Fanfics Brasil - Capítulo 2 - Seguindo em Frente Te Daria Tudo - Vondy

Fanfic: Te Daria Tudo - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2 - Seguindo em Frente

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Ele deu um passo para trás, hesitando por um segundo, como se quisesse dizer algo mais, mas acabou apenas balançando a cabeça e voltando para dentro. Fiquei ali, sozinha no jardim, sentindo o ar frio envolver meus ombros enquanto tentava absorver tudo o que havia acontecido, tentando reunir forças para voltar. O que senti ao vê-lo aquela noite não era apenas tristeza. Era a confirmação de que, por mais que eu tentasse, ainda havia uma parte de mim que nunca o havia deixado ir.


Voltei para dentro pouco depois, tentando parecer tranquila. Maite estava no corredor, e me lançou um olhar preocupado quando me viu.


– Você está bem? – perguntou, baixinho.


– Estou – menti, mas ela sabia a verdade. Todos naquela sala sabiam do meu passado com Christopher.


Quando finalmente me despedi de todos e saí da casa de Anahí, o ar fresco da noite me envolveu. Caminhei lentamente até meu carro, sentindo uma mistura de alívio e tristeza. O que mais me incomodava não era que ele estivesse com outra pessoa ou que estivesse planejando um futuro sem mim. Era a sensação de que, mesmo após tanto tempo, ele ainda ocupava um espaço que eu não conseguia preencher.


Depois daquele reencontro com Christopher, minha vida parecia ter sucumbido em uma batalha silenciosa. Eu me esforçava para parecer forte, para me sustentar de pé, mas por dentro, sentia como se estivesse desmoronando. Sorrir enquanto tudo em mim estava em pedaços era um esforço tão exaustivo que começou a cobrar um preço alto. Minha saúde começou a se deteriorar – eu não comia, passava as noites em claro e não tinha energia para nada. Rodrigo tentou, de alguma maneira, me colocar pra cima, mas ele não chegou nem perto de conseguir qualquer reação, nem mesmo o fim inevitável da nossa relação.


Eu só saía de casa para cumprir compromissos profissionais; todo o resto parecia sem importância. Por mais que eu tentasse, Christopher continuava em mim, como uma tatuagem, uma lembrança persistente de tudo o que vivemos e que, de alguma forma, ainda vivia em mim. Eu sabia que precisava arrancar qualquer fragmento de saudade e esperança que restava, mas não sabia como. Talvez, no fundo, eu não tivesse coragem.


Canalizei minha dor no trabalho, a única coisa que ainda parecia me manter no eixo. A segunda parte da turnê estava prestes a começar, logo eu viajaria para o Brasil, mas enquanto estava aqui, preenchi meu tempo como pude, até comecei a trabalhar no conceito do meu próximo álbum, numa tentativa desesperada de encontrar um propósito no meio do caos que minha mente havia se tornado.


Naquela tarde, o céu estava carregado de nuvens densas e pesadas, tonalidades de cinza que pareciam refletir exatamente como eu me sentia. O ar tinha aquele cheiro distinto que antecede a chuva, fresco e levemente terroso, como uma promessa de alívio que ainda não tinha chegado. Peguei meu caderno e fui para a varanda, na esperança de que a brisa do outono pudesse clarear meus pensamentos.


Sentei em uma poltrona, envolta em um cobertor leve, e deixei o vento tocar meu rosto. Abri o caderno e tentei compor. As palavras vinham, mas nenhuma fazia sentido. Era como se minha inspiração tivesse sido drenada junto com minha felicidade. Rasguei as primeiras páginas que escrevi e tentei de novo. E de novo.


A primeira gota de chuva caiu, deslizando pela madeira da varanda. Suspirei, sentindo o peso que parecia prender meu peito. O silêncio ao meu redor só amplificava a tempestade dentro de mim. Finalmente, depois de tantas tentativas frustradas, encarei a página em branco à minha frente e, pela primeira vez, deixei as palavras fluírem exatamente como as sentia.


Te amé más de lo que crees, no lo dudes ni un momento
Me arrepiento cada vez de no haberlo hecho a tiempo.


Me perdí y te perdi (...)


Al otro lado de la lluvia, lejos del dolor
Me pregunto si en secreto sientes lo mismo que yo


Si en tu alma, en algún rincón, aún existimos los dos.


As palavras surgiam em torrentes, como uma confissão inevitável. Cada verso carregava a dor que eu guardava tão profundamente, cada linha era um pedaço de mim que eu estava tentando soltar. Percebi que esse álbum seria um espelho honesto de tudo o que eu estava vivendo – das perdas, das dúvidas e, acima de tudo, da luta desesperada para me reencontrar.



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Autor(a): siguevondy

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O som do celular vibrando ao meu lado quebrou minha concentração. Olhei para a tela e senti meu coração disparar. Era ele. Depois do reencontro na casa de Anahí estivemos em silêncio absoluto, e agora Christopher estava ligando. – Dulce – ele começou, sem rodeios –, precisamos conversar. – Christopher? ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • vondyfforever Postado em 17/01/2025 - 02:23:41

    Affe, que dor, continuaaaa

    • siguevondy Postado em 17/01/2025 - 23:03:43

      Bem vinda! Que bom ler seu comentário! Muito obrigada! Achei que ninguém estava lendo! E sim, essa época foi terrível para nós.


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