Fanfics Brasil - 3° Odeio Amar Você

Fanfic: Odeio Amar Você | Tema: Vondy


Capítulo:

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Christopher Uckermann ||🤓


- E aí, me diz como foi o seu primeiro dia de aula? - encontrei Poncho pelo corredor, assim que saí da sala. - Gostou da turma, ou achou eles barulhentos demais? - perguntou, curvando os lábios em um sorriso amplo, quase desafiador, que refletia sua curiosidade.


- Tirando o fato de a aluna Saviñón ter me entregado a atividade em branco e ainda ter feito piada no meio da aula, o resto foi tranquilo. Eles são bem pacíficos e curiosos, o que é excelente para o aprendizado.


- Com certeza, essa é a parte mais importante. Mas é sério que você vai dar aula para a turma da Saviñón?



- Infelizmente, e ainda tem mais...


- O quê? - Poncho franziu a testa, curioso e preocupado.


- O Sr. Hernández quer que eu fique de olho nela e ainda passe um relatório sobre tudo o que ela aprontar. Tive que aceitar, senão eu não trabalharia aqui.


Ele torceu o nariz, um gesto que denunciava sua desaprovação.


- É bem a cara dele fazer isso. Chantagear as pessoas para alcançar seus próprios interesses. Parece que ele e o Sr. Saviñón têm um acordo para manter a menina na escola até o final do ano letivo. Ela já fez de tudo para ser expulsa, e tem uma história de herança envolvida, um negócio complicado.


- Sério! Me conta mais sobre isso? - perguntei, o interesse evidente na minha voz.


- Olha, eu não sei de muita coisa, mas parece que tudo tem a ver com a avó da menina. Questões de família. Ela quer sair daqui o quanto antes para pegar a herança da avó e cair no mundo. Como já atingiu a maioridade, pode se apropriar do dinheiro que a avó deixou para ela.


- Como você sabe dessas coisas? - levantei uma sobrancelha, desafiador. - Aposto que continua o mesmo fofoqueiro de sempre. - Dei um leve tapa no ombro dele e ri.


- Escutei ela falando com a Srta. Solares. As duas estavam perto da quadra, e eu estava lá, preparando a aula. Elas não se importaram nem um pouco em falar alto.


- Então você nem fez questão de esconder o interesse, né? - apontei, brincando.


- Exatamente! - Ele sorriu, com aquele ar de quem sabia que estava sendo pego.


- Ainda bem que conheço meu amigo desde os tempos do time. Sempre foi um grande fofoqueiro. Bons tempos, não é? - A nostalgia nos envolveu por um momento, e um sorriso se espalhou pelo meu rosto.


- Ótimos tempos. - O sorriso malicioso nos lábios dele revelou o que realmente estava passando por sua cabeça. - Naquela época, eu era solteiro e rodeado por belas garotas. - Ele beijou a ponta dos dedos e fez um gesto como se lançasse um beijo no ar. - Só você que era amarrado à Janine.


- Nem me fale, ela só tinha beleza, e era extremamente chata e ciumenta. Você acredita que ela tinha ciúmes até daquela garotinha que gostava de assistir aos nossos treinos?


- Vindo dela, não é nada difícil.


- Eu gostava daquela menininha. Doce, esperta, e sempre que podia, me fazia comer doces e aqueles biscoitos cheios de calorias com ela. - Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto ao lembrar daqueles tempos. - Deve estar uma moça...


- Com certeza... Teve notícias dela depois que saiu daqui?


- Nunca mais. Acredito que já deve ter se formado no ensino médio e entrado na faculdade. Ela era muito inteligente, engraçadinha e fofa. Era como uma irmãzinha para mim. Sendo filho único, eu adorava paparicá-la.


- A Janine ficava puta com isso! - Ele soltou uma risada baixa, e eu revivi a cena, vendo a cara de ciúmes dela na época.


 


- De fato, fazia um escândalo por causa disso, o que sempre terminava em brigas. Em uma de nossas discussões, ela me intimou a ignorar a menina. Uma criança de oito anos. Ela ficou com ciúmes daquela garotinha.


