Fanfic: Entre Linhas e Olhares | Tema: Vida na favela, Romance....
Maju se viu em um turbilhão de emoções enquanto deixava o quarto de Lucca. As palavras dele não saiam de sua mente, e a confusão a seguia como uma sombra. Ela precisava de tempo para pensar, mas a pressão da situação e suas responsabilidade familiares tornavam isso muito mais desafiador.
Caminhando pelo corredor, ela se perguntava se tinha feito a escolha certa ao se abrir para Lucca, mesmo que em um momento tão complicado. Seu coração estava dividido, e a ideia de Léo, seu amigo próximo e o melhor amigo de seu irmão, sempre estaria ali, como uma presença constante.
Ao se juntar à família na sala, Maju notou que a sala estava carregada. O pai parecia mais relaxado, trocando ideias sobre como proteger todos e mantendo um semblante de calma. A presença de Danielle e Lucca, embora reconfortante em certos aspectos, também trazia uma nova dinâmica que a deixava ansiosa.
Danielle estava sentada no sofá, conversando com Ruan e Érika, tentando criar uma sensação de normalidade no meio do caos. Maju se juntou a eles, tentando se concentrar nas conversas. Contudo, sua mente estava longe, pensando em Lucca e em como suas ações poderiam afetar todos ao seu redor.
Oi, Maju! Danielle a chamou, e Maju percebeu que havia perdido parte da conversa. Estávamos falando sobre o que fazer se a polícia vier. Você tem alguma ideia?
Maju pensou, olhando para Ruan, que mantinha uma expressão séria. Bem, supondo que devemos nos manter juntos e em segurança. Não podemos entrar em pânico. Não sabemos o que pode acontecer, mas precisamos estar prontos.
Eu só espero que tudo fique bem, Jean interveio, seu tom refletindo a preocupação que todos sentiam.
Sim, uma coisa de cada vez, Ruan concordou. Por enquanto, precisamos ficar juntos e cuidar uns dos outros. Não podemos deixar o medo nos separar.
Maju sentiu um pouco melhor ao ouvir Ruan. A ideia de estar unida à sua família e amigos parecia reconfortante, mesmo que a situação ao redor fosse difícil.
De repente, a porta da frente bateu, cortando o silêncio. Olhares se voltaram para a entrada, e a tensão aumentou. Maju sentiu seu coração acelerar. Os adultos foram imediatamente alertados, e a sala ficou tensa enquanto todos se preparavam para o que poderia acontecer.
Vou ver quem é, disse João Caveira, indo para a porta. Maju se levantou, um instinto de proteção surgindo dentro dela foi atrás do pai.
Quando João abriu a porta, a visão que apareceu diante deles trouxe um misto de alívio e preocupação. Era Léo, com um olhar sério e preocupado, mas sem um sinal de estar ansioso.
Léo entrou na sala, sua cara séria imediatamente capturou a atenção de todos. Ele olhou para João e, antes que pudesse se acomodar, já começou a falar.
João, todas as entradas estão sendo vigiadas. Montamos uma rede de pessoas de confiança, e todos estão de olhos abertos para qualquer coisa que possa acontecer, disse Léo, com uma firmeza que trouxe um pouco de alívio ao grupo.
Maju e sua família trocaram olhares, um misto de gratidão e preocupação. A presença de Léo, sempre tão vigilante, era um conforto em meio à incerteza que estavam no ar.
E sobre a polícia? perguntou João, seu tom refletindo a preocupação que todos sentiam.
Todos os contatos já estão pagos e avisados. Eles vão nos informar sobre qualquer movimento da polícia. A comunicação é clara, e ninguém aqui vai ser pego de surpresa, Léo respondeu, olhando nos olhos de cada um para transmitir confiança. Estamos juntos nessa, e não estamos sozinhos.
Maju respirou fundo, sentindo uma onda de gratidão pelo cuidado e pela lealdade de Léo. Ele sempre esteve ali, nos momentos bons e ruins, mas agora sua presença parecia ainda mais que necessária.
É bom saber que temos um plano, disse Maju, tentando se manter firme. Precisamos permanecer calmos e unidos. Se algo acontecer, é essencial que cada um de nós saiba o que fazer.
Exatamente, Léo concordou. Trabalhando juntos, conseguimos lidar com qualquer situação. Vamos manter a cabeça fria e ficar em contato. Não podemos deixar o medo nos dominar.
Danielle, que havia ouvido atentamente, se virou para todos. E se a polícia realmente chegar, o que faremos? Precisamos ter uma estratégia.
Concordo, acrescentou Ruan. Devemos ter um espaço seguro preparado, um lugar onde todos possam se reunir se a situação apertar.
Podemos usar o porão como ponto de encontro, sugeriu Jean, já pensando em um possível plano. É discreto e fácil de proteger.
Maju sentiu uma leve esperança brotar em meio ao estresse. O trabalho em equipe e a determinação do grupo criavam um escudo contra a incerteza. Mas sua mente ainda voltava a Lucca, e ela percebia que, independentemente da situação externa, havia questões internas que precisariam ser resolvidas.
Vamos fazer isso acontecer, disse Maju, tomando a frente. Devemos nos organizar, e assim, qualquer que seja o desafio, podemos enfrentar juntos.
Com isso, o grupo se uniu em torno de um plano. Enquanto as ideias fluíam e a tensão era um pouco aliviada com a certeza da união, Maju esperava que, ao final de tudo, as decisões que tomariam trouxessem a paz de volta a todos.
Enquanto a noite avança, Ruan e João refletem sobre o plano que traçaram, não para uma fuga, mas como uma precaução. A ideia surgiu da crescente preocupação com uma possível invasão da polícia no morro. Eles sabem que, se isso acontecer, precisam estar preparados para agir rapidamente.
No quarto de Ruan, ele se deita, mas a mente está cheia de pensamentos. O que aconteceria se a polícia realmente entrasse? Ele pensa nas estratégias e nos locais seguros que eles identificaram. A ansiedade o impede de relaxar, mas a consciência de que têm um plano o conforta um pouco.
João, no seu quarto, também se sente inquieto. Ele tenta imaginar a melhor forma de reagir, caso tudo ocorra como temem. A insegurança da situação atual pesa sobre ele, mas também motiva a necessidade de estar pronto.
Enquanto isso, Léo, em seu quarto, reflete sobre a situação que estão vivendo. Ele quer garantir a segurança dos amigos, e se sentir parte desse planejamento carrega um peso de responsabilidade. O silêncio da noite é interrompido apenas por seus pensamentos sobre a importância de estarem unidos e alerta.
Com a madrugada se aproximando, eles adormecem inquietos, mas com a certeza de que, se precisarem, estarão prontos para a ação. Sabe que a esperança não é a fuga, mas a preparação e a resistência diante dos desafios.
Autor(a): anonimamisteriosa_
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Após dias de tensão, João finalmente recebeu uma ligação que trouxe uma onda de alívio. A voz do outro lado da linha anunciou: A polícia decidiu parar a caça a você e ao Ruan. Vocês podem andar pelo morro sem se preocupar. As palavras entraram na mente de João, e ele sentiu um peso enorme sendo retir ...
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