Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

Christopher atirou as cobertas para o lado e se levantou da cama. Já que não conseguia dormir, bem que poderia aproveitar melhor o tempo.

Tinha de elaborar uma estratégia de ação, mas para isso precisava de mais informações. Eram cinco horas da manhã. Em questão de minutos, Gus Griswold já estaria acordado, batendo panelas e frigideiras na cozinha do alojamento dos vaqueiros. Christopher vestiu-se rapidamente e, para evitar acordar Dulce, desceu as escadas, pé ante pé.

Não queria se encontrar com ela antes de obter mais informações a respeito do que a jovem gostava, do que não gostava, de quais eram seus objetivos na vida. Com certeza, Gus saberia mais sobre Dulce do que ele.

Antes de sair, Christopher foi até a cozinha e deixou um bilhete para ela, dizendo que tomaria o café da manhã no alojamento dos vaqueiros. Depois fechou silenciosamente a porta e foi até a enorme garagem. Decidiu-se pela picape, deixando onde estavam a caminhonete Bronco e o Cadillac.

O alojamento ficava a alguns quilômetros da mansão, perto das cocheiras e currais. Quando Christopher chegou, as luzes do térreo, onde se localizavam a cozinha e a sala, encontravam-se acesas.

— Olá, Gus! Como vão, rapazes? — Christopher acenou para os três jovens vaqueiros que se ocupavam ativamente em encher a barriga de panquecas, ovos e salsichas.

— Christopher! — exclamou o velho cozinheiro, dando um tapa amigável no ombro do “patrãozinho”. — Manuel nos contou que você apareceu de surpresa. Mas o que está fazendo acordado a esta hora da manhã?

— Vim tomar o café da manhã com vocês.

— Pois então sente-se e fique à vontade, meu filho. Daqui a um minuto ponho na sua frente uma pilha de panquecas do tamanho de um prédio.

Depois do café, Christopher esperou que os três rapazes saíssem para o trabalho.

— E então, como vão as coisas? — perguntou, sem saber direito como iniciar o interrogatório.

— Poderiam ser melhores, mas também poderiam ser piores — brincou Gus. — Mas por que resolveu aparecer aqui no rancho? Eu pensava que você não podia descolar o traseiro da cadeira do escritório nem por um dia.

— O escritório pode muito bem se virar sem mim por uma semana ou duas. Eu precisava esfriar um pouco a cabeça.

— Você precisava era fugir das perseguições femininas por algum tempo, isso sim. Onde está Alexandra?

— Mamãe chega amanhã ou depois. E vem com duas garotas a tiracolo.

— É, rapaz — disse Gus com um sorriso irônico —, seu aniversário está chegando. Sua mãe deve estar movendo céus e terras para conseguir que uma mulher o fisgue antes do grande dia.

— Pode ter certeza disso — suspirou Christopher.

— E então, quais são as perspectivas?

— Mamãe está tentando me empurrar uma das duas que vêm visitar o rancho.

— E você, o que diz? Acho que um homem tem o direito de escolher ele mesmo a mulher com quem vai se casar.

— É justamente a respeito disso que quero conversar com você — murmurou Christopher.

— Comigo? Não entendo nada desse assunto, e já estou velho demais para aprender.

— Mas você sabe bastante sobre uma certa moça, Gus. Dulce Saviñon.

Com uma risada, o cozinheiro colocou o último prato sujo na máquina de lavar louça.

— Ah, a Dulce! Ela não é um amor? E também cozinha que é uma beleza. — Depois, com uma expressão desconfiada, perguntou: — O que o fez se interessar por aquele mulherão? Eu pensava que você só gostava de loirinhas pequenas e delicadas.

— Isso foi no passado — respondeu Christopher. — Agora só quero saber de morenas baixas,de pernas grossas.

continua

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