Fanfics Brasil - Capítulo 1 - O Fim Te Daria Tudo - Vondy

Fanfic: Te Daria Tudo - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1 - O Fim

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Oi gente, tudo bem? Se tiver alguém lendo e eu espero que tenha. Eu editei o capítulo anterior e acabei colocando a continuação lá, achei que esse ficaria muito pequenininho. Então caso você já tenha lido o de ontem e não esteja entendendo, volte um capítulo e leia o restante. :)


Obrigada!


 


Pov Christopher


 


Alguns dias depois de deixar Dulce no estúdio, embarquei para a Colômbia para terminar de filmar a última temporada de "Kdabra". O trabalho era intenso, mas também uma distração bem-vinda. Havia algo terapêutico em me perder nas cenas, nos personagens, nas horas intermináveis no set. Era um refúgio, ainda que temporário, da confusão que minha vida pessoal havia se tornado.


 As noites, porém, eram diferentes. Solitárias. Sem as câmeras ou os colegas de elenco por perto, os pensamentos sobre Dulce me invadiam com força total. Eu me perguntava se ela estava bem, se sentia minha falta tanto quanto eu sentia a dela. Mas também sabia que este tempo separados talvez fosse o que precisávamos para entender o que realmente queríamos.


Naquela sexta-feira, o dia havia sido particularmente exaustivo. Cheguei ao hotel apenas querendo uma noite tranquila, longe de tudo. Mas quando abri a porta do meu quarto, encontrei Dulce ali, sentada na poltrona perto da janela. Por um momento, pensei que estivesse imaginando.


 – Surpresa! – Ela disse com um sorriso, mas seus olhos estavam cheios de emoção.


 Era real.


Fiquei sem palavras. Não esperava vê-la ali, muito menos depois de como havíamos nos despedido. – O que você está fazendo aqui? – perguntei finalmente, me aproximando.


Ela levantou, ajeitando o cabelo nervosamente.


 – Pensei que... Talvez precisássemos de um momento. Sem discussões, sem cobranças. Apenas nós dois.


Senti meu peito apertar. Era exatamente o que eu queria, mas também temia.


 – Dulce... Você não precisava fazer isso. E as suas gravações?


– Eu não estava muito bem, precisava de uma pausa – ela disse, cruzando os braços como se estivesse tentando se proteger. – Sinto sua falta, Chris. Sei que estamos dando um tempo, mas isso não significa que eu não te ame. Eu precisava te ver.


Minha resistência desmoronou naquele instante. Aproximei-me e segurei suas mãos.


 – Eu também sinto sua falta. Todos os dias. Mas...


 – Sem ‘mas, – ela interrompeu com sua voz firme. – Não encarei um vôo de quatro horas para vir aqui discutir o que está errado ou certo entre nós. Eu vim porque quero lembrar o que temos de bom. Quero estar com você, mesmo que seja só por um fim de semana.


 Assenti, sentindo um peso sair dos meus ombros. Ela estava certa. Nós precisamos desse momento para lembrar por que escolhemos um ao outro.


Passamos aquele final de semana juntos, longe de tudo. Caminhamos pela cidade, jantamos em restaurantes pequenos e conversamos e rimos como há muito tempo não fazíamos. Era como se o mundo tivesse suspenso, nos dando uma chance de respirar e apenas sermos um casal apaixonado comum. Por um momento, parecia que nada poderia nos atingir.


Quando ela foi embora, na segunda-feira de manhã, senti o vazio voltar. Mas desta vez, também havia uma fagulha de esperança. Talvez ainda houvesse um motivo para lutar, para eu me curar das minhas inseguranças e ser o homem que acerta mais do que erra.


