Fanfics Brasil - Capítulo V Laços em Combate

Fanfic: Laços em Combate | Tema: Naruto


Capítulo: Capítulo V

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O som do chuveiro cessou, e Naruto logo apareceu na sala, secando os cabelos com uma toalha. Ele havia escolhido uma camisa social preta ajustada, que realçava seus ombros largos, combinada com uma calça bege que contrastava de forma elegante. Ao avistar Hinata, ele notou que ela estava parada diante da estante, observando com atenção seus troféus e medalhas.


— Impressionada? — perguntou ele, com um sorriso caloroso enquanto jogava a toalha sobre o ombro.


Hinata se virou ao ouvir a voz dele e ficou momentaneamente sem palavras ao vê-lo. O contraste entre a camisa preta e a calça clara destacava a figura de Naruto de um jeito que ela não esperava. Seu rosto imediatamente corou, e ela desviou o olhar.


— Ah... Eu... Estava apenas olhando... São muitos troféus... — murmurou, tentando organizar os pensamentos.


Naruto deu uma risada suave, se aproximando dela.


— Obrigado. Mas, não acho que sejam tão interessantes quanto você está agora.


Hinata arregalou os olhos, a surpresa e a timidez fazendo seu coração disparar.


— Eu? Não diga isso, Naruto-kun. Olha pra você... Você está incrível. Eu... Eu nem deveria ter escolhido algo tão simples — disse ela, olhando para o próprio vestido laranja, sentindo-se um pouco insegura.


Naruto franziu a testa, inclinando-se levemente para frente, como se quisesse garantir que ela o ouvisse bem.


— Não diga isso, Hinata. Você está perfeita. Principalmente com essa cor... Laranja é a minha favorita.


O elogio direto e sincero fez Hinata sentir o rosto esquentar ainda mais. Ela tentou desviar o olhar, mas o sorriso dele era magnético, e ela não conseguiu evitar sorrir de volta.


— Obrigada, Naruto-kun — respondeu ela, sua voz quase um sussurro.


Naruto estendeu a mão para ela, com um gesto convidativo.


— Pronta para o jantar?


Hinata assentiu, colocando a mão delicadamente sobre a dele, e os dois saíram juntos, prontos para a próxima etapa da noite.


O carro de Naruto parou em frente a um restaurante que parecia saído de um filme. A fachada era elegante, com luzes suaves iluminando o nome em letras cursivas e detalhes metálicos dourados. O interior, visível pelas amplas janelas, tinha um ar sofisticado, com mesas adornadas com toalhas brancas impecáveis, velas e arranjos florais discretos.


Hinata ficou parada por um momento, olhando para o local com admiração e... uma ponta de preocupação.


— Naruto-kun, este lugar parece tão... chique. E caro... — disse ela, hesitante, enquanto olhava para ele.


Naruto sorriu, desligando o carro e saindo para abrir a porta para ela.


— Não se preocupe, Hinata. Eu trabalho para isso. Além disso, você merece uma noite especial.


As palavras dele foram ditas com tanta tranquilidade que Hinata não conseguiu evitar sorrir, sentindo uma mistura de alívio e gratidão.


— Tudo bem... Obrigada.


Eles entraram juntos no restaurante, onde um garçom os recebeu e os conduziu a uma mesa reservada próxima a uma janela que oferecia uma vista espetacular das luzes da cidade. O ambiente era aconchegante, com música suave tocando ao fundo, e a iluminação quente criava uma atmosfera intimista.


Hinata olhou ao redor, ainda impressionada com a sofisticação do lugar. Naruto, no entanto, parecia completamente à vontade, o que a ajudou a relaxar um pouco.


— Eu não sabia que você gostava de lugares assim, Naruto-kun.


Naruto deu de ombros, sorrindo enquanto abria o cardápio.


— Não é que eu venha sempre. Mas para uma ocasião especial como essa, achei que valia a pena.


Hinata corou novamente, mas dessa vez, havia um sorriso suave em seu rosto. Ela sabia que aquele jantar não era apenas sobre comida ou luxo; era um gesto que refletia o cuidado e a consideração de Naruto.


