Fanfics Brasil - 2 Amnésia

Fanfic: Amnésia | Tema: RBD


Capítulo: 2

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À noite, quando se preparavam para dormir, Diego percebia a tensão no rosto de Dulce. Ele tentou disfarçar sua própria ansiedade, mas a preocupação por ela era evidente


— Dulce, se você não se sentir confortável em dormir no mesmo quarto que eu, eu vou entender. — disse ele, com suavidade.


Dulce respirou fundo e olhou para ele, com os olhos cheios de incerteza.


— Pra falar a verdade eu acho que prefiro dormir sozinha. Desculpe, mas isso tudo ainda é muito novo e confuso para mim.


Diego forçou um sorriso e assentiu.


— Claro. Eu entendo. Vou pegar algumas roupas e vou dormir no quarto de hóspedes.


Diego então pegou algumas roupas no armário, sentindo uma tristeza profunda ao ver a distância entre eles. Dulce apenas o observava, sentindo-se culpada, mas sabendo que precisava de tempo para se ajustar.


— Obrigada por entender. — disse ela suavemente, sentindo-se aliviada pela compreensão dele.


— Eu só quero que você se sinta à vontade. — respondeu , tentando manter a voz firme. — Boa noite.


 — Boa noite, Diego.


Ele então saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.


Do outro lado da porta, Diego sentou-se no chão, olhando para o teto e sentindo uma tristeza esmagadora. Ele queria desesperadamente recuperar o amor de sua esposa, mas sabia que precisava dar a ela o tempo e o espaço necessários.


************


Dulce se deitou na cama que deveria ser sua, mas que agora parecia um lugar desconhecido. O sono não vinha, sua mente estava presa em um ciclo de perguntas sem respostas. Ela então ouviu um som abafado de soluços vindo de fora do quarto.


Curiosa e inquieta, ela se levantou e foi até a porta aproximando-se para ouvir o que poderia ser.


Do lado de fora do quarto Diego estava sentado no chão, com a cabeça enterrada nas mãos, chorando silenciosamente. Uma onda de compaixão invadiu Dulce, misturada com a dúvida constante que a acompanhava desde que acordou no hospital.


 — Diego? —  chamou ela suavemente abrindo a porta de seu quarto.


Ele levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos e inchados. 


 — Desculpa, eu... eu não queria que você me visse assim.


Dulce se ajoelhou ao lado dele.


 — Eu sei que essa situação é difícil para você também. — disse ela, colocando uma mão hesitante em seu ombro.


Diego então pegou a mão dela, segurando-a com força.


 — Eu só quero que saiba que estou aqui para você Dulce. Sempre estarei.


Ela olhou para ele, e o abraçou. Diego retribuiu ao gesto e sorriu emocionado.


*************


O sol da manhã iluminava a cozinha com uma luz suave e acolhedora. Diego estava de pé junto ao fogão, preparando o café da manhã. O cheiro de café fresco e torradas preenchia o ar, mas ainda havia uma certa tensão entre ele e Dulce. Ela se sentou à mesa, observando seus movimentos, sentindo-se como uma estranha em sua própria vida.


Diego quebrou o silêncio primeiro.


 — Fiz seu café da manhã favorito. — disse, tentando soar casual.


Dulce assentiu lentamente.


 — Obrigada.


Ele colocou um prato à frente dela e sentou-se do outro lado da mesa. O silêncio se estendeu por alguns momentos, interrompido apenas pelo som de talheres contra pratos. Dulce sentiu uma urgência de preencher o vazio, de tentar recuperar algum fragmento de seu passado.


 — Diego, como nós nos conhecemos? — perguntou, tentando não parecer desesperada.


Diego sorriu, mas havia uma melancolia em seus olhos.


 — Nos conhecemos na faculdade, na biblioteca. Você estava tentando alcançar um livro numa prateleira alta, e eu ofereci ajuda. Acabamos conversando sobre literatura e nos tornamos amigos rapidamente. A partir daí, nossa amizade cresceu e se transformou em algo mais.


Dulce tentou imaginar a cena, mas sua mente permaneceu em branco.


 — E... quando foi isso?


 — Há 4 anos. — ele respondeu, com uma voz suave.  — Temos muitas lembranças juntos, viagens, momentos felizes. Sempre adoramos passar os finais de semana explorando novos lugares. 


Dulce olhou para o prato à sua frente, sentindo-se impotente. Ela hesitou por um momento antes de quebrar o silêncio.


— Nós… nós não temos filhos?


A pergunta pareceu surpreender Diego. Ele sorriu, embora parecesse um pouco sem jeito.


— Não, Dulce… ainda não. — respondeu suavemente, com uma leve tristeza que ele tentou disfarçar ao desviar o olhar.


Dulce assentiu, absorvendo a resposta.


— E o seu trabalho? O que você faz?


Diego relaxou um pouco, como se fosse mais fácil falar sobre aquilo.


— Bom, eu sempre gostei muito de literatura… sempre quis trabalhar nessa área. Hoje, eu sou diretor de redação em um jornal. É algo que me apaixona, sabe? As palavras, a narrativa… são uma parte importante de quem eu sou.


Ele parecia feliz, e por um instante Dulce pôde ver um brilho nos olhos dele.


— Parece ser um trabalho interessante. — comentou Dulce, observando como ele parecia genuíno e envolvido ao falar do que fazia. 


Ela no entanto, hesitou antes de fazer a próxima pergunta.


 — E sobre a nossa família? Eles sabem o que aconteceu?


 — Sim, seus pais e os meus pais estão cientes. Eles estão preocupados, mas entenderam que você precisava de tempo para se recuperar. Eles moram um pouco longe daqui, mas logo virão visitar você. Todos torcem por sua recuperação.


Dulce apenas acenou, sem conseguir se lembrar nada de sua própria família.


 — Eu trabalhava? Tinha alguma rotina?


Diego sorriu com carinho.


 — Você é arquiteta. Sempre foi apaixonada por criar e desenhar espaços. 


A mente de Dulce girava com as novas informações, tentando encontrar algum ponto de conexão.


 — Eu sinto como se estivesse ouvindo a história de outra pessoa. — confessou, com os olhos marejados.


Diego estendeu a mão sobre a mesa, segurando a dela com firmeza.


 — Eu sei que é difícil. Mas cada dia é uma nova oportunidade para recuperar a vida felizes que tínhamos. Estou aqui para te ajudar a lembrar de quanto nós nos amávamos.


Dulce olhou para ele com receio, vendo sinceridade e dor ao mesmo tempo em seus olhos.


 — Obrigada, Diego. Eu só... espero conseguir melhorar com o tempo.


 — Vai melhorar. Nós vamos passar por isso juntos. — ele prometeu.


Dulce sentiu uma leveza com as palavras de Diego, ele então se levantou da cadeira e a envolveu em um abraço carinhoso.


 — Vamos começar por onde o doutor Ricardo sugeriu. Vamos revisitar nossos lugares especiais, falar sobre nossas histórias e dar tempo ao tempo. —  disse Diego com determinação.


Dulce apenas assentiu.


 — Sim, vamos fazer isso juntos.


***********


Próximo Capítulo na Terça-feira a Partir das 20:00hrs da Noite.



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Autor(a): Fanfics de Romance

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