido. Sob a luz pálida da lua, o homem caminhava em direção à saída de Konoha, desaparecendo por entre as sombras.

Sua capa era peculiar, preta com estampas vermelhas em forma de nuvens. O tecido ondulava com o vento, e os detalhes brilhavam sutilmente sob o luar. Algo naquela vestimenta exalava uma presença imponente e ameaçadora, como se carregasse consigo um peso histórico.

Seu rosto, no entanto, estava oculto por uma máscara que cobria toda a sua face. A máscara era simples, com uma espiral que se concentrava em um único buraco para o olho. A cor pálida da máscara contrastava com a escuridão da capa, mas o que mais chamava atenção era o brilho no único olho visível — um olhar penetrante, quase hipnótico, que parecia ver além da superfície das coisas.

Enquanto caminhava, ele murmurava para si mesmo, sua voz baixa quase inaudível:

- Ele ainda é jovem, mas o potencial está lá... Precisamos dele. O mundo precisa dele, mesmo que ele ainda não saiba disso.

A figura parou por um momento, olhando para o céu estrelado.

- A destruição sempre vem de onde menos se espera... Talvez ele seja o começo do fim.

Com um movimento rápido, ele desapareceu completamente na escuridão, como se fosse parte dela.

Na clareira, a brisa soprou as folhas, mas o silêncio retornou. Naruto ainda sentia o peso das palavras do homem, sem imaginar que o destino havia acabado de lançar suas primeiras sementes.

E assim, enquanto Naruto dormia, o universo conspirava, movendo peças em um tabuleiro invisível. Ele não sabia quem era aquele homem nem o que ele queria, mas, no fundo, sentia que algo estava para mudar — para sempre.