Enquanto o garçom se aproximava para pegar os pedidos, Hinata pensou consigo mesma:


— “Talvez essa seja a noite mais especial da minha vida.”


Naruto olhou para ela de soslaio, percebendo que ela estava perdida em pensamentos. Ele sorriu, contente por vê-la relaxando aos poucos, e decidiu que faria de tudo para garantir que aquela noite fosse inesquecível para ambos.


A mesa reservada para Naruto e Hinata ficava em um canto privilegiado do restaurante, próxima a uma grande janela que oferecia uma vista espetacular das luzes da cidade. O ambiente era aconchegante, iluminado por velas que criavam uma atmosfera intimista e tranquila. Hinata ainda estava encantada com o lugar, sentindo-se quase deslocada naquele espaço sofisticado.


— Não precisa se preocupar com o cardápio, Hinata — disse Naruto, com um sorriso descontraído enquanto abria o menu. — Escolha o que quiser. É por minha conta hoje, e eu quero que você aproveite.


Hinata olhou para o cardápio com cuidado, mas a quantidade de opções e os nomes elaborados dos pratos a deixaram um pouco intimidada.


— Ah, eu... Não sei bem o que pedir... — murmurou ela, sem tirar os olhos das descrições detalhadas.


Naruto deu uma risada suave.


— Se você quiser uma dica, o risoto daqui é muito bom. Eu já experimentei uma vez quando vim com uns amigos.


— Tudo bem, então acho que vou seguir sua recomendação, Naruto-kun — respondeu ela, com um sorriso tímido.


Naruto fez o pedido ao garçom e, enquanto aguardavam, começou a puxar conversa para aliviar o nervosismo que percebia em Hinata.


— Sabe, Hinata, quando te vi no campeonato, você parecia tão calma. Como consegue? Eu quase fiquei nervoso só de saber que você estava assistindo.


Hinata arregalou os olhos, surpresa.


— Eu? Mas você parecia tão confiante! Eu mal consegui desviar os olhos... — percebeu o que havia dito e rapidamente abaixou o rosto, corando. — Quero dizer, foi... inspirador.


Naruto sorriu, apoiando os cotovelos na mesa e inclinando-se levemente para frente.


— Inspirador? É bom ouvir isso. Mas a verdade é que nem sempre fui assim.


Hinata levantou o olhar, curiosa.


— O que quer dizer, Naruto-kun?


Naruto respirou fundo, e por um momento, seu sorriso descontraído deu lugar a uma expressão mais séria.


— Bem, acho que nunca te contei, mas eu perdi meus pais quando era bem jovem. Não lembro muito deles, só algumas coisas vagas... — ele fez uma pausa, olhando pela janela. — Depois que eles se foram, fui criado pelo meu padrinho, Jiraiya.


Hinata ficou em silêncio, ouvindo atentamente.


— Jiraiya era... diferente. Ele não sabia exatamente como cuidar de uma criança, mas fazia o melhor que podia. Ele me ensinou muitas coisas importantes, mas também tive que aprender muito sozinho. Assumir responsabilidades tão cedo foi... difícil.


— Naruto-kun... — murmurou Hinata, tocada pela sinceridade dele.


Naruto sorriu novamente, mas dessa vez, havia um toque de melancolia em seu olhar.


— Foi durante esse tempo que descobri a luta. No começo, era só uma forma de extravasar, sabe? Mas acabou se tornando algo maior. Treinar me dava um propósito, uma maneira de me sentir forte quando tudo parecia desmoronar.


Hinata sentiu uma onda de empatia e admiração crescer dentro dela.


— Eu não sabia que você tinha passado por tanta coisa... É incrível como você conseguiu transformar tudo isso em força, Naruto-kun.


Ele deu de ombros, com um sorriso modesto.


— Não foi fácil, mas eu acho que tudo isso me trouxe até aqui. E, bem, agora estou aqui com você, então talvez tenha valido a pena.


Hinata corou novamente, mas não conseguiu evitar um sorriso.


— Eu também tenho minhas dúvidas às vezes... — começou ela, mudando o tom da conversa.


Naruto inclinou a cabeça, curioso.


— Sobre o quê?


Hinata olhou para suas mãos, entrelaçadas sobre a mesa.


