Fanfic: Destino - Vondy -

Dedicado a millygomes, primeira a comentar *-----------------------*

Capítulo 1

 Copacabana, Rio de Janeiro, 27.01.09

Uma bela manhã
ensolarada e um calor forte devido ao verão, Christopher acorda assim que seu
despertador toca às 8 horas. Um pouco relutante com o sono, vai despertando
calmamente e esticando o corpo na cama espaçosa e milagrosamente solitária,
exceto por ele, já que assustadoramente, nenhuma de suas `namoradas` passara a
noite por ali. Depois de alguns poucos minutos, devidamente desperto,
Christopher se senta na cama abre lentamente os olhos e passa a mão nos cabelos
em desalinho. Vai levantando com preguiça da cama, e vestido só de cueca - já
que era como costumava dormir - caminha em direção ao banheiro pra fazer sua
higiene pessoal. Após longos minutos debaixo do chuveiro frio pra poder
despertar todos os seus sentidos, escolhe por não fazer a barba já que esta não
havia crescido muito, se seca coloca o desodorante, deixa a toalha pendurada e
caminha nu até o quarto pra procurar uma roupa. Apesar das altas temperaturas
do verão, decide por uma calça jeans em um tom de azul um pouco mais claro, e
uma camisa social azul marinho, já que deveria ir devidamente vestido ao
escritório. Não lhe agradava muito terno e gravata, restringindo o uso deles
somente em reuniões oficiais. Após vestir a cueca uma boxer preta, seu estilo
preferido, veste a roupa e se perfuma, passa as mãos nos cabelos - não gostava
muito de seus cabelos penteados - desce pra tomar um café da manhã rápido, já
que tinha que dar uma passada na empresa pra assinar uns papéis que havia
deixado pendente no dia anterior. Não tinha muitos compromissos para o dia, o
que só ocuparia a manhã até a hora do almoço. Não pretendia ir à casa da sua
namorada Fuzz. Uma modelo que tentava alcançar o auge da carreira buscando qualquer
maneira de conseguir desfilar para alguma grife de importância internacional e
chegar às passarelas de Milão. Quando perguntado pelo motivo ao qual
Christopher namorava com Fuzz, ele não sabia responder, talvez fosse pelo sexo
que era algo que lhe chamava muito a atenção nela, porém poderia conseguir sexo
do mesmo nível com qualquer outra. Quando parava pra pensar, ele chegava à
conclusão de que talvez fizesse pra fugir das constantes crises que ela tinha
por não conseguir ter o status de namorada e sempre sendo jogada de lado. Mas
não havia nem uma semana que estava namorando Fuzz e Christopher já se via
esgotado e farto de ter que aturar a uma garota vaidosa que só sabia reclamar.
Já havia tomado sua decisão, terminaria tão prontamente o namoro.

 Chegando à cozinha encontra Elizabeth,
carinhosamente chamada por ele de Beth desde quando ainda era criança, uma
senhora com um pouco mais que seus 50 anos, porém que agia como se tivesse a
mesma idade que Christopher. Muito brincalhona e zombeteira, era como a segunda
mãe para ele e adorava contar histórias, às vezes um pouco constrangedoras, da
infância dele aos amigos que se divertiam. Isso não o incomodava, adorava ouvir
as próprias histórias e não tinha vergonha nem culpa de ter sido uma criança
que gostava de aprontar. Passara grande parte da sua infância sendo criado por
ela, o que não o fazia desconsiderar ou ter algum sentimento de tristeza pela
ausência da mãe. Sempre soube desde pequeno que sua mãe, juntamente com seu
pai, administravam e cuidavam do negócio da família, progredindo a cada ano,
fazendo sua rede de hotéis se propagar por várias grandes capitais mundiais e
alcançar a fama e o status de hoje. Graças a Elizabeth, Christopher era muito
bem cuidado e vigiado enquanto sua mãe viaja à negócios com seu pai.

- Bom dia
Beth! - Christopher que cumprimenta com um abraço e um grande beijo na
bochecha.

