Fanfic: Uma luz em minha vida [vondy]

Na verdade, era mais uma desculpa para Hank ou Christopher darem uma olhada na velha senhora que vivera sozinha na propriedade, até sua morte, cerca de um ano atrás.

Christopher desmontou e amarrou as rédeas no gancho de metal. Olhando para a casa, notou que a pintura come­çava a descascar. Um problema fácil de ser resolvido. Uma boa raspagem e a casa estaria pronta para receber uma nova mão de tinta. Branca. Ele sempre sonhara com uma casa pintada de branco. A enorme varanda tam­bém precisava de reparos, mas ele cuidaria disso também.

Aproximou-se do estábulo e descobriu que a porta estava aberta. Sem dúvida, as crianças tinham aparecido por lá, de novo. Entrou e examinou os fardos de feno. Estavam intactos. De repente, ouviu um som estranho.

Parecia um gemido. Atravessou o corredor formado pe­los fardos, seguindo o som cada vez mais alto.

Devagar e cuidadosamente, não querendo ser sur­preendido por um animal ferido, ele se aproximou da porta do cômodo, uma espécie de quarto, contíguo ao estábulo. Era de lá que vinham os gemidos.

O que ele viu foi chocante. Uma mulher. Uma mulher grávida gemendo de dor.

Dulce Saviñon não poderia ter escolhido um momento pior. Acreditara ter tudo sob controle. Mas seus planos não incluíam um bebê precipitado, chegando com duas semanas de antecipação.

Sentira dores nas costas durante toda manhã, mas achara que eram em razão da longa viagem que enfren­tara. Não imaginara que já eram as dores do parto. Precisava de ajuda.

Assim que a contração passou, ela se levantou e tentou caminhar. Mas não chegou a dar um passo. As dores recomeçaram ainda mais fortes, fazendo-a gritar.

— Oh, não... — Dulce gemeu, sentindo um líquido quente escorrendo entre as pernas. Decididamente, estava em apuros. Soltando pesadamente o corpo sobre o banco de madeira, conseguiu suportar a contração. — Meu Deus, ajude-me, por favor... — murmurou, tentando puxar pela respiração.

— Receio que tenha de contentar-se comigo.

Ela se voltou e deparou-se com um homem alto, de om­bros tão largos que bloqueavam a passagem. Na cabeça, um chapéu preto de cowboy quase lhe cobrindo os olhos.

— Quem é você? — ela perguntou num fio de voz. Ele entrou no cômodo.

continua

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plix *-*