— Estou estudando administração para, no futuro, tomar conta da empresa do meu pai. Ele tem expectativas muito altas, sabe? Mas às vezes eu me pergunto se é isso que eu realmente quero.


Naruto franziu a testa levemente, preocupado.


— E o que você quer, Hinata?


Ela suspirou, lutando para organizar seus pensamentos.


— Eu... gosto da ideia de trabalhar com algo que faça as pessoas felizes. Mas não sei se administrar a empresa da minha família é o caminho para isso. Ainda assim, sinto que não posso decepcionar meu pai ou minha irmã mais nova.


Naruto apoiou o queixo na mão, olhando para ela com atenção.


— Sabe, Hinata, eu aprendi que, no fim das contas, a única pessoa que você precisa realmente agradar é você mesma. Se não for algo que te faz feliz, talvez seja hora de pensar no que realmente importa para você.


Hinata ficou surpresa com a profundidade das palavras dele.


— Você sempre foi assim, Naruto-kun? Sempre tão... decidido?


Ele deu uma risada baixa.


— Nem sempre. Mas acho que lutar me ensinou a importância de seguir meu próprio caminho. Não importa o quão difícil seja, eu prefiro viver uma vida em que eu acredite.


Hinata sorriu suavemente, sentindo-se inspirada por ele.


— Talvez eu precise de um pouco dessa determinação...


Naruto estendeu a mão por cima da mesa, hesitante, mas com um olhar sincero.


— Se precisar, eu posso te ajudar a encontrar.


Hinata olhou para a mão dele, surpresa, mas depois colocou a sua por cima, sentindo um calor reconfortante.


— Obrigada, Naruto-kun.


O momento foi interrompido pela chegada do garçom, que trouxe os pratos. Ambos riram, quebrando a seriedade da conversa e aproveitando o clima leve que o jantar proporcionava.


Enquanto a noite avançava, Naruto e Hinata continuaram a conversar, compartilhando histórias, risadas e sonhos. E, naquele restaurante, sob a luz das velas e com a cidade brilhando ao fundo, parecia que algo muito especial estava começando a florescer entre eles.


 


No pub, o som de risadas e música preenchia o ambiente. Os amigos de Hinata estavam aproveitando a noite, imersos na animação da festa de comemoração organizada pela academia. Tenten e Lee estavam na pista de dança, Sakura e Ino estavam no bar trocando comentários sobre Sasuke, e Shino observava tudo tranquilamente de um canto.


Kiba, no entanto, parecia alheio à diversão. Sentado sozinho em uma mesa, segurava um copo de cerveja que mal tocava. Seu pensamento estava em outro lugar: Hinata e Naruto.


— O que eles estão fazendo agora? — pensava ele, apertando o copo com força. — Será que Hinata está se divertindo com ele? Será que estão trocando olhares? E se... já se beijaram?


Cada cenário imaginado fazia seu humor piorar. O ciúme e a frustração o consumiam, e sua expressão carregada não passava despercebida.


— Você não parece estar se divertindo muito — disse uma voz inesperada.


Kiba levantou os olhos e viu Shikamaru, um dos colegas de academia de Naruto. Ele estava parado ao lado da mesa com uma bebida na mão, exibindo seu habitual ar relaxado.


— Shikamaru, certo? — disse Kiba, tentando parecer mais casual do que se sentia.


— Exatamente. E você é Kiba, não é? Amigo da Hinata?


Kiba assentiu, desconfortável com a abordagem, mas sem querer parecer rude.


— Isso mesmo.


Sem cerimônia, Shikamaru puxou uma cadeira e sentou-se à mesa, colocando sua bebida diante de si.


— Parece que você tem muita coisa na cabeça para alguém que está numa festa. Algum problema?


Kiba hesitou.


— Não, nada demais. Só... não sou muito fã desse tipo de lugar.


Shikamaru arqueou uma sobrancelha, claramente não convencido.


— Certo. Bem, se você não quer falar sobre isso, tudo bem.


Tentando mudar o rumo da conversa, Kiba perguntou abruptamente:


— Então, Shikamaru, como funcionam esses campeonatos? Quero dizer, o que pode acabar com a carreira de um lutador?


