Fanfic: Entre Linhas e Olhares | Tema: Vida na favela, Romance....
A noite estava tensa, e a luz amarelada dos postes refletia o nervosismo que tomava conta de Maju e Jean enquanto explicavam a Léo sobre as fotos e a vigilância. A cada palavra que saía de suas bocas, o peso da situação se tornava mais claro.
— Então, você acha que alguém está nos vigiando por causa de algo que fizemos? — Léo perguntou preocupado.
Maju assentiu, seu olhar decidido. — Eu não sei. Mas aquelas fotos… elas estavam em casa, e não eram do meu pai. Alguém está observando, e isso não é bom.
Jean olhou ao redor, como se sentisse a necessidade de garantir que ninguém os ouvisse. — Precisamos descobrir quem está por trás disso. Você tem algum contato que possa nos ajudar?
Léo pensou por um momento, apertando os lábios. — Eu conheço um cara que pode ter informações. Ele está sempre na área, ouvindo tudo. Mas… — ele hesitou, — ele não é a pessoa mais confiável.
Maju franziu a testa, não gostando da ideia, mas também compreendia que precisavam de respostas. — Precisamos arriscar. O que temos a perder?
— Concordo — Jean afirmou. — Quanto mais cedo soubermos, melhor. Além disso, temos que ter cuidado ao nos aproximar dele. Não quero que isso atraia atenção desnecessária.
Os três fizeram um plano rápido. Se encontrariam com o informante de Léo às escondidas, em um local onde poderiam conversar sem serem vistos. Com a adrenalina correndo nas veias, eles se separaram, cada um seguindo seu caminho.
Assim que Maju chegou em casa, seu coração disparou. João Caveira ainda estava no sofá, alheio às movimentações dos filhos. Ela respirou fundo, tentando conter a ansiedade. Por mais que se sentisse em perigo, sabia que precisava ter coragem.
No dia seguinte, Maju, Jean e Léo se encontraram em um beco escuro, onde a luz do sol mal conseguia penetrar. O informante de Léo estava lá, um homem de aparência dura chamado Dada. Seu olhar era penetrante, e uma cicatriz na bochecha fazia parte de sua aparência intimidadora.
— O que vocês querem? — Dada perguntou, cruzando os braços.
Léo tomou a frente e explicou rapidamente a situação. Dada ouviu atentamente, seus olhos analisando cada expressão nos rostos dos jovens.
— Vou ser sincero — ele começou, sua voz baixa. — Se alguém está de olho em vocês, é porque podem ter algo que interessam a alguém. E eu conheço alguns caras que podem estar envolvidos nisso.
Maju franziu a testa, preocupada. — Mas por que nós? O que eles querem?
Dada hesitou, mas então continuou: — Seu pai tem inimigos. E talvez eles tenham visto vocês como uma fraqueza ou, até mesmo, uma oportunidade. A vigilância pode não ser só sobre vocês. Mas se vocês estão sendo seguidos, isso é um sinal de que devem ter cuidado redobrado.
As palavras de Dada dançaram nas mentes de Maju e Jean. Agora, a situação havia se tornado ainda mais complicada.
— O que devemos fazer? — Jean perguntou, a inquietação evidente em sua voz.
— Primeiro, você deve se afastar de qualquer coisa que possa chamar a atenção — Dada aconselhou. — E segundo, preciso que me tragam informações, o que quer que consigam. Estou disposto a ajudá-los, mas preciso entender exatamente com quem estamos lidando.
A tensão estava no ar, e Maju sabia que estavam em um campo de batalha invisível, mas estava determinada a não deixar que o medo os controlasse. Em um mundo onde as sombras se moviam e o perigo rondava a verdade seria a única arma que eles possuíam.
— Vamos fazer isso — Maju disse, sentindo a força da determinação crescendo dentro de si. — Juntos, vamos descobrir tudo o que está acontecendo e vamos nos proteger.
O olhar de Léo e Jean encontrou o dela, e juntos, eles selaram um pacto de solidariedade sob um céu escuro.
Maju sentou na beirada da cama, o brilho do celular iluminando seu rosto enquanto as mensagens das amigas da boate piscavam na tela. A tentação de voltar ao mundo vibrante e caótico da noite era quase irresistível, mas algo dentro dela a fazia pensar. Ela sabia que precisava ficar quieta, evitar problemas, mas a adrenalina de se sentir viva a chamava.
Depois de alguns minutos de indecisão, Maju decidiu que não conseguiria resistir. Com um impulso, pegou uma jaqueta e saiu de casa, permitindo que a brisa fresca da noite a contagiasse. As luzes da cidade brilhavam como estrelas no chão, e o som distante da música pulsava em seu coração.
Ao chegar na boate, as amigas a receberam com entusiasmo, com abraços e risadas. Maju se sentiu à vontade por um momento, esquecendo os problemas que a esperavam. No entanto, conforme a noite avançava, ela não pôde ignorar a sensação de que algo estava errado.
Quando viu um grupo de caras se aproximando, um deles, mais alto e de olhar perverso a encarou por tempo demais. Maju tentou desviar o olhar, mas ele parecia estar determinado a se aproximar. Tinha um mistério que a intrigava, mas também a deixava desconfortável.
As amigas a encorajaram a dançar, mas Maju sentia os olhares fixos sobre ela, especialmente o do homem do grupo. A boate rapidamente se transformou em uma tensão plquando ele começou a seguir seus passos, e Maju, tomada pelo instinto de fuga, decidiu que era hora de sair.
Ao sair, ela se viu cercada pela escuridão e pelas ruas vazias. No entanto, o homem não a seguira para longe,ele apareceu na esquina, sorrindo. Maju começou a andar mais rápido, seu coração acelerado. O que tinha começado como uma noite divertida agora se tornava uma corrida desesperada.
Ela se lembrou das histórias que suas amigas contavam sobre essas noites, onde a linha entre diversão e perigo era complicada. Maju decidiu que precisava de ajuda. Ligou para uma das amigas, mas o sinal estava ruim. Em pânico, olhou ao redor procurando um lugar seguro, mas não havia muitas opções.
Desesperada, entrou em um beco escuro, pensando que era apenas uma breve pausa. No entanto, o que ela não sabia era que aquele beco a levaria a um novo grupo de pessoas que estavam envolvidos em algo muito mais complicado do que apenas uma simples noite de festa.
Maju sentiu os braços a cercarem quando menos esperava, e antes que conseguisse reagir, foi puxada para dentro de uma pequena sala iluminada por uma única lâmpada pendurada. Compreendeu que havia se metido em algo muito mais profundo, e que a verdadeira confusão estava apenas começando.
Autor(a): anonimamisteriosa_
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Maju se viu em uma sala claustrofóbica, com paredes úmidas e um cheiro de mofo no ar. E embora a luz fraca não deixasse claros os rostos dos homens que a cercavam, ela podia sentir a hostilidade deles. A sensação de estar em território inimigo era assustadora e sua mente acelerava, buscando formas de escapar. — O que você ...
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