- Bom dia chiquito!
- Beth lhe responde como sempre usando o apelido que lhe dera assim que o vira
chegar da maternidade.

- Já lhe disse
que não cultivo mais nada de chiquito em minha anatomia. - diz
Christopher rindo e fazendo suas piadas costumeiras.

- Pois diga o
que quiser. Mas quando trocava suas fraudas, havia muita coisa de chiquita por aí. - Beth lhe responde entrando na brincadeira.

- Passado
Beth, passado distante. - sorri e coloca um pedaço de bolo de laranja na boca.
- As coisas mudam.

Christopher se
serve de um pouco de suco de maracujá, bebe rapidamente terminando de comer seu
pedaço de bolo, vira-se em direção a Beth e lhe dá outro abraço com um beijo na
testa.

- Tenho que
ir, tenho alguns assuntos pra tratar na empresa.

- Mas quase
não comeu nada chiquito, saco vazio não para em pé. - diz Beth usando
uma metáfora antiga.

- Prometo que
comerei quando passar no hotel, mesmo que lá não façam bolos tão deliciosos
como os seus.

- Não esqueça
de comer, tem se alimentado muito mal ultimamente. A propósito, à que horas
pretende chegar em casa hoje? Pretendo sair com umas amigas à noite, decidimos
ir ao cinema já que hoje é sexta e tenho folga nos fins de semana.

- Não se
preocupe comigo, não sei à que horas volto.

- Talvez não
volte hoje né? Quem é a muchacha da vez? Posso tentar adivinhar? Loira,
alta, e com bumbum grande? - diz Beth rindo e como sempre fazendo piada com a
vida amorosa do seu `filho`.

- Creio que
seja uma morena com seios fartos. - Christopher responde rindo no mesmo tom de
brincadeira.

Ele dá mais um
beijo na testa de Beth e vira pra sair em direção à porta. Pega a chave do seu
Honda preto, o que mais lhe agradava quando ia trabalhar, começa a girar no
dedo enquanto rumava para fora da cozinha.

- Deveria
começar a andar na linha não concorda comigo?

- Quem anda na
linha o trem pega, Beth! - Christopher fecha a porta atrás de si com o mesmo
sorriso brincalhão de sempre.

Enquanto
dirigia pela orla de Copacabana, Christopher pensava na vida enquanto dividia
sua atenção entre o trânsito e a bela vista do mar - e de vez em quando uma
bela mulher de biquíni - ouvindo um pouco de música. Dez minutos depois, chega
ao edifício que servia como sede, onde ficava seu escritório. Estaciona seu
carro na vaga que lhe era correspondida e vai em direção ao hall de entrada,
chega até o balcão da sua recepcionista e a cumprimenta com um pequeno gesto de
cabeça e vai até seu elevador privativo que lhe leva automaticamente até o
andar da sua sala. Entrando, encontra Alice. Sua fiel secretária desde que
abrira este escritório. Possuía 31 anos, era casada e mãe de um menino de cinco
anos, a quem Christopher teve a oportunidade de conhecer, muito esperto e que
lembrava a personalidade dele quando era mais novo. Relativamente bonita e
muito educada, sempre vestida impecavelmente, Christopher jamais teve motivos
pra reclamar de sua secretária. Eficiente e muito discreta, jamais perguntava
sobre a vida pessoal do patrão e muito menos comentava qualquer coisa sobre a
mesma.

- Bom dia
Alice!

- Bom dia Sr.
Uckermann!

- Vim para
assinar os papéis que ontem você havia me dito que ficaram pendentes.

- Sim Senhor.
São papéis do novo projeto sobre a construção do um hotel em Miami. O
engenheiro deixou-os aqui ontem, cinco minutos após o Senhor ter ido embora.

- Ah claro,
vou levar os papéis pra lê-los no meu escritório - estende a mão pra pegar os
papéis.

- Como
preferir Senhor. - Alice lhe estende os papéis.

- E a
propósito, se Fuzz ligar, diga que não vim trabalhar. - diz já entrando em sua
sala.