Fanfic: Destino - Vondy -

Dedicado à Na *-*

Tomara sua
decisão. Voltaria com Paola, e Dulce seria uma breve lembrança de alguém
especial. Seria sua amiga, assim como ela queria. Seria difícil olhá-la sem
desejar tomá-la nos braços, mas seria forte. Aceitaria o fato de que ela não
fora feita pra ele, apagaria da memória aquele breve beijo que havia mexido
tanto com ele. Dulce era especial, ele sabia disso. Tão especial que ele não
poderia alcançar. Tinha que se conformar, talvez demorasse um pouco, mas
passaria esse desejo e essa necessidade. Ficaram um pouco mais ali, resolveram
dar mais uma volta pelo apartamento. Dulce estava feliz. Finalmente teria seu
próprio cantinho pra morar, poderia deixar com seu estilo. Tinha várias ideias
e estava anima. Contou a Christopher seus planos e ele lhe prometera ajudar.
Depois de ficarem quase duas horas por lá, resolveram ir embora. Christopher a
levara até a porta do hotel. Ela estranhara um pouco já que ele sempre a levara
até seu quarto. Decidiu pensar que ele estava com pressa. Talvez estivesse
louco pra ver a ex-namorada e reatar o namoro. Ela sentiu algo incomodar, não
sabia o motivo. Decidiu não pensar nisso e lhe acenou enquanto ele ia embora.
Christopher precisava sair de perto dela o quanto antes. Era duramente torturado
por estar junto dela e ter que se segurar. Já não sabia se sentia apenas desejo
sexual, ou algo mais. Isso o deixava confuso, e o melhor seria se afastar e
voltar a vida de sempre. Fora muito bem sucedido nos relacionamentos sexuais,
puramente sexuais. Não tivera conflitos amorosos, não se apegava
emocionalmente. Dulce começava a mudar aquela rotina e ele não podia deixar.
Ela não estava interessada nele.

Chegando em
casa, ele se joga no sofá da sala de visitas pra relaxar. Pega o celular e
decide ligar pra Paola. Não tinha muita certeza do que estava fazendo, mas
tinha que fazê-lo. Sua única saída, seu meio de se salvar do turbilhão de
sensações. Ficara no celular por dez minutos, Paola se mostrara muito animada
com seu súbito interesse. Não perguntava por que, e ele agradecia ao fato dela
não se prender a detalhes. Marcara de sair com ela, reataria o namoro e
seguiria sua vida. Dentro de alguns dias Dulce sairia do hotel e sumiria de sua
vida. Não gostou de pensar nessa possibilidade. Não a veria mais? Ele prometera
ajudar com a carreira de estilista, teriam Karla como amiga em comum. Sabia
onde ela ia morar. Isso aqueceu-lhe o coração. Teria notícias dela, não se
afastaria por completo. Quando a noite chegou, Christopher já estava arrumado.
Pegou a chave do carro em direção a casa de Paola e em direção a um caminho que
saberia que não seria feliz.

No dia
seguinte ele se move na cama, estava cansado ainda, precisava dormir mais.
Abriu os olhos e não reconhecia o lugar de súbito. Rapidamente sua memória
funcionou e teve sua resposta. Estava na casa de Paola, havia dormido com ela.
Ele se deixa cair mais uma vez na cama. Olha pro lado e vê a namorada dormindo
tranquilamente, os cabelos castanho-claro sobre o travesseiro, suspira. Por um
momento desejou que fossem lindos cabelos ruivos, e a mulher ao seu lado fosse
Dulce. Tinha que parar com isso, não podia pensar mais nela como mulher e sim
como amiga. Tinha que se conformar. Ela não o queria, tinha apoiado sua volta
com a ex. Ele levanta e vai ao banheiro, toma um banho correndo, se veste e sai
sem acordar a namorada. Dentro do carro ele pensava e pensava. Ultimamente isso
tinha se tornado rotina que o atormentava. Sempre fora decidido, mas
ultimamente era a confusão em pessoa.

Chegando em
casa, ele resolve tomar um banho melhor. Arruma-se, coloca uma calça jeans na
cor preta, uma camisa social branca e passa a mão nos cabelos. Tinha que ir ao
escritório. Detestava as segundas-feira. Era o dia que mais sentia preguiça.
Desce pra tomar o café e encontra Beth parada na cozinha com a mesa posta. Ele
a cumprimenta dizendo que estava com saudade e se senta. Eles ficam
conversando. Beth era como uma mãe para ele, assim ele decide desabafar com
ela. Ela lhe opina dizendo que chegara o momento, talvez ele estivesse se
apaixonando. Christopher lutara dizendo que era somente desejo, já que ela não
tinha cedido fácil às suas investidas. Beth decidiu não discutir, mas conhecia
seu chiquito. Estava se apaixonando e uma hora cairia em si. Christopher
pega a chave do carro e vai pro escritório. Sentia-se inquieto, não conseguia
relaxar e estava começando a se aborrecer com aquilo. Estaciona seu carro na
vaga que lhe era destinada e rapidamente sobe para o escritório, cumprimenta
sua secretária e logo entra em sua sala. Deixa-se cair na cadeira. Tinha que
trabalhar, mas antes ligaria pra Karla e marcaria o melhor horário pra
apresentá-la a Dulce.