Precisei ficar mais algumas semanas na Colômbia, as filmagens atrasaram alguns dias, mas durante todo esse tempo, eu e Dulce continuamos trocando mensagens, não tanto quanto eu gostaria, nossos horários estavam uma loucura, e ela era do tipo inimiga da tecnologia. Estávamos dando tudo de nós no trabalho e eu esperava conseguir alguns dias para nos dedicarmos um ao outro quando eu voltasse ao México. Apesar de sempre termos negado nosso romance ao mundo, eu estava decidido a mudar isso. Eu queria desacelerar, assumir nosso relacionamento publicamente e, acima de tudo, fazer Dulce feliz, até fiz um pequeno guia com programas de casal que nunca tivemos a chance de fazer.


Assim que pousei na capital, fui direto para a casa dela. Estava ansioso, com o coração cheio de expectativa, cada passo impulsionado pela imagem de seu sorriso e pela esperança de um recomeço. Toquei a campainha e, enquanto esperava, ensaiei mentalmente as palavras que queria dizer a ela. Mas quando a porta se abriu, o que vi me desarmou completamente.


Dulce estava cercada por malas. Algumas já fechadas, outras ainda abertas, com roupas cuidadosamente dobradas. Sua expressão era uma mistura de surpresa e nervosismo.


 – O que está acontecendo? – perguntei, tentando esconder a confusão e a decepção na minha voz.


 Ela sorriu de forma hesitante, como se tentasse amenizar a situação


– Adivinha só, – ela não esperou eu imaginar qualquer possibilidade, porque emendou com um misto de animação e nervosismo. – Vou começar a turnê do meu novo álbum. América Latina e Estados Unidos! Eu estava prestes a te contar...


Meu peito apertou como se o ar tivesse sido sugado do ambiente. Droga, eu estava feliz por ela, mas passei semanas acreditando que, finalmente, encontraríamos o nosso equilíbrio e então ela tinha feito planos que claramente não incluíam nós dois.


 – E você decidiu isso sozinha? – perguntei, minha voz mais fria do que eu pretendia.


 Dulce deu um passo em minha direção, seus olhos implorando por compreensão.


 – Chris, eu queria te contar pessoalmente. Pensei que talvez você pudesse vir comigo. Seria uma chance de estarmos juntos, mesmo com minha agenda cheia.


 – Ir com você? – repeti, minha mente girando.


A idéia de acompanhá-la era tentadora, mas não conseguia ignorar a velha frustração que voltava a me consumir, talvez fosse a velha insegurança falando mais alto outra vez.


 – Então, mais uma vez, é sobre a sua carreira. Sobre o que você quer. E eu? Onde eu me encaixo nisso tudo, Dulce?


Ela franziu a testa, claramente magoada pelas minhas palavras.


 – Não é assim, Chris. Eu estou tentando conciliar tudo. Quero você ao meu lado, mas também preciso seguir meus sonhos. Você sabe o quanto isso significa para mim.


Balancei a cabeça, sentindo a raiva e a tristeza se misturarem em um nó apertado.


 – Você não está pensando em nós. Está pensando apenas em você mesma. E eu? Fui um imbecil em imaginar que, quando voltasse, finalmente teríamos nosso momento. Mas, claro, você já tem outros planos. Sempre tem.


Ela tentou segurar minha mão, mas eu recuei. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela manteve a voz firme.


 – Chris, isso não é justo. Eu nunca te pedi para escolher entre seus sonhos e nós dois. Por que você espera que eu tenha que fazer isso?


 O silêncio entre nós era ensurdecedor. Finalmente, respirei fundo, tentando controlar a onda de emoções que ameaçava me afogar.


 – Talvez você tenha razão. Talvez eu seja injusto. Mas também sei que não posso continuar me sentindo como se sempre fosse a segunda opção. Eu não quero mais isso, Dulce.


Sem esperar pela resposta dela, virei as costas e fui embora. Cada passo parecia mais pesado, mas eu não olhei para trás. A dor era esmagadora, mas uma parte de mim sabia que, naquele momento, era o que precisávamos. Talvez estivéssemos apenas nos enganando, tentando fazer algo funcionar quando nossos mundos seguiam caminhos tão diferentes.



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Autor(a): siguevondy

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