- Um absurdo.


- Demais.


Quando entramos na sala dos professores, dei graças a Deus de não ter ninguém, porque assim poderíamos continuar com a conversa. Diferente da sala de aula, era menos ampla, e tinha apenas uma janela na lateral com vista para o outro corredor.


- Você acredita que o Sr. Hernandez fez a mesma proposta para mim.


Caminhei até a mesa do café, enquanto o escutava, vendo ele se acomodar no estofado vermelho.


- Caramba!


Pois é, mas ao contrário de você, eu não fiquei com medo de perder o trabalho. E olha que ele me ameaçou da mesma forma.


- Literalmente um corrupto.


- Eu penso o mesmo. Esse, cara não me desce, com certeza tem rabo preso. Saudades do Sr. Pallares ele sim era um excelente diretor.


- Sempre foi. - completei depois que peguei o copo e me servi.


- Se eu caísse na dele, não teria tempo para a minha fadinha. - ele cruzou as pernas, depois de jogar a bolsa para o lado.


- É falando na fadinha, como ela está? - beberiquei um pouco do café que estava extremamente amargo. - Mais açúcar. - pensei alto abrindo o pequeno pote de vidro com a tampa prateada. Dentro havia uma colher de chá da mesma cor. E foi com ela que enchi e coloquei no copo adoçando o líquido escuro.


- Está bem, e chegou a comentar ontem a noite comigo, que você parou de nos visitar? Disse que vai fazer um fettuccine ao molho branco para ver se você aparece. - ri.


- Avisa a ela que pode preparar o macarrão sim, porque talvez esse fim de semana eu apareça na casa de vocês para uma visita. Vou ver se chamo a Aninha para ir comigo. Não vou garantir que ela vá, mas quem sabe. - Sentei na poltrona cinza de apenas um lugar que ficava de frente para a sua.


- Agora e que às duas vão colocar a fofoca em dia. Mulheres. - suspirou enquanto revirava os olhos disfarçadamente. - Any tem reclamado disso também, que a Anna não liga mais para ela desde que começou no tal trabalho novo.


- Com certeza... - sorri após bebericar mais um pouco do café. - Anna tem trabalhado muito, e quase não têm ficado em casa. E nas vezes que fica, eu raramente a vejo, porque ou ela está no quarto dormindo, ou em frente ao computador do seu escritório improvisado preparando as aulas. E quando tem um tempinho livre, se manda para a casa dos pais.


- Vida de adultos. - ele riu. - Bom mesmo era nos tempos do ensino médio, e da (faculdade) nós realmente éramos menos ocupados e felizes. Lembra das tardes que passávamos naquele lago e você tocava violão com o Sebastian?


- Sinto saudades daquela época, e guardo ótimas lembranças. Do nosso sexteto; Eu, você Sebastian, Anna, Any e Angel. - suspirei ao me recordar daquela tarde de outono inesquecível. Onde estávamos diante do pôr do Sol, apreciando aquela maravilha de Deus em meio a natureza.


- Acho que deveríamos marcar. Poderíamos passar um fim de semana naquela Cachoeira.


- E uma boa ideia, Poncho, mas resta saber, se os outros estarão desocupados. Sebastian tem a clínica, Anna vive atarefada, e Angel também. Sebas disse que ultimamente ela mal tem parado em casa.


- Isso é péssimo! - torceu o nariz. - Vou estudar melhor a ideia, para colocar na mente deles. - piscou. - Se puder, você faz isso com o Sebas também.


- Vou fazer sim, a sua ideia e muito boa, amo aquela Cachoeira, ia direto com a Janine e alguns amigos nossos daquela época. - deixei o copo na pequena mesa ao lado, mas foi uma tentativa falha, porque o vento do ventilador de teto que estava ligado acabou o levando e derramando o restante dele pelo piso bege.


- Se por um acaso, você encontrasse com a Janine novamente, ficaria com ela? Faz o seu tipo, loira, alta, magrinha.


Do nada ele me vem com essa. Poncho e as suas peripécias.


- Não faço ideia... Eu gostava da Janine, mesmo chata, ela era espetacular. - um sorriso malicioso surgiu no canto dos seus lábios.


