Fanfic: Somente por Prazer (TERMINADA)

Annie
percorreu todos os ambientes, verificando se tudo estava pronto para a festa:
as flores, a música, os petiscos, as bebidas.

O
maravilhoso bufe de frios, composto de saladas e frutos do mar, mais as
sobremesas deliciosas, foi encomendado na melhor delicatessen da cidade.

Derrick
não gostava de contratar garçons para suas festas. Preferia que tudo ficasse
servido nas mesas estrategicamente espalhadas pelos diversos ambien­tes e no
terraço. Gostava de criar uma atmosfera onde as pessoas se sentissem à vontade
para circular. Ha­via mais entrosamento.

Ela
passou os olhos em tudo, tranquilizando-se por estar tudo pronto, exceto o
arranjo de flores do hall. Ao ajeitá-lo, recuou para ver o resultado. - Não
precisa arrumar mais, querida. Annie olhou para trás e viu que Derrick
finalmente saíra do quarto, pronto para a festa. Usava preto, cau­sando um belo
contraste com a decoração do aparta­mento em cinza e branco.

Normalmente,
ela o teria elogiado, mas agora as palavras lhe faltaram. Ela voltou a mexer
nas flores. - Não precisa arrumar mais nada - aconselhou ele. - Tudo está
perfeito. Agora vá se arrumar antes que os convidados cheguem. Assim como gosto
de vê-la de short, estou louco para vê-la naquele vestido especial. Achei muito
bom você ter escolhido um modelo exclusivo. Já imaginou se outra mulher apa­rece
na festa com o vestido igual o da minha namora­da?

-
Realmente, seria uma catástrofe mesmo, não é, Derrick? - retrucou ela, sem se
controlar.

A
semana tinha sido a mais comprida e agitada da sua vida. Num esforço para
esquecer as fantasias sem fim com Alfonso, ela trabalhou feito louca, cuidando
de todas as pendências, sendo tão eficiente que Dul fora incapaz de achar uma
falha.

Depois
de sair do escritório na sexta-feira, Annie passou horas procurando um vestido
para a festa. A longa expedição pelo shopping a mantivera livre das lembranças
de Alfonso por algum tempo.

Ela
acabou optando por um vestido de seda malva bastante insinuante, com um corpete
de renda rosa.

Acabou
gastando mais do que os quinhentos dóla­res que Derrick lhe dera, acrescentando
do seu próprio dinheiro. Uma extravagância anormal para Annie. Mas ela
precisava de um consolo e também queria agradar Derrick. Por remorso, talvez.

De
manhã, arrastou seu corpo cansado para fora da cama e foi até o apartamento de Derrick
logo cedo. Es­forçou-se para se concentrar nos preparativos e cui­dar de tudo com
entusiasmo.

Convenceu-se
de que, se ficasse ligeiramente bê­bada à noite conseguiria ir para cama com Derrick
de­pois da festa e ficaria livre da frustração que sentia.

Porém,
por volta das cinco, quando Derrick chegou do escritório, parecia eufórico com
o contato que fi­zera com um atleta campeão mundial cheio da grana. Annie ficou
irritada, principalmente quando ele disse que tinha convidado o sujeito para a
festa.

-
Como seja não tivesse gente suficiente! - gritou ela.

Derrick
a fulminou com o olhar.

Annie
balançou a cabeça se recriminando. Ela estava agindo exatamente como Mai fizera
com Ron, crian­do caso sem motivo para arranjar uma discussão. Po­rém, o caso
dela era diferente: ela nunca mais veria Alfonso, e Mai já estava com seu novo
parceiro.

-
Desculpe-me, Derrick - disse Annie. - Foi sem querer. Estou cansada e um pouco
nervosa. Não gos­to dessa história de ficar com estranhos, principal­mente
quando são ricos e famosos. Em que mesmo seu cliente é campeão mundial?

-
Ele foi campeão mundial. De surfe.

-
Surfe? - repetiu ela incrédula. Com tanto es­porte no mundo, o cliente de Derrick
tinha de ser cam­peão justamente de surfe! Ela não queria nem pensar em surfe,
quanto mais conversar a respeito.

-
Eu sei. Você nunca teve a idéia de que surfistas ganham muito dinheiro. Mas Poncho
é milionário.

-
Poncho... - repetiu ela. - Parece americano.

-
Mas ele é australiano legítimo. É proprietário da cadeia de lojas Aus-Surf.
Começou com uma lojinha quando uma contusão o forçou a parar. Agora, existem
franquias da Aus-Surf por toda Austrália. Você já deve ter visto, estão por
toda parte.

-
Sim, claro, já vi.

-
Os negócios dele estão no melhor momento - despejou Derrick, bem à vontade.
Sempre que arranja­va um cliente rico, tentava descobrir tudo o que po­dia. -
No início, as pessoas achavam as roupas mui­to chamativas, mas os surfistas
adoravam. Agora que cores vibrantes estão na moda, as vendas explodiram. Para
mim, era preferível morrer a vestir uma roupa daquelas. Você consegue me
imaginar numa camisa verde-limão?

-
Não consigo - respondeu ela sincera. Mas po­dia imaginar Alfonso. Ele ficaria
lindo!

Annie
suspirou. Essa tortura não acabaria nunca?

-
Já sei, já sei. Falo feito um papagaio. Desculpe. Vá se arrumar. Vou aprontar o
gelo para as bebidas.

Tudo
o que Annie queria era ir embora, fugir de Derrick, da festa, e desse playboy
atleta que devia ser me­tido e achar que todas estavam a seus pés. O que de­sejava
mesmo era fugir para a Praia Escondida e para Alfonso. Não pensava em outra
coisa.

As
vezes, ela se arrependia de ter ido embora. Po­deria ter aproveitado mais...
feito sexo com ele no chuveiro. No mar. Tocado o corpo dele com as mãos, com a
boca. Uma das fantasias recorrentes era a de amarrá-lo na cama. Ele à mercê
dela. Levá-lo à lou­cura!

e ai tão gostando?

comentem muito muito muitos, besos e até mais.