Fanfics Brasil - 4 Amnésia

Fanfic: Amnésia | Tema: RBD


Capítulo: 4

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Diego suspirou levemente ao perceber a tensão de Dulce.


Em seguida, chegaram os pais de Diego, Carlos e Laura, que a cumprimentaram calorosamente.


 — É um prazer vê-la novamente Dulce. — disse Laura, com um sorriso acolhedor.


 — Obrigada. — respondeu Dulce cordialmente.


A noite avançou com todos sentados ao redor da mesa de jantar, compartilhando histórias e rindo. Apesar da atmosfera cordial, Dulce sentia uma desconexão, como se estivesse assistindo a uma peça de teatro onde todos os outros conheciam os papéis, menos ela.


Diego tentou manter a conversa leve, lembrando de momentos felizes que compartilhavam com todos ali presentes. 


 — Vocês lembram daquele dia na casa de praia, quando a Dulce tentou cozinhar para todos nós? — ele riu, e os outros seguiram o exemplo.


 — Foi um desastre completo. — brincou Jorge. — Mas acabamos pedindo pizza e foi uma noite incrível.


Dulce sorriu, mas a memória ainda lhe escapava. Ela olhava para as faces ao seu redor, tentando desesperadamente reconhecer algo, qualquer coisa. A sensação de desconforto crescia, e ela se perguntava se um dia lembraria de tudo completamente.


*************


O jantar com as famílias de Dulce e Diego era para ser acolhedor, uma tentativa de trazer conforto e algum senso de normalidade para Dulce. A mesa estava repleta de pratos que ela costumava gostar, cuidadosamente preparados, e todos ao redor riam e conversavam, tentando dar leveza ao momento.


Porém, para Dulce, cada risada parecia distante, cada olhar caloroso era um lembrete da memória que ainda lhe escapava.


Ela se esforçava para sorrir, para parecer à vontade, mas sentia-se sufocada por aquela proximidade que, para ela, soava vazia. Quando o peso da situação se tornou insuportável, ela baixou os talheres, respirou fundo e levantou-se lentamente.


— Com licença… Eu preciso sair um pouco.


Os olhares de preocupação se voltaram para ela, mas Dulce desviou, sem querer encarar a expressão atenta de seu pai, a compreensão triste de sua mãe e, principalmente, o olhar de Diego, que a seguia com uma ternura de amor que ela ainda não conseguia corresponder. Sem esperar resposta, ela saiu da sala com passos rápidos.


Ao ver Dulce se afastar, a mãe dela se inclinou para a frente, claramente angustiada.


— Eu vou falar com ela, talvez possa ajudar…


Antes que ela se levantasse, Diego levantou a mão, tentando ser gentil.


— Por favor, é melhor não. Ela já está muito sobrecarregada… Talvez, se eu conversar com ela, não fique tão assustada.


Os pais de Dulce se entreolharam, compartilhando uma preocupação silenciosa, e mesmo com o coração apertado, concordaram.


— Tem razão. — disse o pai de Dulce, baixando o tom de voz. — É melhor não pressioná-la ainda mais.


Com um breve aceno, Diego saiu da sala, deixando todos em um silêncio carregado de expectativa e esperança, enquanto tentava encontrar as palavras certas para ajudar Dulce a sentir-se, finalmente, em casa.


********


Diego acabou encontrando Dulce sentada sozinha na varanda de casa.


 — Como você está se sentindo? — perguntou suavemente.


 — É difícil. — admitiu Dulce, olhando para as estrelas. — Eu não consigo me lembrar da minha própria família. Eu queria tanto lembrar, mas tudo parece tão distante. Como se fosse a vida de outra pessoa.


Diego se sentou ao lado dela, colocando um braço ao redor de seus ombros.


 — Você está fazendo o melhor que pode, e todos nós entendemos isso. O importante é que você não está sozinha. Estamos todos aqui com você. 


Dulce encostou a cabeça no ombro dele, sentindo uma mistura de gratidão e tristeza.


 — Obrigada Diego. Sei que você está se esforçando muito. Eu só... espero que tudo isso valha a pena. 


 — Vai valer sim. — ele disse com convicção. — Cada passo que você dá, mesmo que pequeno, é um avanço.


Ele então se aproximou mais dela, tomando cuidado para não a pressionar.


— Dulce — disse ele, com os olhos gentis e compreensivos. — Todas as pessoas que estão naquela sala... sua família, meus pais... estão aqui porque querem seu bem, porque fariam de tudo por você.


Ele disse, a observando atentamente, notando a leve hesitação no rosto dela enquanto refletia em suas palavras.


Dulce apenas ficou em silêncio, olhando para a noite estrelada à frente, com as mãos cruzadas, enquanto pensava sobre o que Diego tinha acabado de dizer. 


Diego decidiu respeitar o silêncio dela, ele deu um último sorriso encorajador para Dulce, e se virou para voltar à sala, acreditando que talvez fosse melhor deixá-la pensar sozinha.


Mas, então, Diego ouviu seu nome em um tom suave, quase como um sussurro.


— Diego... — chamou ela, com a voz trêmula, mas decidida.


Ele então parou imediatamente, voltando-se para ela, surpreso. Os olhos de Dulce o encaravam com uma mistura de incerteza e coragem.


— Mesmo com medo... mesmo sem me lembrar de nada. — começou ela, respirando fundo — Eu acho que nesse momento, é melhor eu ficar perto de quem se importa comigo... de quem quer me ver bem.


Diego sentiu o coração se aquecer com as palavras dela. Ele então estendeu a mão para Dulce, sem pressa, oferecendo não apenas apoio físico, mas também um gesto silencioso de que, independentemente do que ela precisasse, ele estaria ali.


Ela olhou para a mão estendida, e depois de uma breve hesitação, colocou sua mão na dele. Era um gesto simples, mas a conexão entre eles parecia muito maior, como se fosse o primeiro passo na reconstrução de algo perdido.


De mãos dadas, Dulce e Diego voltaram para o jantar, e ao entrarem na sala, os olhares de seus familiares eram de alegria e alívio.


Notando o ambiente delicado, todos evitaram perguntas ou lembranças que pudessem deixar Dulce desconfortável. Em vez disso, o jantar foi preenchido com conversas leves e risadas suaves, um clima acolhedor que permitia a Dulce sentir-se parte daquele momento, sem qualquer pressão.


Quando o jantar chegou ao fim, os pais de Dulce se levantaram e se aproximaram dela, carregando uma mistura de carinho e preocupação. Ana abriu os braços, envolvendo Dulce em um abraço apertado, enquanto seu pai se aproximava logo em seguida, abraçando-as com ternura.


Dulce sentiu o calor do gesto, e por um breve momento, aquele contato trouxe uma sensação de segurança.


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Autor(a): Fanfics de Romance

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