Fanfic: Destino - Vondy -

- Ucker
finalmente decidiu sair com os amigos hein. - ele aperta a mão do amigo e lhe
dá um meio abraço.

- Andei um
pouco ocupado ultimamente mas já voltei a vida normal. - ele retribui o comprimento.
- Cadê Poncho?

- Me ligou,
disse que teve que passar na casa de Raquel pra buscar ela.

- Raquel vai
vir? - Christopher pergunta surpreso.

- Vai sim. -
Jack responde rindo do amigo - Ucker se você veio com planos de pegar alguém,
desista. Ela não vai desgrudar de você.

- Mas eu
fiquei sabendo que ela tava namorando.

- Ucker você
andou isolado do mundo mesmo hein. Ela terminou faz tempo.

- Acho que tô
precisando sair mais com vocês. - Christopher admite.

Uns cinco
minutos depois Poncho aparece trazendo Raquel. Era uma bela loira, tinha lindos
olhos verdes e o vestido verde que ela usava possuía um decote que chamva a
atenção, Christopher não pôde deixar de notar.  Pensando pela beleza dela, não seria um grande sacrifício tê-la ao seu
lado durante a noite.

- Ucker meu
gatinho. - ela chega cumprimentando-o com um abraço e um selinho no canto da
boca.

- Olá Raquel,
quanto tempo gatinha. - ele a abraça e lhe dá um selinho no pescoço.

- Realmente,
alguém decidiu sumir da minha vida. - ela o solta devagar

- Não chore
mais, eu já voltei. - ele a solta e sorri.

- Ucker seu
puto, decidiu sair da toca hoje? - Poncho interrompe a conversa
cumprimentando-o - O que o fez mudar hein?

- Coisas
Poncho, coisas... - ele responde um pouco desanimado.

Eles entram na
boate e procuram uma mesa um pouco isolada. Todos os homens se sentam e Raquel
faz questão de sentar no colo de Christopher, que não oferece resistência.

- Ucker fico
feliz que você tenha vindo. Vai poder presenciar nosso amigo Jack encontrando a
mulher que lhe vai tirar a virgindade. - Poncho fala rindo e provoca a risada
de Christopher e Raquel.

- Ai caralho
eu não sou virgem. - ele Jack afirma não querendo entrar na brincadeira.

Os amigos
sempre zuavam ele, já que de todos ele era o único que não falava de suas
relações e não comentava se estava ou não ficando com alguém. Devido a falta de
informações, eles se sentiam obrigados a brincar com o amigo sempre que
possível.

- Sabe o que
eu acho. Que ao invés do Jack ficar aqui olhando pra nossa cara, ele deveria
levantar e ir procurar uma mulher. Christopher sugere.

- É melhor eu
ir dar uma volta por aí mesmo antes que vocês me obriguem. - Jack se levanta e
sai.

- Espero que
ele volte com uma mulher tadinho. - Raquel fala passando o polegar na nuca de
Christopher.

- E você
Poncho? Não vai ficar com ninguém não? - Christopher pergunta apoiando a mão em
uma das coxas de Raquel.

- Claro que
vou. Só tô dando um tempo, daqui a pouco ela vai tá chegando. - Poncho responde
sorrindo.

- Ué? Já
marcou com alguém seu viado? - Christopher pergunta curioso - Quem?

- Camila. -
Poncho responde com um sorriso malicioso nos lábios.

- Camila? Sua
ex Poncho? - Christopher pergunta em dúvida.

- Ela mesma.
Camila me ligou hoje a tarde dizendo que estava com saudades e eu decidi
convidá-la. - Poncho explica.

- Achei que
você ainda fosse apaixonado pela Anahí. - Raquel diz se ajeitando mais no colo
de Christopher.

- E eu sou.
Vou voltar a namorar com ela assim que ela voltar de Milão. Estou apaixonado
mas não estou morto oras. - Poncho explica rindo.

- Isso aí
Poncho. - Ucker concorda com o amigo.

Os três
seguiram ali bebendo alguma coisa. Jack ainda não voltara e os amigos
imaginaram que ele tivesse se arumado com alguém. Raquel insistia em ficar com
Christopher porém não passavam de selinhos. Sempre que iam realmente se beijar,
Poncho os interrompia alegando que não queria que fizessem isso na frente dele
já que ele ainda estava sozinho. Um pouco depois Camila aparece se aproximando
rápido deles.

- Suspeitei
que estivessem no canto. - ela diz assim que chega à mesa.

