Fanfics Brasil - O Silêncio é Quebrado Entre Linhas e Olhares

Fanfic: Entre Linhas e Olhares | Tema: Vida na favela, Romance....


Capítulo: O Silêncio é Quebrado

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No seguinte, Maju decidiu abrir um pouco mais de seu mundo para Lucca. Apesar das preocupações, sentia que era importante ser sincera e compartilhar com ele o que realmente importava em sua vida. Marcaram de se encontrar no morro, onde Maju poderia mostrar a ele a sua realidade diária, a comunidade e o ambiente que tanto amava.


Levava Lucca pelas ladeiras do morro, Maju apresentava os locais mais importantes: a mercearia da Dona Célia, a praça onde as crianças brincavam, e o centro comunitário onde tantas ideias para o bem estar local eram cultivadas. A cada passo, Maju narrava histórias de solidariedade e desafios, enquanto Lucca ouvia atentamente, absorvendo a profundidade da vida que Maju levava.


Após passarem a tarde juntos, conversando e explorando, o sol começava a se pôr, o céu de tons quentes. Lucca percebeu que era hora de ir embora. Maju o acompanhou até a entrada do morro, agradecida pela companhia e pela oportunidade de compartilhar um pedaço de si.


Ao se despedirem, Maju acenou para Lucca enquanto ele se afastava, sentindo em paz por ter aberto seu coração. No entanto, no momento em que se virou para voltar, um carro parou bruscamente ao seu lado. Antes que pudesse reagir, foi colocada para dentro do veículo.


Atordoada, Maju olhou ao redor e reconheceu os rostos dos homens que estavam ali. Eram os mesmos que haviam lhe dado um recado sombrio dias atrás, exigindo a cooperação de seu pai em assuntos do morro que ele se recusava a aceitar. O medo imediatemente voltou com força total.


Conforme o carro avançava pelas ruas, Maju manteve a calma externamente, mas por dentro, o coração disparava. Sabia que precisava pensar rapidamente e entender o motivo de sua captura desta vez. Enquanto considerava suas opções, as palavras de seu pai sobre solidariedade e coragem em sua mente.


Determinada a não se deixar vencer pelo pânico, Maju começou a desenvolver um plano, prometendo a si mesma que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger a si e sua comunidade. O que quer que estivesse prestes a enfrentar, sabia que precisava ser forte, como seu pai sempre fora.


À medida que o carro avançava pelas ruas estreitas e escuras, Maju concentrou em absorver cada detalhe de sua situação. Lembrou do dia tenso anterior quando esses mesmos homens haviam ameaçado seu pai. Eles queriam que ele cedesse a certas demandas que foram amplamente rejeitadas, pois iam contra os princípios que ele e a comunidade do morro mantinham fielmente.


Ao entrar em contato com seu próprio medo, Maju percebeu que a chave do momento era se manter tranquila e avaliar suas opções. Enquanto o carro fazia uma curva fechada, aproveitou a oportunidade para buscar mais informações.


Por que estão fazendo isso de novo? Questionou, tentando ganhar tempo e captar alguma pista sobre a intenção dos sequestradores


Um dos homens dirigindo olhou para ela pelo retrovisor e respondeu.Seu pai precisa entender que nós não estamos brincando. Temos negócios para resolver, e a cooperação dele é necessária.


Ao ouvir isso, Maju percebeu que sua presença ali tinha o objetivo de aumentar a pressão sobre seu pai. Porém, para ela, era essencial mostrar que não se deixaria intimidar tão facilmente.


Vocês acham mesmo que isso vai funcionar? Ele jamais vai fazer o que vocês querem sob esse tipo de ameaça! retrucou Maju, mostrando uma confiança que esperava que tivesse qualquer medo.


Os homens trocaram olhares. Esse intervalo de incerteza lhe deu a esperança de que sua postura os estava fazendo pensar duas vezes.


Pouco tempo depois, o carro parou em um galpão abandonado na periferia do morro. Eles a conduziram para fora do veículo, mas não a amarraram, indicando que não pretendiam causar danos imediatos. No entanto, ela sabia que precisava encontrar uma forma de sair dali.


