Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

— Dulce, olhe para mim — pediu ele. Virando a cabeça para trás o mais que pôde, ela olhou, e Christopher sacudiu a pinça bem debaixo de seu nariz. — Fique sabendo, mocinha, que não estou me divertindo nem um pouco. Pode acreditar em mim. Vê-la deitada aí na cama, completamente nua, e não poder fazer nada com você a não ser isto — arrancou um espinho — não é exatamente minha diversão preferida.

Dulce virou o rosto, sentindo as faces arderem. Depois de sua nudez ter sido exposta daquela forma, todo o seu corpo vibrava com uma insuportável tensão sexual.

Christopher continuou a retirar os espinhos e, após alguns momentos de silêncio, pediu baixinho:

— Ah, meu bem, desculpe-me, por favor. Eu não queria deixá-la constrangida.

— Não estou constrangida — afirmou ela, em um tom nada convincente.

— Está bem. Que acha então de mudarmos de assunto?

— Ótima idéia. E pare de me chamar de “meu bem”, e de “querida”; não gosto nem um pouco disso. Neste momento você está desempenhando o papel de médico, lembra-se? Não disse que este é um caso de emergência?

— É, eu disse. Mas vamos conversar, Dulce. A conversa vai me distrair e evitar que eu tenha pensamentos incompatíveis com minhas funções. Vamos conversar sobre sua estante de livros. Por que você tem tantos livros a respeito de administração de empresas?

— É que não pretendo continuar como governanta para o resto da vida — respondeu ela. — Quero ser um dia a minha própria patroa.

— Ah! Uma candidata a empresária. E que tipo de empresa pretende abrir? Uma agência de empregos?

— Não. Uma oficina de trabalhos de agulha.

— Dolores me disse que você é muito habilidosa com esse tipo de coisa. E vi o que você fez na minha camisa. Conte-me mais sobre sua oficina, Dulce.

— Quero abrir uma oficina que também venda materiais para bordado, tricô e crochê. Pretendo também dar aulas, e vender as peças que eu mesma fizer.

— Não está pretendendo abrir uma loja em Carrizo ou Crystal, está?

— Não — respondeu Dulce. — Pensei em uma cidade maior, como Houston, San Antônio, ou quem sabe Dallas.

— E já comparou os preços dos aluguéis de salões comerciais nessas cidades? Os custos de mão-de-obra? Sim, porque vai precisar de pelo menos uma balconista para cuidar das vendas enquanto você estiver dando aulas. E o que me diz do espaço? De que tamanho de salão vai precisar?

— Pare, por favor! — exclamou ela. — Suas perguntas estão me deixando insegura e me fazendo sentir despreparada e ignorante!

— Desculpe-me, não foi essa a minha intenção. Eu só queria ajudá-la. — Christopher extraiu mais alguns espinhos, e prosseguiu: — Pois vou lhe dizer uma coisa: vou mandar minha equipe de marketing verificar umas coisas para você. E vou lhe mostrar como elaborar um plano de negócios. E, em troca, sempre haverá alguma coisa que você poderá fazer por mim. Estamos combinados?

contina

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