Poncho a puxa
logo pro seu colo não querendo perder tempo. Camila tinha cabelos pretos
cacheados e longos. Olhos castanhos e seu corpo chamava a atenção. Devidamente
acompanhados, Christopher e Poncho pegam bebidas pra elas e os quatro
conversavam enquanto bebiam. Christopher decidira beber pouco pois voltaria
dirigindo e Poncho fez o mesmo. Camila chamou Poncho pra dançar e os dois saem
deixando Christopher a sós com sua acompanhante.

- Achei que
ainda estivesse namorando. - ele diz a ela enquanto coloca seu copo de volta à
mesa.

- Estava mas
não deu certo. - ela responde olhando-o.

- E por que
não? - ele a olha.

- Porque ele
não era capaz de me satisfazer do jeito que eu queria.

- E como seria
esse jeito?

- Eu te mostro
mais tarde. - ela fala perto do ouvido dele e o beija.

Christopher
corresponde ao beijo deixando-se levar pelo que sentia fisicamente. Mas no
fundo de sua consciência se sentia culpado por estar fazendo aquilo. Mas não
deveria. Dulce deixara claro pra ele que não voltaria a ficar a disposição dele
e que já teria ficado com outro cara pra esquecê-lo. Se ela o fazia, por que
ele deveria sentir-se culpado? Decidiu-se deixar levar e ficou ali durante um
tempo trocando beijos e algumas carícias ousadas com a loira. Pararam porque
Jack tinha se aproximado chamando a atenção dos dois. Ele vinha acompanhado de
uma mulher baixa, porém com um corpo de medidas proporcionais e um rosto muito
bonito. Tinha o cabelo castanho claro e liso, e olhos castanhos.

- Ucker,
Raquel, essa é Amanda. - Jack os apresenta e eles se cumprimentam.

Ficam ali
conversando e Poncho retorna com Camila. Após também serem apresentados, todos
começam a conversar e procurando conhecer melhor a acompanhante de Jack, já que
os outros já se conheciam.

As horas
passam e eles se divertem. Às quatro da manhã Raquel chama Christopher pra ir
embora com ela e ele assente. Os dois se levantam, se despedem dos amigos e
saem da boate. Ela o puxava pela mão e Christopher se deixava levar.
Antigamente, Christopher seria capaz de ter relações sexuais com ela ali mesmo
dentro do carro. Agora ele se sentia um pouco confuso, não sentia o mesmo
desejo sexual quando estava com uma mulher bonita. Só pensava em Dulce, nenhuma
poderia ser melhor do que ela. Apesar de nunca ter transado com Dulce, seu
desejo por ela era maior do que o desejo por outra. Passou a mão no rosto.
Deveria estar enlouquecendo, ele se obrigou a pensar que isso se dava pelo fato
de ela ser virgem e nunca ter ido pra cama com ele. Christopher levou Raquel em
casa e ela insistiu pra que ele entrasse. Ele concordou e assim que entraram,
ela se jogou nos braços dele. No começo ele se mostrava um pouco relutante mas
logo decidiu ceder ao prazer, já que recordara as palavras de Dulce dizendo que
procuraria outros caras. A raiva o consumiu e ele acabou descontando toda sua
ira transando com Raquel.

No dia
seguinte, Christopher desperta devagar e nota que não estava no seu quarto.
Olha em volta e vê Raquel adormecida do seu lado, volta a fechar os olhos e
suspira. Era novamente o velho Christopher Uckermann. Imediatamente seus
pensamentos voltam pra Dulce e ele tem a certeza de que o velho Christopher
Uckermann jamais seria o mesmo novamente. Ele se senta na cama e fica um tempo
quieto até que sente uma mão em suas costas o alisando.

- Bom dia
gatinho. - ele ouve a voz de Raquel ainda sonolenta.

- Bom dia. -
ele responde baixo sem se virar.

Raquel se
levanta e o abraça por trás, lhe dá alguns beijos no pescoço enquanto o alisava
no peito. Ele se desvencilha devagar ficando de pé.
- Que foi Ucker? - ela pergunta confusa.

- Nada não, só
que tá na minha hora. - ele anda pelo quarto pegando suas peças de roupa.

- Por que não
fica pra tomar café da manhã comigo pelo menos. - ela pergunta ajoelhada na
cama.

- Porque já
estou atrasado demais. - ele fala se vestindo.

- Mas ainda
não matei a saudade de você.

- Depois nos
falamos ok? - ele lhe dá um selinho rápido e se vira indo embora.

Ele dirige
devagar até a sua casa. No caminho fica se perguntando onde Dulce estaria e o
que estaria fazendo. Será que teria dado uma chance ao ex? Será que havia
conhecido outro cara? Será que havia transado com alguém? Christopher afasta
esses pensamentos. Já era torturado o suficiente não a tendo ao seu lado, não
precisava se castigar. Ele chega em casa indo direito para um banho.
Christopher sai do banho e veste uma cueca. Resolve não ir muito cedo ao
escritório, e se deita na cama pra poder descansar melhor. Um pouco depois seu
celular toca e ele identifica o número de Dulce no visor, atende rapidamente.

