Fanfic: Destino - Vondy -

Christopher
acorda sentindo-se pior em relação a quando se deitou. Seus pensamentos
insistiando em condená-lo e o sorriso de Dulce não saía da sua cabeça. Ele
acorda e vai direto pro banho, faz sua higiene muito rápido e vai pro quarto se
secando. Pega uma calça jeans no tom branco, uma camisa preta e um tenis preto.
Veste tudo e se perfuma, sai correndo de casa comendo uma maçã. Precisava
contar a Dulce o que tinha feito. Não aguentaria segurar por muito tempo e se
condenar por isso. Deixaria ela o castigar. Pega o carro e dirige rapidamente
até o hotel, sobe sem cumprimentar seus funcionários. Toca a campainha de Dulce
e ela o atende muito feliz.

- Amor. - ela
o envolve pelo pescoço lhe dando um selinho.

- Oi amor. -
ele retribui o selinho com uma certa dor.

- Amor, eu já
me decidi. - ela diz fechando a porta.

- Decidiu o
que? - ele pergunta virando-se pra ela.

- Eu.. - ela
olha pro alto - Tô pronta. - volta a olhá-lo fazendo-o se assustar.

- Amor, não
precisa se apressar por mim. - ele diz se esquivando.

- Eu te amo e
confio em você. - ela o olha fixamente.

Não seria
capaz. Não faria amor com ela sem ser merecedor do tal. Ela não merecia confiar
nele, e ele não merecia a confiança dela. Logo Dulce que teria todos os motivos
pra não confiar foi a primeira a lhe acreditar e a entregar seu coração mesmo
depois de ter sofrido bastante.

- Amor é
sério, acho que não mereço toda sua confiança. - ele adimite.

- Como assim?
- ela pergunta confusa.

- Eu... - ele
suspira - Traí você. - confessa.

Dulce respira
fundo, vai até a porta e abre.

- Saí daqui. -
diz seca.

Christopher
abaixa a cabeça e caminha até a porta devagar. Antes de sair ela diz:

- Você me
magoou muito, muito mesmo. Me diz, com quantas foram?

- Uma. - ele
responde baixo.

- Quem?

- Não
interessa o nome, você não conhece.

- Por... Por
que? - ele pergunta com a voz chorosa.

- Não sei,
juro que não sei. Mas preferi te contar, não achei justo... - ele diz em tom
baixo.

- Christopher,
VAI SE FUDER! - ela grita com raiva.

- Preferi ser
sincero.

- Só isso que
ter a dizer?

- Não fui com
nenhuma namorada, mas com você eu quis ser. - ele suspira.

- ME ESQUECE
OK? ME ESQUECE! VOCÊ É UM MERDA! É UM FALSO DESGRAÇADO!

- Pode xingar,
eu mereço. - ele continua no mesmo tom de antes.

- Merece isso
e muito mais.

- Mereço que
nunca mais olhe pra mim.

- AHH QUE ÓDIO
DE VOCÊ CHRISTOPHER! - ela grita com raiva - Vai ver era isso mesmo que você
queria né? Queria mesmo fazer uma merda pra eu terminar e você ficar livre pras
suas putinhas. POIS BEM, FIQUE COM SUAS PUTAS! COMA ELAS TODOS OS DIAS, SINTA
TESÃO, MORRA COM ORGASMOS! Mas elas nunca vão te dar uma coisa. AMOR.
NUNCA!  E eu Christopher, eu te dei... -
ela deixa as lágrimas tomarem conta de seus olhos.

- Não fiz de
propósito. - ele diz calmo - Talvez elas nunca me deem amor, talvez nunca
encontre alguém como você, talvez nunca mais eu ame alguém. Mas cometi um erro
e sabia quais seriam as consequências.

- Se sabia com
por que fez?

- Porque sou
um burro, um merda, um idiota desgraçado como você mesma disse.

- Você nunca
me amou, sempre fui um joquinho pra você.

- Eu amei,
amei a ponto de ser sincero com você.

- Não, não
amou e não repita isso.

- Pára de agir
como se soubesse de tudo.

- Mas eu sei.
Sei que fui uma idiota por confiar em você, fui uma idiota de te amar, fui uma
idiota que quase chegou ao ponto de... - ela não consegue terminar a frase.

- E eu poderia
ter sido mais desgraçado e ter levado isso adiante.

- Não se
justifica um erro com um acerto. - ela rebate.

- Se justifica
sim. Não negue o fato de eu ter sido decente o suficiente pra não fazer nada
com você. Porque eu não mereço e resolvi falar.

- Cara, o pior
sentimento de uma pessoa é pena sabia? E eu tenho pena de você. Sabe por que?
Porque eu te amei de verdade e fiz de tudo por você. E você me perdeu, perdeu
de vez. Não negue que você me traiu.

- Não tô
negando, eu nunca neguei!

- Você disse
que nunca faria nada pra me magoar, disse que sempre estaria comigo, e cadê?
Cadê tudo aquilo que você dizia? Tu é um hipócrita! Eu tenho pena de você,
nojo! Você é um merda, não passa de um filho da puta que não sabe amar e só
brinca com os outros.

- Xinga vai...
Xinga mesmo.

- Parabéns
Christopher, você conseguiu o que queria, satisfeito?

- Não era o
que eu queria.

- Eu juro que
se eu pudesse te batia muito, mas muito agora! Você transou com ela?

- Transei. -
ele olha pra baixo.

- E aí gostou?
Gozou muito?

- Isso não vem
ao caso.

- Me responde
Christopher.

- Gozei, você
sabe.

-
Sinceramente? Não sei de mais nada. Em dois segundos fui do céu ao inferno. Vai
Christopher, deboxa da idiota aqui. Mais uma troxa pra sua coleção.

- Você não é
troxa.

- Você me dá
nojo! Só de lembrar que já te beijei, que já pensei em fazer coisas contigo me
dá vontade de vomitar!

- Tudo bem.
Então me apaga da sua vida. - ele fala baixo e olhando pro chão.

- Sabe o que
me dá raiva? Por mais que eu esteja magoada, eu te amo!

- Eu também te
amo mas você não vai acreditar.

- Eu tenho
vontade de te perdoar apesar de tudo. - ela suspira - Eu posso até te perdoar,
não tô dizendo que vou perdoar, mas eu posso.

- Não dá, não
consigo conviver com isso. - ele passa a mão no rosto.

- Com o que?

- Com o fato
de você ser tão perfeita e eu um tremedo otário.

- Eu não sou
perfeita, também erro. Erros pequenos, mas erros assim mesmo.

- Seus erros
não chegam a ser comparados aos meus.

- Erros são
erros, não importa o tamanho.

- Alguns são
grandes o suficiente pra não ter conserto.

- Christopher
quero que tome sua decisão. Ou você vai me perder pra sempre, quando disse pra
sempre é pra sempre mesmo e continuar sua vidinha idiota de pegar várias
mulheres, ou vai ficar comigo?

- Eu não quero
cara pra te olhar, não consigo. - ele abaixa a cabeça.

- Então
continue com suas putas, só tenho cuidado pra quando se sentir sozinho e ligar
pra elas, elas podem estar com outros e você vai chorar sozinho.

- Pode deixar.
- ele vira as costas saindo do quarto sem olhar pra trás.