Fanfics Brasil - Entre Luz e Sombra Entre Linhas e Olhares

Fanfic: Entre Linhas e Olhares | Tema: Vida na favela, Romance....


Capítulo: Entre Luz e Sombra

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A madrugada se despedia, e os primeiros raios de sol entravam pela janela, iluminando o quarto de Maju. A noite anterior a deixou exausta, mas a lembrança da conversa com Lucca ainda dançava em sua mente. As risadas compartilhadas estavam longe da realidade sombria que a cercava, e ela percebeu que precisava se apegar a esses momentos de leveza.


 


Mas Maju sabia que não podia fugir da realidade por muito tempo. Após algumas horas de sono, decidiu que precisava agir. O plano que havia feito com o homem da sala claustrofóbica ainda estava fresco em sua memória. Ela precisava entregar a mensagem para seu pai e, ao mesmo tempo, descobrir mais sobre as ameaças que rodavam sobre sua família.


 


Após o café da manhã apressado com Jean, Maju encontrou coragem e disfarçou o nervosismo que sentia. O olhar firme de João Caveira ainda a seguia, enquanto ele se preparava para uma reunião com os líderes da comunidade. Maju sabia que precisava conversar com ele antes que a oportunidade sumisse.


 


A sala estava cheia de homens sérios, todos atentos às preocupações que João compartilhava. Maju chegou na porta, mas, ao ver seu pai com o olhar preocupado, decidiu que não poderia esperar mais.


 


— Pai, preciso falar com você — interrompeu, a voz firme na sala silenciosa.


 


Os olhares se voltaram para ela, e João sinalizou para que os homens se retirassem. Com um leve aceno de cabeça, indicou que escutaria Maju em particular.


 


— O que aconteceu? — perguntou ele, cruzando os braços.


 


Maju respirou fundo, sentindo o peso do momento. — Eu vi homens que falam sobre você, sobre algo que pode comprometer nossa segurança. Eles mencionaram que estão atrás de algo muito importante.


 


A expressão de João endureceu, e ele se aproximou, interessado. — O que exatamente você ouviu?


 


— Eu… eu não posso explicar tudo agora, mas eles mencionaram seu poder. E que você precisa agir com cautela — ela o olhou tentando transmitir a urgência.


 


Maju viu a preocupação crescer no olhar do pai. João Caveira sempre fora um homem respeitado, mas sabia que havia inimizades e rivalidades que poderiam se agravar rapidamente.


 


— Um momento. — Ele chamou um dos homens da mesa. — Traga os contatos que temos. Precisamos me certificar do que está acontecendo.


 


Depois que o homem saiu, Maju tocou no seu braço, sentindo a necessidade de ser sincera. — Pai, eu não estou aqui apenas como sua filha, mas como alguém que pode ajudar. Se unir forças pode ser o que precisamos.


 


João a observou, visivelmente dividido entre a preocupação e a confiança. Ele sempre soube que a filha tinha um espírito forte, mas vê-la nesse papel era novo e assustador.


 


— Eu vou precisar de você, Maju. Precisamos descobrir quem são essas pessoas e o que elas realmente querem.


 


Com isso, Maju se sentiu mais forte. Ela não estava sozinha nessa luta. Juntos, formariam uma equipe imbatível.


 


O dia foi intenso. Maju, seu pai, e Jean se reuniram com alguns dos homens de confiança. Passaram a manhã analisando possíveis aliados e inimigos. João Caveira contou sobre as movimentações suspeitas que ouvira e como conversou com pessoas que conheciam os novos grupos emergentes no crime.


 


Pela tarde, enquanto as discussões ferviam, o telefone de Maju apitou. Era uma mensagem de Lucca.


 


Oi, Maju! Pensando em você. Vamos dar um rolê?


 


Um sorriso involuntário surgiu em seu rosto. Essa era a distração que precisava. Essa conexão com Lucca era a luz que iluminava seu caminho em meio à escuridão que a cercava.


 


— Pai, posso sair um momento? Perguntou decidida.


 


João olhou para ela e percebeu que, mesmo em meio ao caos, a vida precisava continuar. — Vá, mas não fique muito tempo longe.