Enquanto os homens conversavam entre si, Maju discretamente observou o ambiente, notando portas de saída e uma série de objetos esquecidos que poderiam ser usados em seu favor. Mentalmente, arquitetava um plano de fuga com o que tinha disponível.


Neste momento, seu celular deu uma leve vibração no bolso. Felizmente, ainda estava com ela, despercebido pelos sequestradores. Fingindo um momento para secar o suor do rosto, conseguiu tirar o aparelho sem ser notada.


Com mãos rápidas enviou uma mensagem rápida para Léo, descrevendo sua localização aproximada e situação. Era um risco, mas confiava nele para não agir precipitadamente e buscar ajuda de maneira discreta.


Com o plano de fuga mentalmente traçado e um pedido de socorro enviado, Maju sentiu uma onda renovada de coragem. Sabia que não estava sozinha e que, conectado através de laços invisíveis de solidariedade e resistência, seu resgate estava a caminho.


O peso da pressão em sua família e em sua própria segurança não podia ser subestimado, mas a determinação de proteger sua comunidade e suas crenças era ainda maior. Maju se manteve composta e esperou, pronta para tudo que já estava por vir.


Com a mensagem enviada para Léo, Maju sabia que a ajuda estava a caminho. Ela se manteve calma e esperou, ouvindo os sons do lado de fora do galpão. De repente, uma troca de tiros estourou do lado de fora, fazendo com que os homens que a seguravam se assustassem.


Um deles, em pânico, agarrou Maju e a usou como refém, apontando uma arma para sua cabeça. Parem! Não se aproximem! gritou ele para os que estavam do lado de fora.


Maju viu seu irmão, seu pai, Léo e alguns capangas da comunidade pararem à entrada do galpão, com armas em punho. Seu pai estava com uma expressão de desespero no rosto, enquanto seu irmão parecia pronto para agir.


Solte ela! gritou seu pai. Ela não tem nada a ver com isso!


O homem que segurava Maju como refém riu. Vocês acham que podem me intimidar? Eu sou o que está no controle aqui!


Léo deu um passo à frente, com uma arma apontada para o homem. Não faça isso disse ele. Você não vai sair daqui vivo se machucar ela.


O homem riu novamente. Vocês são muito corajosos, mas eu não tenho medo de vocês. Eu vou...


De repente, um barulho vindo de trás do homem interrompeu sua fala. Ele se virou para ver o que era, e nesse momento, Maju aproveitou a distração para se libertar. Com um movimento rápido, ela conseguiu se soltar e se jogar no chão, longe do alcance do homem.


Seu irmão e Léo aproveitaram a oportunidade para agir. Eles avançaram sobre o homem e o renderam, desarmado e indefeso.


Maju se levantou do chão, ofegante, mas ilesa. Seu pai correu até ela e a abraçou forte. Graças a Deus você está bem, disse ele.


Léo se aproximou deles, sorrindo. Tudo bem?


Maju desaba nos braços do pai, chorando incontrolavelmente. Léo está por perto, observando a cena com uma mistura de tristeza e alívio no rosto. Os homens que restaram vivos após o conflito estão rendidos, alguns deles feridos, outros apenas exaustos.


Léo se aproxima dos homens rendidos, seu rosto sério e determinado. Ele olha para cada um deles, como se estivesse procurando por alguma resposta.


Quem é o líder de vocês? Léo pergunta, sua voz firme mas controlada.


Um dos homens, mais velho e com uma barba grisalha, olha para cima e responde: Eu sou o líder. Meu nome é Victor.


Léo olha para Victor com interesse. Victor, o que vocês estavam fazendo aqui? Qual era o objetivo de vocês?


Victor respira fundo antes de responder. Nós estávamos procurando por algo. Algo que nos foi prometido.


Léo franze a testa. O que é que vocês estavam procurando? E quem os prometeu isso?


Victor olha para os lados, como se estivesse procurando por apoio dos outros homens. Nós não podemos dizer. Nós juramos segredo.


Léo suspira e se abaixa para ficar ao nível de Victor. Escute, Victor. Eu sei que vocês estão assustados e confusos. Mas eu preciso saber o que está acontecendo aqui. Se vocês não me contarem a verdade, as coisas vão piorar muito rápido.