Shikamaru pareceu intrigado pela mudança de assunto, mas respondeu com sua característica calma.


— Depende do tipo de campeonato. Nos torneios maiores, como os nacionais, há regras bem rígidas. Movimentos ilegais, conduta antidesportiva, ou mesmo lesões graves podem acabar com a carreira de alguém.


Kiba franziu o cenho.


— Lesões graves? Como assim?


Shikamaru deu um gole em sua bebida antes de continuar.


— Coisas como rompimento de ligamentos, lesões na coluna, ou mesmo contusões cerebrais. Já vi alguns lutadores promissores perderem tudo por conta de uma única luta. É um esporte intenso, mas não perdoa erros ou fraquezas.


— Além disso, algo que seja contra as regras?


— Bom, além das lesões graves, que já mencionei, tem o doping. Esse é um dos maiores problemas.


Kiba franziu o cenho.


— Doping?


Shikamaru assentiu.


— Sim. Alguns lutadores usam substâncias para aumentar a força, a resistência ou a recuperação. Mas isso é absolutamente contra as regras. Se um atleta é pego, ele pode ser desclassificado, suspenso ou até banido permanentemente de competir.


Kiba parecia absorver a informação, mas ainda estava curioso.


— E como eles descobrem?


— Testes antidoping. Eles são obrigatórios em torneios grandes. Amostras de sangue ou urina são coletadas antes e depois das lutas. Qualquer substância proibida que apareça nos resultados pode significar o fim da carreira do lutador — explicou Shikamaru, tomando um gole de sua bebida.


Kiba inclinou-se para frente, interessado.


— Isso acontece muito?


— Mais do que você imagina — respondeu Shikamaru, com um suspiro. — A pressão para vencer é enorme, especialmente em níveis altos. Alguns lutadores, infelizmente, acham que precisam de um "empurrãozinho" para ter vantagem. Mas isso é arriscado, tanto para a carreira quanto para a saúde deles.


— E se eles não forem pegos na hora? — Kiba perguntou, franzindo o cenho.


Shikamaru balançou a cabeça.


— A maioria dos resultados dos testes sai rápido, mas se alguma irregularidade for descoberta depois, eles ainda podem ser desclassificados. Já vi casos de atletas que perderam medalhas e prêmios anos depois, quando novas análises detectaram substâncias proibidas.


Kiba ficou em silêncio por um momento, processando as informações. Embora estivesse interessado no tema, sua mente voltava a Hinata e Naruto. Ele imaginava Hinata assistindo Naruto em um torneio importante, preocupada com a saúde dele ou com algum escândalo inesperado.


Shikamaru, percebendo o silêncio prolongado, inclinou-se levemente para frente.


— Kiba, parece que você está mais preocupado com outra coisa. Isso tudo é só curiosidade mesmo?


Kiba desviou o olhar, desconfortável.


— Só... tentando entender como é esse mundo. Nada demais.


Shikamaru observou-o por um momento antes de dar um sorriso breve.


— Certo. Mas se precisar falar sobre o que está te incomodando de verdade, pode me chamar. Parece que você está lutando uma batalha interna maior do que qualquer uma no tatame.


Com essas palavras, Shikamaru se levantou, pegou sua bebida e se afastou, deixando Kiba sozinho novamente.


Kiba ficou encarando o copo de cerveja, seu reflexo distorcido pelo líquido dourado. As palavras de Shikamaru ecoavam em sua mente. Ele sabia que o amigo de Naruto tinha razão: a luta dentro dele era o que realmente o estava destruindo.


Enquanto o resto da festa seguia animada, Kiba permaneceu perdido em seus pensamentos, cada vez mais consumido por suas dúvidas e inseguranças sobre o que poderia estar acontecendo entre Hinata e Naruto.



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Autor(a): danieef

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No pub, o ambiente continuava animado. Na pista de dança, Lee e Tenten pareciam estar em uma competição particular para ver quem tinha os melhores movimentos, enquanto risadas ecoavam de várias mesas próximas. Sakura e Ino estavam sentadas no bar, observando a cena com sorrisos divertidos enquanto bebiam drinques coloridos. — Olha s& ...


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