 


Sair para encontrar Lucca deu a Maju um novo fôlego. Ela precisava aproveitar os momentos de alegria, mesmo que breves, para manter sua mente sã.


 


O encontro foi em um café local, um lugar onde as risadas e o aroma de café fresco ofereciam um contraste delicioso com a tensão que Maju deixara para trás. Lucca estava lá, com um sorriso que iluminava seu rosto. Ele era tudo que ela precisava para se esquecer dos seus problemas, mesmo que por algumas horas.


 


Oi! Que bom te ver! Falou Lucca. 


E aí tudo bem? Ela disse meio receosa pois ele não estava com a cara muito boa.


Nesse momento, Lucca olhou para o chão, as palavras parecendo pesadas em sua boca. Meu pai ele não está bem. Ele se meteu em algo que eu não consigo entender. Maju, percebendo o tom sério, sentiu um frio na barriga.


 


A cena ao redor parecia distorcida enquanto ela tentava ligar as pontas. Os rumores que circulavam pelo morro sobre uma nova atividade criminosa a deixavam inquieta. O que você quer dizer com ‘não está bem’? Maju perguntou, tentando manter a voz firme.


Lucca respirou fundo, hesitando antes de responder. Ele se envolveu com algumas pessoas… algo sobre dívidas, e eu não sei se é só isso.A expressão dele era de preocupação era como se estivesse lutando para proteger Maju de uma verdade mais sombria.


O coração dela acelerou. Podia ser que tudo que estava acontecendo no morro tivesse alguma ligação com o pai de Lucca. A pressão aumentava, mas Maju tentou não deixar que esse pensamento a dominasse. Vamos focar no que você pode fazer agora. Tem alguém que você confia para conversar sobre isso?


Lucca balançou a cabeça, com a angústia dançando em seus olhos. Não sei a quem mais recorrer… mas eu não quero que isso te afete. Eu só queria desabafar.


Maju apertou a mão dele, buscando oferecer algum conforto. Você não está sozinho. Podemos enfrentar isso juntos. Me conta o que está te preocupando, talvez possamos encontrar uma solução.


Enquanto falavam, Maju não pudia deixar de notar que as sombras da preocupação se estendiam além deles, envolvendo tudo ao redor. Ela sabia que, independentemente do que acontecesse, o laço entre eles era mais forte do que qualquer problema que o morro pudesse apresentar.


Quando Lucca estava prestes a mudar de assunto, o clima mais leve e descontraído foi interrompido pela chegada apressada de Daniella. Com um sorriso largo no rosto, ela se aproximou, sua energia vibrante iluminando o ambiente. Oi, gente! O que vocês estão fazendo aqui tão sérios?


Maju trocou um olhar com Lucca, sentindo que a tensão entre eles não poderia ser compartilhada naquele momento. Lucca forçou um sorriso, tentando disfarçar a preocupação que ainda estava no ar. Nada demais, só conversando.


Daniella, sempre curiosa, não parecia convencida. Conversar? Ou você está só fazendo drama, como sempre?"Ela riu, mas havia um brilho de preocupação nos olhos quando olhou para o irmão. Você sabe que pode contar comigo, né?


A energia leve que Daniella trazia era como uma brisa e Maju sentiu um alívio. Ela queria que Lucca se sentisse protegido, mesmo que a realidade fosse bem mais complexa do que um simples papo entre irmãos.


Claro, Dani! Lucca disse, tentando manter a leveza. Só estávamos falando sobre como o mundo é pequeno. A última coisa que ele queria era preocupar a irmã.


Sei bem como é a conversa de vocês dois. Daniella começou a falar em um tom animado, puxando o irmão para um assunto mais leve.


Enquanto Lucca tentava se encaixar na conversa, Maju observou a interação. Era reconfortante ver Daniella cuidar de Lucca, mas também muitas perguntas passavam em sua mente. Em meio ao riso e à conversa casual, ela não podia deixar de pensar que a questão sobre o pai de Lucca ainda era uma nuvem escura que não poderia ser ignorada por muito tempo.


Mas, por agora, ela poderia aproveitar aquele momento de leveza e se juntar à conversa, guardando suas preocupações para mais tarde.



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Autor(a): anonimamisteriosa_

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