- Posso apostar que sim, ela parecia daquelas que botava fogo na hora h.


- Sim, mas se não funcionou conosco no passado, acredito que agora também não funcionaria. A não ser que ela tenha mudado. Quem sabe, não podemos ir contra o destino não é?


- Concordo plenamente contigo meu amigo, o destino sempre coloca coisas boas e bonitas para nós.


- Nem sempre... - conclui tirando um fiapo de cabelo da minha roupa. - Tiro por mim que nem sempre teve essa sorte. Lembra daquela menina que fiquei antes da Janine?


- Óbvio... - a forma como ele torceu o nariz foi um tanto cômica. - Como poderia esquecer da Mafalda dente de ferro.


- Coitada Poncho! A Mafalda era pouco atraente, mas super atenciosa e legal.


- Até demais... Certamente acreditava que vocês iriam se casar algum dia. Mais iludida que eu quando pensei que aquele mulherão da faculdade fosse dar bola para mim. - encolheu seus ombros.


- Verdade. - ri. - Você ficou todo cabisbaixo quando descobriu que ela tinha um namorado.


- Não me faça pensar nesse fracasso. Foi a primeira mulher que perdi por um cara menos atraente que eu. O que aquele inseto que deveria ter no mínimo menos de 1,65 de altura tinha mais do que eu?


- No mínimo ela deve ter gostado, da conta bancária dele.


- Isso explica o porquê daquela coisa horrenda só pegar as gostosas.


- E a carteira recheada também. O lado financeiro sempre fala mais alto. A maioria delas eram interesseiras. Só ficavam com os "playboys" ricos para se exibir.


- Ainda bem que a minha fadinha nunca foi interesseira. E nem a Anna... E falando na Anna, como vão às coisas entre vocês? - o sorriso em seu rosto não me agradou nem um pouco. - Pensa um pouco, vocês já moram juntos, e não seria nada mal oficializar isso. Sei que você não gosta dela dessa forma, mas os dois já tiveram um passado então...


- Nem pensar, Anna e como uma irmã para mim, e sempre foi. E aquilo que aconteceu no passado foi um erro. Acabamos misturando as coisas e levando para outro lado.


- O papo está ótimo Ucker, mas o dever me chama. - pegou a bolsa ao lado após tirar a bunda do sofá. - Agora vou encarar 3° a.


- Vai dar aula na turma da Saviñón?! - torci o nariz a contragosto.


- Vou, e essa e a parte mais difícil do meu dia aqui dentro pode acreditar.


- Por quê? - fiquei curioso.


- Promete que não vai zombar de mim. - apertou a bolsa contra o corpo, enquanto tamborilava os dedos nela.


- Estamos na 5° série por acaso? Fala logo!


- Ela da em cima de mim.


- Caramba! A famosa história da aluna derretida pelo professor bonitão?


- Exato! E você toma cuidado que pode ser o próximo.


- Fica tranquilo, porque ao contrário de você, ela já me odeia. - pisquei.


- Não comenta isso para Any ok.


- Pode deixar, sou um túmulo. - imitei um zíper se fechando na direção dos meus lábios.


Ele pegou a lista de presença em cima da grande mesa que ficava bem ao centro, e depois caminhou a passos lentos até a porta que também era do mesmo tom da sala dos alunos. Como ainda tinha aula no terceiro horário na 2b, eu me encaminhei para lá. Usei o mesmo método de ensino com eles, e passei um trabalho que a Srta. Sodi havia deixado pendente. Fiquei o intervalo todo na sala corrigindo a atividade da 3°a, e na hora de ir embora, acabei dando de cara com o Sr Hernández. Uma péssima hora para quem estava a um passo de ir para casa descansar. Ele me cercou no corredor, e logo veio com uma bomba que eu já fazia ideia que ele jogaria bem em cima de mim.


- Vou sair para resolver uns assuntos, e preciso que fique até mais tarde. Prometo que será recompensado além do seu salário.