- Alô Karla?

- Olá Ucker
meu amor, tudo bem? - a voz animada de Karla o atende.

- Estou sim, e
você?

- Ótima.
Precisa de algo Ucker?

- Preciso
marcar com você o melhor dia pra te apresentar a Dulce. Lembra que comentei com
você?

- Claro que
sim. Olha, tenho a tarde livre amanhã. Se puder nos encontramos.

- Acho que tá
perfeito. À noite te ligo pra confirmar, ok Karlinha?

- Claro amor.
Te espero, beijos.

- Outro. - ele
desliga.

Tinha se
animado. Não via a hora de ajudar Dulce. Queria que ela se sentisse responsável
por sim mesma, merecedora se seus próprios méritos. Ela era capaz, era
inteligente. Sabia que tinha talento e era muito esforçada. Com esse
pensamento, ele segue trabalhando, revisando papéis. Teria uma reunião amanhã
pela manhã. Ainda bem, o horário não o atrapalharia em encontrar Karla. Ele
sairia do escritório e contaria a Dulce sobre o encontro. No final da tarde,
Christopher termina todo seu trabalho no escritório e decide ir até o hotel
contar a Dulce. Ao chegar de frente pra porta da suíte dela, ele suspira e toca
a campainha. Sabia que precisaria ser forte pra resistir a ela. Dulce o atende como
sempre com seu sorriso que lhe iluminava o dia.
         - Boa tarde minha linda.

- Boa tarde,
entra. - ela lhe dá passagem.

- Tudo bem? -
ele pergunta entrando no quarto.

- Tudo sim e
você? - ela pergunta fechando a porta.

- Estou bem
sim.

- Preciso desabafar.
- ela fala olhando pro chão.

- Pode falar
amor.

Ela senta no
sofá, puxando-o para sentar ao seu lado. Suspira, pega uma almofada, e fala
olhando pra ele.

- Eu acho que
estou magoando um amigo meu. - ela desabafa.

- Como assim
amor? - ele pergunta olhando-a.

- Um amigo
dele veio perguntar porque não quis ficar com ele, que ele tava magoado porque
gostava realmente de mim. - ela diz olhando pra almofada.

- Mas você
gosta dele? - Christopher pergunta com medo da resposta, segurando-a no queixo
e fazendo-a olhar pra ele.

- Não e eu
disse pra ele, também falei pra não se apaixonar por mim porque eu não queria
nada sério com ninguém e falei que não dava. Ele disse que tudo bem, mas não tá
tudo bem né? - ela respira fundo.

- Amor, não é
culpa sua. Você não tem culpa de não gostar dele e você foi sincera dizendo pra
ele não se apaixonar. - ele diz aliviado, acariciando-a na bochecha com o
polegar.

- Mas ele se
magoou.

- Mas você não
tem culpa amor, relaxa. - ele a beija na testa.

- Meu jeito
parece de puta amor?

- Lógico que
não. - ele responde assustado - Puta não é virgem.

- Nhai.. - ela
esconde o rosto no peito dele.

- Amor, pára
de ter vergonha disso. - ele lhe diz sorrindo.

- Como se você
sempre me lembra disso? - ela o olha e lhe dá uma mordidinha na pontinha do
nariz, provocando-o a rir - Mas me diz, você resolveu sua situação lá amor?

- Sim amor,
voltei com ela.

- Ah que bom,
tá feliz? - ela lhe acaricia o rosto.

- Tô sim. -
ele mente lhe bagunçando o cabelo.

- Ah amor,
como vou pegar gatinhos assim descabelada? - ela pergunta fazendo uma carinha
triste.

- Ué, então me
pega. - ele sugere.

- Você tá
namorando menino. - ela ri e o empurra de leve.

- Eu sei amor.

- Então não
posso te pegar.

- Mas eu te
pego minha menina.

- Como é que é?
- ela lhe pergunta assustada.

- Eu te pego
amor. - ele repete.

- Tá falando
sério? - ela pergunta ainda assustada.

- Claro que
sim, não costumo brincar. - ele a olha nos olhos.

- Por que você
namora se vai trair? - ela pergunta confusa.

- Não sei
amor, certas coisas não se explicam.

- Você é um
galinha. - ela diz balançando a cabeça negativamente.

- Às vezes as
mulheres que são. Eu não traio sozinho.

- Não se
justifica um erro com os dos outros. - ela suspira - Bom, deixa isso pra lá. O
que você veio fazer aqui, algum motivo o trouxe.

Tinha vontade
de dizer que ela era o motivo, mas depois dessa conversa seria melhor segurar
seus comentários.

- Falei com
Karla, acho que podemos nos reunir com ela amanhã depois do almoço, o que acha?
- ela sugere.

- Por mim tudo
bem, estou ansiosa pra conhecê-la.

- Ótimo, eu te
busco aqui por volta das duas horas. Nos reuniremos em minha casa.

- Na sua casa?
- ela pergunta curiosa.

- Sim, está de
acordo?

- Por mim tudo
bem.

Ele se despede
dela lhe dando um grande beijo na bochecha e saindo. 

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