Fanfics Brasil - Capítulo 1 - O Fim Te Daria Tudo - Vondy

Fanfic: Te Daria Tudo - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1 - O Fim

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Os dias seguintes foram complicados, eu precisava de conselhos, de perspectiva, e foi assim que me vi na cozinha da casa da minha mãe, desabafando enquanto ela fazia café. Minha mãe sempre teve um jeito de me ouvir sem julgar, apenas permitindo que eu despejasse minhas emoções.


– Ela é tudo para mim, mãe. Mas parece que nossos caminhos estão sempre em conflito. Ela está seguindo os sonhos dela, e eu… eu me sinto perdido, tentando encontrar um lugar onde me encaixe na vida dela.


Minha mãe colocou a xícara na minha frente, sentando-se ao meu lado. – Amar alguém nem sempre é fácil, Christopher. – disse ela, suavemente. – Vocês dois estão em fases diferentes, mas isso não significa que não possam encontrar um meio-termo. Talvez o que vocês precisem agora seja de tempo. Dê a ela espaço para seguir os sonhos dela, e use esse tempo para descobrir o que você realmente quer.


Com o passar dos dias a solidão havia se tornado minha fiel companheira, e na maioria das noites ela vinha acompanhada pela tristeza e a insegurança, era como se dentro de mim houvesse uma mistura de arrependimento e vazio que parecia impossível de dissipar. Perdi a conta de quantas vezes me sentei no sofá, o violão no colo, apenas olhando para as cordas sem saber o que tocar. Nem mesmo a música, que sempre fora meu refúgio, conseguia me animar. Eu compunha de forma quase automática, cada nota uma tentativa de organizar os sentimentos que se atropelavam dentro de mim, uma maneira silenciosa de processar tudo o que estava na minha mente.


As palavras da minha mãe continuavam martelando minha cabeça. Talvez ela tivesse razão. Talvez dar tempo e espaço a Dulce fosse necessário, mas era assustador. Era como soltar algo precioso sem saber se o destino o traria de volta. A verdade é que eu sabia, no fundo, que nunca seria suficiente para ela. Dulce era tudo, a mulher mais linda e talentosa que eu já conheci. Ela merecia o mundo, e eu... Eu não passava de um homem quebrado, incapaz de preencher o que ela precisava. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia deixá-la ir. Era egoísta, eu sabia, mas o amor também tinha esse lado.


Ainda assim, como um masoquista incurável, continuei seguindo cada passo dela pela internet. Fotos e vídeos surgiam diariamente, mostrando-a radiante, sua energia iluminando palcos e multidões. Era impossível não sentir orgulho dela, mas o orgulho vinha misturado a um aperto no peito quando alguma matéria tendenciosa mencionava um suposto interesse romântico de sua parte. Eu sabia que não tinha o direito de questionar a veracidade daquelas palavras, mas eu não podia controlar a maldita fúria que crescia dentro de mim.


Foi numa dessas noites, enquanto a solidão, o medo e a raiva me envolviam como um manto pesado, que decidi sair. Precisava de ar, de algo que me distraísse daquele ciclo vicioso de pensamentos. Encontrei um bar discreto, com luzes baixas e música suave, o tipo de lugar onde ninguém faria muitas perguntas. Sentei-me no balcão, pedi um uísque e fiquei ali, perdido no ruído ambiente e no sabor amargo da bebida.


– Noite ruim? – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha enquanto me analisava com curiosidade. Seu sotaque espanhol tornava suas palavras quase musicais.


Sorri de canto, tentando disfarçar o turbilhão interno. – Podemos dizer que ruim é um começo. E você?


– Podemos sentar aqui e medir quem está na pior ou nos distrair com uma boa conversa e com sorte sairmos daqui bêbados. O que acha? – Respondeu ela com um sorriso divertido.


– Parece que não temos nada a perder, não é?


A noite no bar foi diferente de tudo o que eu esperava. Não era uma fuga, tampouco uma tentativa de apagar a dor que carregava. Era simplesmente um momento que eu precisava — uma pausa no caos interno. De certa forma, Marian era um alívio naquele momento. Não porque ela pudesse substituir Dulce — isso era impossível —, mas porque ela era alguém que estava ali, sem julgamentos, ouvindo e oferecendo um pouco de conforto. Enquanto conversávamos, percebi que estava sorrindo mais do que havia feito nas últimas semanas. Era um sorriso tímido, quase involuntário, mas era real.


Depois de algumas rodadas de uísque e histórias compartilhadas, ela sugeriu: – Você parece precisar de ar fresco. Que tal uma caminhada?


Hesitei por um instante, mas a idéia parecia melhor do que voltar para casa e encarar o silêncio.


– Por que não?


Saímos do bar e caminhamos lado a lado pelas ruas do bairro. Marian me falou um pouco mais sobre sua vida, sua infância e suas aventuras como modelo. Havia algo de nostálgico em seu tom, algo que me fez querer ouvir mais.



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Autor(a): siguevondy

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