Fanfic: Uma luz em minha vida [vondy]

Christopher forçou um sorriso.

— Hei, está tudo sob controle, olhos azuis. O Dr. Hager está bem aqui, no outro lado da linha. — Ele entregou-lhe o celular.

Dulce conversou com o médico e respondeu às perguntas dele. Depois, devolveu o celular para Christopher.

— Ele quer falar com você.

— Ouça, Christopher — o médico começou. — Quero que você a mantenha calma. Caso a coisas se precipitem, você terá que ajudá-la a respirar entre as contrações. É muito importante que nenhum dos dois entre em pânico.

— Está bem, doutor — ele respondeu menos confiante do que realmente se sentia.

A mulher apertou o braço dele e gemeu sob a força de outra contração.

— Respire, respire.

Dulce obedeceu, mas três minutos depois, nova contração. Ela repetiu a técnica da respiração até cair exausta, na cama de lona.

Christopher arrancou sua bandana e enxugou o rosto mo­lhado da mulher.

— Você está indo muito bem — ele tentou animá-la. Dulce lançou-lhe um olhar cético, obviamente não convencida.

— Isso não estava previsto. O bebê está adiantado.

— Acontece. Há alguém a quem eu possa avisar? Seu marido, sua mãe...

Ela negou com um gesto de cabeça.

— Não. Meu marido morreu. Só eu... E o bebê. — Ela fechou os olhos e Christopher não fez nenhum comentário.

Logo as dores voltaram.

— Oooh...

— Respire — ele pediu.

Christopher estava intrigado, perguntando-se o que uma mu­lher grávida estaria fazendo naquelas paragens... E so­zinha. Se ele não tivesse aparecido, ela estaria realmente em apuros.

— Obrigada.

— Psiu. Poupe suas forças — disse, servindo-lhe água de seu cantil. Enquanto Dulce descansava, ele pegou o celular. — Doutor? E essa bendita ambulância que não chega?

— Está a caminho, Christopher. Concentre-se em sua pa­ciente. Tenho que saber se ela já está com dilatação.

Christopher estremeceu. Só havia um meio de descobrir isso. Ele deixou o aparelho de lado e voltou-se para Dulce.

— Olhe, moça, o doutor disse que preciso examiná-la. Sinto muito. Vou tentar e serei rápido.

Ela arregalou os olhos, depois concordou.

— Vá em frente. — Ela parecia tão pequena, tão frágil, com a camisa larga, a saia comprida e o ventre protuberante. Depois de tirar a calcinha, ela dobrou os joelhos e puxou a saia para cima. Outra contração atingiu-a. — Vou fazer força — ela gritou.

continua

comentem

plix *-*