Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

Com passos decididos, Christopher entrou na cozinha às dez horas da manhã seguinte. Dulce ergueu os olhos do livro de receitas que estava lendo, notando que ele estava mais uma vez usando a camisa em que ela bordara o pequeno brasão do Rancho Monarch.

— Vamos, Dulce. É hora de cuidar dos negócios.

— Negócios? — A última coisa que ela desejava era ficar novamente sozinha com Christopher.

Dulce sonhara com ele de novo na noite anterior, mas seu sonho romântico tivera um final nada feliz: a última imagem de que se lembrava antes de acordar fora a de Christopher colocando um anel de noivado no dedo de outra mulher.

De repente, Dulce percebeu que ele ainda estava esperando pacientemente por uma resposta sua.

— Não, obrigada, não tenho tempo para isso. Tenho muito o que fazer. As hóspedes… Sua mãe…

— Ora, Dulce, você já lavou a louça do café, e ainda faltam horas para o almoço. Brooke e Stephanie estão ocupadas com minhas camisas furadas, e mamãe foi à casa dos Ortega visitar o bebê. Admita que está com a manhã livre. Vamos, vá trocar de roupa que eu fico esperando lá fora. Hoje vamos experimentar a caminhonete Bronco.

— Caminhonete? Pensei que você estava falando de negócios.

— Vamos tratar das duas coisas ao mesmo tempo. Enquanto você dirige, eu lhe explico como maximizar os lucros e minimizar os prejuízos.

Resmungando, Dulce foi para o quarto, tirou o uniforme e vestiu uma calça jeans e uma camiseta de algodão.

 “Não é à toa”, pensava consigo mesma, “que Christopher ainda está solteiro! Nenhuma mulher inteligente o aceitaria para marido. Christopher Uckermann é autoritário, presunçoso e Ora, eu o odeio!”

Imediatamente, achou que estava exagerando. Não aprovava a forma como ele estava escolhendo uma esposa, mas daí a odiá-lo.

“Vamos, garota, encare os fatos. Seus sonhos não são os únicos que estão se transformando em pesadelos; ultimamente este emprego tem-se tornado uma verdadeira dor de cabeça.” Dulce fez uma careta para o espelho.

“Mas o sacrifício não vai ser por muito tempo. Falta apenas uma semana para o aniversário de Christopher; depois disso, dou o fora daqui”.

Uma semana. Ela era capaz de agüentar mais sete dias, não era? Em troca de dois salários extras? E poderia aproveitar o tempo para aprender tudo o que Christopher pudesse lhe ensinar a respeito de negócios.

Dulce foi encontrar-se com ele na frente da casa.

— Por que demorou tanto? — perguntou Christopher, abrindo a porta do motorista para ela.

— Mil perdões por tê-lo feito esperar, senhor — disse Dulce, em tom sarcástico. — Juro, senhor, que isso nunca mais vai acontecer! — Ligando o motor da caminhonete, ela se virou para Christopher e o encarou com uma expressão de desafio.

— Tudo bem, não tem importância. Desta vez você mesma sai de ré. Não temos praticado muito essa marcha.

— Sim, senhor. Imediatamente, senhor. — Dulce engatou a ré e pisou com força no acelerador ao mesmo que soltava de uma vez o pedal da embreagem. O resultado foi que por pouco deixou de bater em uma palmeira que ficava na extremidade da entrada para carros.

— Mas que diabo, Dulce! — exclamou Christopher. — Por que está tão nervosa?

— Impressão sua — afirmou ela, conseguindo ignorá-lo e se concentrar na direção por cerca de cinco minutos.

Finalmente, perguntou:

— Que testes você inventou hoje para suas vítimas? — Por algum perverso motivo, Dulce não conseguia parar de pensar na sugestão de Michael, de que o teste final fosse aplicado na cama.

— Não sei — respondeu Christopher. — Minha esperança é a de que não seja necessário um terceiro teste.

Dulce voltou o rosto para ele e perdeu a direção, jogando a caminhonete na direção de uma cerca. Christopher agarrou o volante e fez o veículo voltar para a estrada.

— Devagar, mocinha! É melhor pararmos um pouco. Acho que você precisa se acalmar.

Freando o veículo, ela segurou o volante com força e, por entre os dentes cerrados, afirmou:

— Eu estou calma. Por que não estaria? Que motivo teria eu para estar nervosa?

Christopher abriu a porta do passageiro, saiu, deu a volta e abriu a porta do motorista.

— Venha, vamos dar uma volta — sugeriu. — Quero dar uma olhada no moinho de vento daquele tanque ali adiante — acrescentou, estendendo a mão para ela.

Dulce empurrou-lhe a mão e desceu da cabine sozinha.

— Não preciso de sua ajuda — murmurou, mal-humorada.

— Nem com os negócios? — perguntou Christopher, dando um passo para trás. — O pessoal de meu escritório mandou, por fax, mais algumas informações sobre as lojas de San Antônio com as quais você pode vir a concorrer. Podemos examiná-las quando voltarmos para casa.

Dulce começou a caminhar em direção ao moinho de vento.

— Por que está fazendo isso, Christopher?

— Isso o quê?

continua

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plix*-*