Victor olha para Léo com uma mistura de medo e desespero nos olhos. Eu... eu não posso dizer. Por favor, não faça isso conosco.


Maju se levanta do chão, seu olhar fixo nos homens rendidos. Ela parece estar procurando por algo, talvez uma resposta ou uma explicação. Quando um deles a olha e começa a falar, Maju se aproxima mais, seu rosto sério.


Avisa pro seu namoradinho Lucca que o dele também tá na reta o homem diz, um sorriso malicioso no rosto. E você, Caveira, toma cuidado com quem você faz negócios viu.


Maju franze a testa, seu olhar se estreitando. O que você está falando? Ela pergunta, sua voz firme.


O homem ri, um som desagradável. Você não sabe, não é? Você não sabe o que está acontecendo aqui.


Léo se aproxima mais, seu rosto preocupado. Maju, não dê atenção a ele. Ele diz.Está apenas tentando te provocar.


Mas Maju não parece estar ouvindo Léo. Ela continua a encarar o homem, seu olhar fixo nele. Eu quero saber o que você está falando ? ela repete.


O homem sorri novamente, um sorriso cruel. Você vai descobrir logo ele diz. Você vai descobrir que está mais envolvida nisso do que você pensa.


Léo tenta segurar Maju pelo braço, tentando impedi-la de continuar a pressionar o homem. Maju, pare, ele está apenas tentando te provocar.


Mas Maju se solta e continua a encarar o homem. Eu quero saber o que você está falando, ela repete.


O homem sorri novamente, um sorriso cruel. Pergunte ao seu pai sobre os negócios que ele faz com o dono do prédio que você conheceu Lucca, ele diz.


Maju franze a testa, seu olhar se estreitando. O que você está falando? ela pergunta.


Antes que o homem pudesse dizer mais alguma coisa, Caveira atira no homem, que morre na hora. O som do tiro ecoa pelo local, e Maju se afasta, chocada.


Caveira se aproxima do corpo do homem, seu rosto impassível. Ele não precisava mais falar. ele diz.


Léo se aproxima de Maju, preocupado. Maju, você está bem?, ele pergunta.


Maju balança a cabeça, ainda chocada. Sim, eu estou bem,ela diz.


Mas é claro que Maju não está bem. Ela está começando a descobrir coisas sobre seu pai e seus negócios que ela não sabia antes. E agora, com a morte do homem, as coisas estão começando a se complicar ainda mais.


Jean se aproxima de João Caveira, seu rosto tenso. Pai, o que esse homem estava falando?, ele pergunta.


Maju também se aproxima, sua voz alta e exigente. Sim, pai, o que você está escondendo? Hoje eu quase morri por causa disso!


João Caveira não responde. Em vez disso, ele atira em mais alguns homens que estavam presentes no local, como se estivesse eliminando testemunhas.


Limpe isso aqui, ele ordena a seus capangas. Não quero nenhuma evidência deixada para trás.


Maju fica furiosa com a falta de resposta do pai. Ela começa a gritar novamente, exigindo respostas. Mas João Caveira simplesmente ignora ela.


Jean se aproxima de Maju e a abraça. Calma, Maju, ele diz. Vamos sair daqui. Você não precisa disso.


Maju se agarra a Jean, chorando. Ela está emocionalmente exausta depois de tudo o que viu e passou hoje.


Eu não entendo, ela diz, entre soluços. Por que meu pai não me diz nada? O que ele está escondendo?


Jean não tem respostas para essas perguntas. Ele simplesmente segura Maju e tenta confortá-la.


Vamos sair daqui, ele repete. Vamos encontrar um lugar seguro e tentar entender o que está acontecendo.


Maju assente com a cabeça, ainda chorando. Ela sabe que precisa sair daquele lugar e encontrar respostas.



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Autor(a): anonimamisteriosa_

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Maju ainda estava tentando processar o que havia acontecido. O homem havia sido morto por Caveira antes que pudesse revelar mais informações sobre os negócios de seu pai com o dono do prédio onde Lucca trabalhava. Léo se aproximou dela, preocupado. Maju, você está bem? ele perguntou. Maju balançou a cabeça, tent ...


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