- E do que se trata? - mesmo sabendo a sua resposta perguntei:


- Preciso que fique de olho nela pra mim. A Saviñón sempre costuma aprontar na minha ausência. - ele se aproximou de mim, até demais para ser exato.


- Certo, mas aqui não tem um inspetor para fazer esse trabalho?!


- Sim, mas como ele tem muitos alunos para cuidar, acaba não dando conta. Você sabe como funciona as coisas aqui dentro, porque já foi aluno desta instituição. Pode ficar na sala dos professores, e de vez em quando sair dela para dar uma volta pelo colégio e aproveitar... Você sabe.


- Claro. Pode deixar.


Mesmo relutante eu aceitei, porque precisava muito do emprego.


- E isso aí. - ele bateu no meu ombro com a sua mão direita, e logo após virar as costas caminhou para o lado contrário.


Onde eu fui me meter?! E agora como irei fazer para não ser visto por ela? Não será uma tarefa fácil, mas eu sei que conseguirei. Diferente dele, caminhei para o outro lado, o que levava até o final do corredor C, onde tinha várias salas desocupadas que antes funcionava a universidade. Olhando para a janela da última sala que estava aberta, avistei um homem com trejeitos femininos. Certamente se tratava daquelas coisas que nem deveriam viver em sociedade. Essas aberrações que eram chamados de homossexuais, e que iam totalmente contra os valores. Valores que aprendemos com a nossa família onde Deus fez o homem para se relacionar com uma mulher, e não com outra pessoa do mesmo sexo.


Com entusiasmo ele segurava uma máquina daquela profissional nas mãos, enquanto apontava para a Danna a filha do Sr. Hernández. Do outro lado estava a Saviñón com os braços cruzados e a cara fechada enquanto olhava diretamente para ela.


- Sua vez fofa. Vamos coloque essa mulher maravilhosa que existe aí dentro para fora. Quero várias poses ok? - a coisa falou, enquanto a Danna tirava um pano grafite do pescoço, e caminhava até ele.


Resistente Saviñón caminhou até onde Danna estava, e começou a fazer a sua primeira pose quando jogou o cabelo para o lado e sorriu.


- Isso linda, está divina poderosa. - a voz da coisa era tão aguda e irritante, que acabou me deixando entediado. Se não fosse o fato da Saviñón estar sendo fotografada eu sairia daqui agora mesmo.


Por que eu estava com esses pensamentos estranhos? Algo nela parecia mexer com o meu interior de um jeito que eu não conseguia explicar. Era como se cada traço de seu rosto, cada gesto, carregasse uma memória escondida, algo que eu não conseguia alcançar.


Tentei afastar a ideia. Eu estava ali para vigiar, para garantir que tudo seguisse conforme o planejado, mas, ao invés disso, me pegava perdido, observando cada detalhe dela. Não era apenas a maneira como se movia para a câmera, ou o jeito quase natural com que dominava o espaço ao redor - havia algo mais. Uma sensação inquietante, um déjà vu constante.


E Para você vigia-la e não babar, pensei, tentando me repreender. Mas, mesmo assim, meu olhar recaía sobre ela, analisando cada nuance de sua expressão.


Era algo em seus olhos... ou talvez o contorno de seu sorriso. Tudo me parecia estranhamente familiar. Familiar de uma forma que me deixava desconfortável, como se ela fosse uma peça perdida de um quebra-cabeça que eu não sabia estar tentando montar.


Quem é você, afinal! murmurei para mim mesmo, sentindo o peso da dúvida e o puxão de algo mais profundo - algo que talvez eu ainda não estivesse preparado para descobrir.


 


- Já pensou em ser modelo? Você fotógrafa muito bem.


- Nunca... Não gosto de tirar fotos, sei lá acho que saio meio gorda nelas. Minha mãe disse isso uma vez e o pior que ela tem razão.
A


inda me custava acreditar que um rostinho tão bonito como o dela pudesse esconder tamanha ilusão. Por trás daquela aparência angelical, sua personalidade era um misto de desrespeito, deboches e uma ousadia que desafiava qualquer um.