- Alô? - ele
contesta.

- Christopher,
sou eu, Dulce. É... eu só queria falar com você. - Dulce fala baixo.

- Pode falar.
- Christopher se senta na cama.

- Bom, a gente
combinou de ser amigos, então acho que a gente conversar não tem problema né? -
ela pergunta um pouco receosa.

- Claro, tudo
bem. Me conta, como vão as coisas.

- Bom, com o
trabalho tá tudo indo bem. Karla me ajudou muito e me apresentou alguns
conhecidos do ramo da moda, mostrei meus desenhos e eles gostaram bastante.
Eles pegaram pra analisar e vão me dar respostas na próxima semana. - Dulce diz
animada.

- Não sabe
como fico feliz por você. - ele diz com sinceridade.

- E com você
como vão as coisas? - ela pergunta curiosa.

- Tudo bem.
Viajei pra São Paulo pra me reunir com os outros sócios pra falarmos da
construção do novo hotel, tá tudo caminhando bem, logo começarão as obras lá em
Miami. Assim que tiver pronta a estrutura da construção eu viajo pra lá pra
poder ver de perto como caminham as coisas. - ele responde tranquilo.

- Que bom que
tá tudo dando certo. - ela fala animada - E você? Como anda a vida amorosa?
Saiu no jornal sua foto saindo de uma boate com uma mulher. - ela comenta
tentando parecer indiferente.

- Nossa, os
fotógrafos realmente tem muita coisa com o que se preocupar. - ele comenta
irônico.

- Pelo visto
seu final de semana foi bom, disseram que vocês saíram no mesmo carro.

- Sim, eles
pelo menos não mentem. - ele confirma - E você? Já arrumou um namorado? - ele
pergunta tentando não demonstrar ciúme.

- Não arrumei
um namorado não, mas tem um cara que vive atrás de mim. - ela responde
naturalmente.

- Pelo visto
ele não é o único.

- O que quer
dizer com isso? - ela pergunta confusa.

- Nada,
esquece. - Christopher desconversa.

- Fala
Christopher. - Dulce insiste.

- Melhor não
falarmos disso, não gosto.

- Do que você
não gosta?

- De falar dos
outros caras.

- Também não
gosto de falar das suas mulheres, e muito menos saber que você transou com uma.
Isso prova que você não mudou nada Christopher.

- Eu sou
solteiro, posso fazer o que quiser.

- Eu também
posso mas não sei porque insisto em te esperar.

- Nunca pedi
pra que você fizesse isso.

- Eu sei, mas
eu tinha esperança. Agora não tenho mais. Tem muitos homens Christopher não
duvide disso.

- Não duvido,
mas aqui também tem muitas mulheres.

- Tenho
certeza disso, você pode seduzir elas só com seu olhar. Eu já desisti
Christopher. Seja feliz.

- Você também.

Dulce desliga
o telefone e Christopher passa a mão pesadamente no rosto. Falara durante pouco
tempo com ela e mesmo assim voltaram a brigar. Nunca dariam certo. Tinham
visões distintas sobre muita coisa e isso os levavam sempre à desentendimentos.
Ele deixa o celular na mesinha e volta a se deitar. Como duas pessoas que se
amam eram capazes de brigar tanto? Não podiam se entender e serem felizes? O
destino era muito cruel, sem dó nem compaixão. Em meio a pensamentos
Christopher adormece e acorda por volta da hora do almoço. Ele levanta e veste
uma bermuda e desce pra almoçar. Beth estava na cozinha preparando uma
sobremesa. Ela fazia questão de preparar a sobremesa deixando sempre a
cozinheira cuidar das refeições. Christopher entra animado na cozinha, e vai
até Beth perguntando o que ela fazia.

- Estou
preparando mousse de maracujá. - ela responde sem tirar os olhos do que estava
fazendo.

- Você sabe o
quanto eu gosto disso né? - Christopher pergunta rindo.

- Sei, e por
isso estou fazendo. - ela o olha sorrindo.

- Graças à
você daqui a pouco eu vou tá obeso. - Christopher diz servindo o próprio
almoço.

- Não vai
nada. Você tem uma mini academia aqui chiquito, use-a.

- Diz isso pra
preguiça. - ele se senta e começa a comer.

Beth comentara
da academia fazendo-o lembrar que já fazia algum tempo que não malhava.
Dedicaria mais tempo à malhação, não só por estética mas também por saúde.
Assim que termina de comer ele sobre pra escovar os dentes e se arrumar pra ir
ao escritório.

