Fanfic: Somente por Prazer (TERMINADA)

-
Ai! - ela resfolegou, agarrando-se em seu om­bro em busca de apoio.

-
Apóie seus pés contra a parede atrás de mim - ele pediu. - Vou mantê-la na
posição. Dobre e de­pois estique os joelhos.

-
Eu, eu não posso.

-
Pode sim. Vamos lá, me aperte com força. Ela conseguiu, sua boca se abrindo
enquanto uma sensação acompanhava outra. Nossa, foi tão bom. Tão
inacreditavelmente bom.

-
Isso é simplesmente inacreditável - disse ele numa voz rouca. - Continue... Não
pare... Mais rá­pido... Assim, desse jeito... querida...

As
palavras dele a excitavam de uma forma insus­tentável. E os dois eram selvagens
e primitivos.

Annie
não pôde mais se conter, e depois Alfonso, seus gritos se misturando, seus
corpos tremendo à medida que a paixão explodia em seus corpos.

Levou
um tempo até que seus espasmos se abran­dassem, mas os dois ainda estavam
agarrados um ao outro, Annie chorando e Alfonso esfregando suas costas,
tentando consolá-la.

Será
que ela estava chateada? Ele começou a ficar preocupado. Era o que ela queria,
não era? Foi o mo­tivo pelo qual ela viajara até lá. Então por que estava
chorando?

Quando
tudo se reduziu a apenas um soluço, ele cuidadosamente se desprendeu dela e
pousou-lhe os pés no chão. As pernas de Annie fraquejaram.

-
Você está bem? - ele perguntou.

-
Que pergunta tola!...

-
Você está com frio. - Ele se esticou para al­cançar uma toalha abóbora, grande
e felpuda.

Ela
se assustou com o próprio bocejo.

-
Acho que estou mais cansada do que com frio.

-
Quer que eu a carregue até a cama?

Suspirando
exausta, ela aceitou a oferta. Seu rosto repousou no peito de Alfonso, bem
sobre o coração, que disparou e então ficou repleto da mais avassala­dora
emoção. Os braços de Alfonso se estreitaram em torno dela e ele soube, sem a
menor dúvida, que ama­va aquela garota. Amava-a como nunca amara antes.

Não
era excitação contida o que lhe corroia na hora em que ela chegou. Ele estava
enlouquecido, pensando ela tivesse sofrido um acidente na estrada.

Agora
que fizera amor com ela, não suportava a idéia de vê-la com outro homem. Ele a
queria para sempre. Queria viver com ela, ter filhos com ela, en­velhecer com
ela. Opa, ele até queria se casar com ela!

Casamento,
sempre pensara, não era para ele. Mas ele ainda não havia encontrado seu amor
verdadeiro.

Ele
sorriu imaginando o que a mãe dele diria quan­do contasse a ela. Porém, ele
tinha umas coisas para resolver primeiro... como fazer com que Annie se apai­xonasse
por ele.

Alfonso
levou-a pelo corredor em direção ao quarto, sua cabeça rodando, cheia de
planos. Será que ele conseguiria fazer com que ela se apaixonasse por ele em
uma semana? Provavelmente não.

Seu
estômago se contorceu quando ele pensou nela se abaixando no chuveiro. Para uma
principian­te, tinha se saído muito bem. Tinha sido incrível.

Alfonso
olhou para o seu belo rosto enquanto a incli­nava para passar na porta do
quarto. O cabelo dela es­tava puxado para trás, mas havia um cacho solto sob a
testa. Ele sorriu pensando numa versão sacana de um verso sobre uma menininha
com o cacho no meio da testa. Quando ela era boa - ela era muito, muito boa -,
mas quando ela era má... era o diabo!

Ele
entendia que Annie não via sexo sem amor como algo bom, e talvez ela quisesse
ser "má" por um tem­po. Pessoalmente, ele não acreditava que o sexo
entre adultos que concordavam em estar juntos pudesse ser mau se este não
machucasse ninguém.

Mas
Annie não fora educada como ele. Ela fora cria­da com idéias mais antiquadas,
segundo as quais não era bom para as garotas fazerem sexo sem amor. Alfonso não
concordava com essa teoria. As garotas ti­nham tanto direito de desfrutar o
sexo pelo sexo quan­to os rapazes.

E
daí se ela quisesse ser tratada apenas como um objeto sexual por uma semana?
Experimentar posi­ções que ela nunca experimentou antes?

Ele
daria conta disso, desde que fosse com ele que ela estivesse experimentando.
Impressionante como, quando se ama uma mulher, não se é tão liberal a res­peito
das práticas sexuais dela.

Ela
logo se virou, quando ele a colocou nua sobre a cama, encolhendo as pernas em
posição fetal. Alfonso ficou olhando alguns segundos para o bumbum de Annie,
que era deliciosamente arredondado, antes de puxar o edredom sobre ela.

Alfonso
se curvou e beijou sua cabeça.

-
O que foi, querida?

-
Você não vem para a cama comigo? - ela per­guntou meio sonhando.

-
Daqui a pouco.

-
Ah...está bem. Boa noite.

Ele
não quis contar que não era noite ainda.

-
Boa noite, durma bem.