Ela saiu do cenário montado e, com a confiança de quem sabia exatamente o que estava fazendo, se aproximou dele. Ele, impassível, fez um gesto com a mão, sinalizando para que a Srta. Hernandez voltasse ao lugar de onde tinha saído.


 


- Vamos parando com isso abelhinha. - Estalou os dedos. - Com essa baixa estima ok. Você é linda. Já se olhou no espelho e reparou nesse corpinho maravilhoso que Deus te deu. Olha só cheio de curvas. - Segurou na mão dela começando rodopia-la. - Pelo menos você tem onde agarrar. Não é como aquelas modelos magricelas. Fala pra sua mãe que ela está completamente equivocada. As fotos te favorecem e muito. Olha esse ângulo, você ficou com uma. - Fez um gesto na direção do seu peito. - É um baita traseiro.


- Só você mesmo para melhorar meu dia Toe. Muito obrigada! - Sorriu com os lábios fechados enquanto o abraçava de lado.


- Que isso linda! Eu só falei a verdade. Agora sente-se ali naquele banquinho porque vou terminar de tirar fotos da Danna. Depois será as duas juntas.


Srta. Hernández fez uma careta. E a Saviñón a imitou.


- Tem como fazer uma montagem? Tipo você pega uma foto nossa e junta. Please! - Srta. Hernandez juntou as mãos em súplica.


- Eu apoio. - Concordou Saviñón.


- Não meninas, as duas terão que fotografar juntas sinto muito.


- Poxa! - o bico que a Srta. Hernández fez, foi um tanto estranho. - Não quero essa garota estragando a minha foto com a sua pança. Eu magra alta e loira, não posso sair na mesma foto que uma anã gorda e estranha.


- Danna! - a coisa mudou o tom de voz. De fina e irritante, ficou mais grave e encorpada. - Mais respeito pela Dulce. Cada pessoa tem a sua beleza e características ok. A Dulce e curvilínea e você magra e está tudo certo.


- Eu que não irei fotografar ao lado dessa exibida. Olha só sua loira do Paraguai, vamos baixando a bola comigo ok. - apontou o indicador diretamente para ela.


- É você que tem que ficar na sua Free Willy. - ela rebateu.


- Sabe de uma coisa, você se acha muito garota, mas não passa de uma vadia nojenta. Deve estar sentindo muita falta do passado de quando eu a puxava pelos cabelos, e saia arrastando como uma boneca inflável. Se quiser revive-lo, e só continuar me irritando.


- Hey girls. - chamou a atenção de ambas batendo palmas. - As duas vão tirar foto, juntas, porque é para o catálogo. Ou já se esqueceram que as suas fotos individuais vão para o outdoor?


- Ela está me chamando de gorda pela segunda vez Toe, manda essa vadia parar agora mesmo.


Saviñón estava com os punhos fechados enquanto encarava a Srta. Hernández.


- Olha o que falei sobre o respeito Danna.


A coisa tentou apaziguar, mas mesmo assim a Danna continuou:


- Uma vez gorda sempre gorda. Pode fazer inúmeras dietas meu bem, que essa coisa que você chama de carne nunca sairá de você. Pode apostar. - ela que estava com um sorriso perverso nos lábios, fez a Dulce ficar ainda mais irritada.


- Não me segura Toe, porque irei quebrar a cara dessa vagabunda ao meio.


Repentinamente Dulce se aproximou dela, e lhe segurou pelos cabelos, para em seguida puxa-los para o lado.


- Meninas parem de brigar por favor! - a coisa se aproximou delas na tentativa de apartar, no entanto, foi sem sucesso.


- Quem é gorda aqui? Me diz sua estúpida?! - Saviñón que já estava em cima dela, acabou cuspindo na cara da garota.


- Me solta sua nojenta! Você está machucando. - Srta. Hernández limpou o canto dos olhos, enquanto tentava se desvencilhar do aperto da Saviñón, porém não conseguiu.


- Não se atreva a falar da minha aparência novamente ok. - rosnou entre dentes, após afastar o seu rosto do dela. - Porque da próxima vez que isso acontecer, eu quebrarei os seus dentes. - ameaçou logo após sair de cima dela.


Eu não iria julga-la só pelo simples fato dela estar certa.