Christopher
chega no escritório no começo da tarde e passa umas duas horas lá dentro
analisando e assinando uns papéis. Decide ligar pra sua mãe e passa um tempo
com ela no telefone perguntando sobre como ela e sua família estavam, se
informa das novidades e promete ir ao México assim que fosse possível. Ao
desligar o telefone ele apoia os cotovelos na mesa e seu rosto entre as mãos.
Não conseguia ficar longe de Dulce. Cada minuto que passava o fazia querer ela
cada vez mais. Só pensava em Dulce e se questionava porque nada dava certo
entre os dois. Ele sabia que tinha uma grande parcela de culpa e quanto mais
tentava resolver, mais ele se enrolava. Christopher decide ir até o apartamento
de Dulce. Não fazia sentido ficarem fugindo e brigando um com o outro. Ele pega
o carro e sai decidido em direção ao apartamento de Dulce. Sobe o mais rápido
possível, toca a campainha e é atendido por uma Dulce um pouco surpresa.

- Preciso
falar com você. - ele fala sem rodeios.

- Entra. - ela
dá espaço pra ele passar.

-
Sinceramente, já não aguento mais isso. Por que brigar tanto? - ele pergunta
entrando no apartamento.

- Eu não sei,
você mudou Christopher. - ela fecha a porta - Você tem estado muito rancoroso,
não parece o mesmo Christopher que conheci. Você não tem mais aquele brilho.

- Talvez seja
porque não consigo ser feliz.

- Você tá
feliz, já tem outra.

- Não é outra
que eu quero, é você. Presta atenção no que vou te falar. - ele diz calmamente
- Não importa com quem eu esteja, não importa com quem eu transo, a única que
me importa é você. É você a única que consegue reunir todos os sentimentos
dentro de mim.

- Eu...
não.... sei... o que dizer. - ela diz um pouco tonta com as palavras.

- Não quero
que diga nada. Só quero que não esqueça o que eu disse.

- Não vou
esquecer amor. - ela o olha nos olhos.

- Agora tenho
que ir. - ele suspira.

- Não vai me
dar um beijo? - ela pergunta em voz baixa.

- Até dois.

Christopher se
aproxima dela, segura seu rosto entre as mãos e lhe roça os lábios fazendo-a
iniciar um beijo. Ambos se beijavam calmamente matando a saudade e desfrutando
de cada toque dos lábios. As línguas se entrelaçavam no mesmo ritmo e
Christopher a acariciava e a apertava na cintura enquanto ela roçava seu
quadril ao dele com seus braços em torno do pescoço. Esse movimento um pouco
mais ousado despertou Christopher fazendo-o parar com um selinho demorado.

- Acho melhor
pararmos se não eu perco a cabeça. - ele sussurra com os lábios ainda próximos.

- Você quem
sabe. - ela suspira e olha pro alto.

- Você me
desperta muitas sensações. Do mais puro amor até o maior desejo.

- Às vezes
acho que você diz isso pra todas. - ela abaixa a cabeça.

- Não, eu não
digo pra todas.

- Será mesmo
que não? - ela levanta a cabeça para olhá-lo - Pois parece que você diz que
elas são perfeitas.

- Em outro
sentido.

- Qual? Na
cama? É só isso que te importa Christopher? O desejo? - ela o pergunta firme.

- Não, você
sabe que não.

- Então por
que tá com ela?

- Essas coisas
são difíceis de explicar.

- Por que? Não
consegue ser fiel a mim por eu não transar com você? - ela pega as mãos dele e
coloca em cima dos seus seios - Pronto, mudou alguma coisa agora?

- Não faz isso
comigo por favor. - ele tira as mãos dos seios dela devagar - Não é nada disso,
você sabe que sempre respeitei você.

- Respeitou
quando transou com outra estando comigo também? - ela o pergunta séria.

- Respeitei
pra dizer a verdade. - ele abaixa a cabeça.

- Me explica o
que se passa aqui. - ela coloca sua mão no peito dele apontando seu coração -
Me explica como alguém diz que me ama estando com outra.

- É tudo tão
complicado. - ele levanta a cabeça e a olha.

- Decida-se
Christopher. Você terá seu tempo.

- Confia em
mim.

- Eu confio.

Ele se despede
dela com um beijo na testa e sai. Vai direto pra casa e fica pensando enquanto
toma banho. Teria que dar um jeito na sua vida, não podia perder Dulce. A amava
e precisava dela. Saberia que só seria feliz se a tivesse consigo. Não sabia
como desenrolar tudo que fizera sem magoar alguém, apesar de ele e Dulce já
estarem magoados.