Fanfic: Dulce [vondy]{finalizada}

— Ah, Fae Rae, não posso ficar aqui! Não depois de ele ter me pedido em casamento. Não posso ficar e vê-lo continuar a fazer pedidos de casamento um atrás do outro, até encontrar uma mulher suficientemente idiota para aceitar.

— Mas como? Esse sujeito está propondo casamento a todo mundo?

— Ainda não, mas sei que vai propor. É uma questão de tradição de família.

— Sei lá que tradição é essa, mas faça como estou dizendo, Dulce. Não saia daí, pelo menos por mais algum tempo. Promete? Lembre-se de que fui a única a acreditar em você, quando todos os outros desacreditaram. Você me deve isso, menina.

Sem mais argumentos, Dulce foi obrigada a concordar.

— Está bem, eu fico. Mas ande depressa com essa substituta, Fae Rae.

— Pode deixar comigo. E não se preocupe, minha querida, tudo vai dar certo.

Dulce desligou o telefone e, enxugando as lágrimas, afirmou a si própria que seria capaz de agüentar. Seria capaz de permanecer no Rancho Monarch vendo Christopher bancar o bobo com aqueles testes idiotas e, ainda assim, sobreviver.

Prendendo novamente os cabelos, ela recordou a si mesma que ainda tinha sua oficina como perspectiva de vida. Não seria obrigada, entretanto, a abri-la em San Antônio. Poderia fazê-lo em qualquer outro lugar. Nada a prendia àquele lugar. Ela não tinha família e, à exceção de Fae Rae, não tinha amigos também.

Com um suspiro, Dulce foi até a cama e se deitou, enterrando o rosto no travesseiro. Dali a alguns minutos pegou no sono.

Sentado à escrivaninha, Christopher fitava o vazio, com a mente semi-entorpecida. Que não conseguisse raciocinar com clareza não era nenhuma novidade, afinal, desde que Dulce despencara da escada da biblioteca diretamente em seus braços, ele nunca mais tivera um pensamento coerente. Por que fora seguir o conselho do irmão?

A porta se abriu, e seu eficiente conselheiro entrou despreocupadamente no escritório.

— Você! — exclamou Christopher.

— Eu mesmo, ora. Por que, você estava à espera de outra pessoa? Dulce, talvez? E então, quando vai dizer a ela que a…?

— Eu já disse, ela esteve aqui agora há pouco. Eu a pedi em casamento.

— Deixe-me adivinhar — disse Michael, sentando-se na beirada da escrivaninha. — Ela recusou.

— Com todas as letras — confirmou Christopher, levantando-se. — E a culpa é toda sua, seu cretino.

— Minha culpa? De onde você tirou essa idéia?

— Aquele conselho idiota que me deu: “Diga-lhe que a ama, Christopher. Peça-lhe para se casar com você, Christopher.”

— E sou eu que tenho culpa? — gritou Michael. — Você nunca seguiu um conselho meu em toda a sua vida!

— E também não deveria ter seguido desta vez! — retorquiu Christopher, gritando também. — Eu sabia que era cedo demais!

A porta do escritório abriu-se novamente.

— Meninos! Parem de brigar imediatamente! O que deu em vocês dois? Faz anos que não discutem desse jeito! — Alexandra Uckermann achava-se junto à porta, a imagem da indignação. — Christopher, Brooke e Stephanie estão à sua espera na sala de estar. Elas terminaram de cerzir suas camisas.

continua

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