Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

Dulce acabava de guardar o último pacote de frutas quando ouviu o ruído de um carro se aproximando. Imediatamente, ajeitou o avental engomado, passou a mão nos cabelos presos e dirigiu-se para a porta da frente.

Christopher, porém, chegou antes dela. Abriu a porta, e três mulheres entraram no vestíbulo. Duas delas eram jovens, loiras e bonitas. As candidatas a noiva.

Procurando reprimir a indefinível sensação desagradável que a dominara, Dulce voltou a atenção para a mãe de Christopher. Alexandra Uckermann tinha cabelos grisalhos, uma silhueta elegante e um sorriso radiante que iluminou a sala inteira. Fora ela a primeira a entrar. Aproximou-se do filho de braços abertos, abraçou-o com carinho e beijou-o efusivamente no rosto.

— Ah, meu filho! Como estou feliz em vê-lo! Já conhece Brooke e Stephanie, não é mesmo?

As duas moças entraram juntas, ombro a ombro.

— Olá, Christopher — disse a primeira, apertando-lhe a mão.

— Christopher, querido — sussurrou a segunda, beijando-o também no rosto.

Foi então que a sra. Uckermann viu Dulce parada no fundo da sala, com uma atitude respeitosa.

— E essa simpática moça, quem é? — perguntou, com um sorriso caloroso.

— Esta é Dulce, mamãe — disse Christopher. — A srta. Saviñon. Nossa governanta. Dulce, esta é minha mãe.

A sra. Uckermann aproximou-se de Dulce e deu-lhe um rápido abraço.

— Muito prazer em conhecê-la, minha querida. Recebi ótimas recomendações a seu respeito. Espero que toda essa gente não seja demais para você.

— N-não, senhora, c-claro que não. Eu também tenho muito prazer em conhecê-la, sra. Uckermann.

Alexandra Uckermann voltou-se para o filho e as duas garotas.

— Venham aqui, meninas. Dulce, estas são nossas hóspedes Brooke Bennett e Stephanie Lord.

A primeira loira, Brooke, sorriu e cumprimentou Dulce com um gesto de cabeça. A outra simplesmente a ignorou, mantendo os olhos fixos em Christopher.

— Christopher, você teria a gentileza de pegar nossa bagagem no carro? — perguntou Alexandra. — Em que quartos você nos colocou, Dulce? Eu gostaria de descansar um pouco, e tenho certeza de que Brooke e Stephanie também gostariam. — Começando a subir as escadas, seguida por todos os outros, prosseguiu: — E não precisa se preocupar com o almoço, minha querida. Nós paramos em Pearsall e fizemos um lanche. E então, estou na suíte principal? — perguntou, quando a procissão atingiu o patamar.

— Sim, senhora — respondeu Dulce.

Ao chegar em frente à porta de sua suíte, Alexandra declarou:

— Sabem de uma coisa, meninas? Estou mesmo bastante cansada. Acho que vou tirar um cochilo enquanto vocês desfazem as malas e se acomodam em seus quartos.

As duas loiras concordaram com um leve murmúrio.

— Por favor, acompanhem-me — disse Dulce. — Vou mostrar-lhes seus aposentos.

As três se encontravam diante do quarto que Christopher designara para Brooke quando ele apareceu com a bagagem.

— Quais são as suas malas, Brooke? — perguntou.

— Aquela ali — disse a jovem, apontando para uma das valises.

— Vou levá-la para você — declarou Christopher, acompanhando a moça para o interior do quarto e deixando as outras três malas no corredor.

Dulce conduziu Stephanie até o aposento no final do corredor.

— Este é seu quarto, srta. Lord.

— Espere um pouco — ordenou Stephanie, em tom ríspido. — Qual é mesmo seu nome?

— Dulce Saviñon.

— Muito bem, Saviñon, prepare-me um banho. Estou toda empoeirada da viagem.

Rilhando os dentes diante das ordens rudes da fulana, Dulce entrou no banheiro contíguo ao quarto e abriu a torneira da banheira. Stephanie permaneceu de pé ao lado da cama, com a expressão de quem estava arquitetando alguma coisa. O que pretenderia a pequena loura?

De repente, a moça começou a desabotoar apressadamente a blusa, e despiu-a no exato momento em que Christopher entrava no quarto com a bagagem.

— Ops! — fez ele, deixando as malas no chão. — Desculpe-me, Stephanie.

— Ai, que horror! — exclamou ela, segurando a blusa na frente do corpo, mas não na altura suficiente para esconder seu delicado sutiã rendado de meia-taça. — Mas que menino levado, entrando assim de repente para me espionar.

— Eu devia ter batido, mas a porta estava aberta.

continua

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