- Essa maluca parece um bicho. Olha só o que ela fez comigo Toe. - Danna estava com parte da blusa amarrotada, e os cabelos totalmente desgrenhados.


- Maluco e aquele velho corrupto do seu pai. - rebateu.


- Meça as palavras antes de falar da minha família. Eu não ofendi a sua, e por isso não te dou o direito de ofender a minha.


- Já chega garotas! - finalmente a coisa tinha engrossado a voz, o que fez as duas se assustarem.


- Desculpa Toe, mas não dá para permanecer no mesmo ambiente que essa garota. Para mim já deu. Arranja outra para colocar no meu lugar.


- Ótimo assim eu apareço sozinha na propaganda.


- Que se dane! - Saviñón deu de ombros. - Pouco me importa se você vai sair no outdoor sozinha, porque para mim, todo mundo desse colégio pode ir para o quinto dos infernos. Ao começar pelo seu pai.


E foi com essas palavras um tanto duras e grosseiras, que ela virou as costas e saiu. Mas assim que fez o contato visual comigo, meu corpo tencionou. E parece que o dela também, porque ficou por alguns segundos me encarando.


- O que o senhor está fazendo aqui Professor Uckermann? - seu olhar me incomodou. Acabei me sentindo constrangido diante dela como se estivesse sido pego em flagrante por causa de algum crime. Não era para teme-la, mas estava com o meu c* completamente fechado. - Está me seguindo? Eu espero que não. - seus olhos estreitaram para mim de modo desconfiado. Droga! - Não vai responder?! Eu preciso de uma explicação. Anda fala logo de uma vez?! A sala dos professores, fica no outro corredor logo no início, e não no final.


- Não acha que está querendo saber além da conta menina!? Eu não lhe devo nenhuma explicação sobre os meus passos ok.


Me surpreendi comigo mesmo, pela tamanha coragem de respondê-la desta forma. Ela e que tinha que me temer, e não ao contrário.


- Ok. - levantou os dois braços em sinal de rendição. - Viu alguma coisa? - Se aproximou até mais do que deveria. Ela era tão baixa, que sua cabeça batia no meu ombro.


- Sim. - respondi como se fosse o óbvio.


- Certo, se falar alguma coisa para alguém vai se ver comigo, entendeu?


- Perfeitamente. Não se preocupe que ele não saberá pela minha boca. - respondi indiretamente me referindo a própria filha dele.


- Ela não vai dizer. - e com esperteza ela imediatamente captou. - Porque senão vai se ferrar tanto quanto eu. Aliais nem ligo, porque e isso mesmo que eu quero. - deu de ombros, após virar as costas e caminhar para o lado que ficava o início do corredor.


- Desculpa lhe perguntar senhorita, mas para onde está indo? - falei alto o suficiente para que ela escutasse. - Pelo que eu saiba os dormitórios ficam para o lado esquerdo e não o direito.


Eu precisava sondar.


- Não te interessa! - respondeu grosseiramente sem fazer nenhum contato visual. - Acho melhor não se intrometer em nada que acontece por aqui ok. Chegou agora e já quer sentar na janela.


Ela nem sequer fez questão de virar o pescoço para me dar atenção, e simplesmente decidiu continuar o seu percurso. Poderia segui-la para ver o que estava prestes a aprontar, mas decidi deixar para lá e retornar a sala dos professores.


ܣܣܣܣܣܣܣܣܣܣ


<> Vamos ver o que dona encrenca irá aprontar no próximo capítulo. 👀


<> Quem leu a segunda versão terá mais ou menos uma noção do que acontecerá.


<> Lembrando que nada será igual a versão anterior, o que tecnicamente deixaram vocês na curiosidade. 😏


 



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Autor(a): Vondy_fics

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  Dulce María Saviñón || 😎👿 Os longos corredores do colégio eram tão extensos e compridos, que me davam preguiça de andar por eles. Eram verdadeiros labirintos que iam do A ao D. E nenhum deles me fazia chegar à bendita cozinha. Agora quero ver se, depois de hoje, aquele infeliz não vai me expulsa ...


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