Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

— Ensinando-me a dirigir carros com embreagem. Mandando seus funcionários obterem informações de marketing para mim.

— É que eu am… Eu gosto muito de você, e quero que também goste de mim.

— Mas que diferença faz se eu gostar ou não gostar de você? — insistiu ela. — O que realmente não gosto é do que você está fazendo com Brooke e Stephanie.

— Eu também não gosto — disse Christopher com ar compungido, mas estragando tudo com uma risada. Imediatamente, Dulce parou de andar e se voltou para ele com as mãos na cintura. —Ah, Dulce, desculpe-me. Na verdade, estou rindo de mim mesmo. Mas não precisa ter pena de Brooke e de Stephanie; elas entraram nessa brincadeira de livre e espontânea vontade.

— Brincadeira? — exclamou Dulce. — Ah, Christopher, casamento não é uma brincadeira! Trata-se de sua vida; da sua e de sua esposa, seja ela quem for. E também da vida de seus filhos. O casamento é coisa séria, Christopher. Escolher uma esposa por meio de testes é um método frio, calculista e fadado a terminar em divórcio. Ou em coisa pior.

— O que pode ser pior que o divórcio?

— Permanecer casado com uma mulher que você não ama, e que não ama você.

— Ah! Quer dizer que você acha que eu deveria amar a mulher com quem me casar?

— É claro!

— Pensei que você não acreditava no amor — disse Christopher, apoiando-se negligentemente no suporte do moinho.

— Eu nunca disse isso! — objetou Dulce.

— É, devo não ter entendido bem. Mas você já se apaixonou, não é verdade?

— Sim, uma vez — admitiu ela com relutância, deixando de lado a indignação. — Já lhe contei a respeito dele.

— Bruno? — perguntou Christopher, com os músculos do rosto contraídos.

— É.

— O que aconteceu?

— Também já lhe contei o que aconteceu. Ele não me amava. E eu quase morri de tristeza — insistiu Dulce. — Você não pretende magoar Brooke ou Stephanie, pretende?

— Eu não vou magoá-las. Elas não me amam. Só estão interessadas no meu dinheiro. E você, ainda está apaixonada por Bruno?

— Não.

— Ele foi o primeiro homem com quem dormiu?

— Não! — exclamou ela. — Nós nunca. Nunca! Ora, isso não é de sua conta — disse por fim, cruzando os braços e desviando o rosto. — Não quero falar a respeito disso.

— Estava apaixonada pelo sujeito — murmurou Christopher, chegando mais perto —, e não foi para a cama com ele? — Dulce limitou-se a fazer que não com um veemente gesto de cabeça, recusando-se a olhar para ele. — Quer dizer então que você ainda é virgem?

— Isso é menos ainda de sua conta!

— Você ainda é virgem! — disse ele, relaxando perceptivelmente. — E isso significa que não amava de verdade esse Bruno. Vamos, Dulce, conte-me a história toda.

— Não vou contar nada. E não vou admitir que você questione meus sentimentos por Bruno! Eu o amava tanto! E ele me desejava, sim. — Pelo menos fora essa mentira que Bruno Breux contara para tentar levá-la para a cama.

— Tudo bem — falou Christopher —, acredito em você. Mesmo porque não posso imaginar um homem que não a deseje. Você é muito atraente,Dulce. — Afastando-se do moinho, acrescentou: — Venha até aqui, e vou lhe provar que estou falando a verdade.

Dulce não se mexeu do lugar, fechando os punhos em uma atitude de ameaça.

— Você é mesmo uma figura rara, Christopher Uckermann. Pensa que toda mulher que aparece à sua frente está morrendo para cair em seus braços?

— Você caiu, não caiu? — retorquiu ele, aproximando-se ainda mais. — E também me beijou, quando estávamos juntos na cama. Já se esqueceu disso?

— Nós não estávamos “juntos na cama”. Não foi dessa maneira que as coisas aconteceram.

continua

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