Fanfic: Destino - Vondy -

Capítulo 2

Quase ao meio-dia,
Christopher decide passar em seu hotel pra poder almoçar, mal havia tomado o
desjejum e estava morto de fome. Sai do seu escritório despedindo-se de sua
secretária, e entrando no seu elevador privativo. Ao fechar a porta, solta um
profundo suspiro, era sexta-feira. Finalmente não teria mais nada ao longo do
dia pra fazer, só precisaria voltar ao escritório na segunda, o que lhe
animava, já que seu fim de semana havia sido antecipado algumas horas. Assim que
a porta se abre, ele se despede das suas recepcionistas, e sai pela porta
principal do edifício. Como o hotel ficava ao lado, não teria necessidade de
tirar seu carro de lugar. Ao entrar no hotel pela porta da frente, sorri um
pouco. Fazia quase duas semanas que Christopher não passava por ali e sentia
falta, aquele hotel era como seu segundo lar. Tinha sua suíte presidencial
particular no último andar, afinal, não gostava de estar sempre em motéis como
as mulheres, e não levaria qualquer uma à sua casa. Poucas tiveram o privilégio
de entrar em seu quarto. Quase todas que conseguiram eram suas namoradas.

Indo até a
recepção, Christopher pára pra trocar algumas palavras com Karina,
recepcionista há um pouco mais de dois anos naquele hotel. Ele sempre elogiou
seu trabalho, e lhe prometera enviar um presente ao bebê assim que ele
nascesse. Há um ano fora convidado para o casamento dela, e gostaria muito de
ter ido, mas infelizmente tivera que fazer uma viagem ao México. Agora ela
estava quase entrando de licença, e Christopher saberia que o hotel sentiria
sua ausência. Após lhe perguntar sobre o estado do bebê, Christopher decide
falar com o gerente do hotel que estava circulando pelo hall. Apesar de
empresário bem-sucedido e dono de uma vasta rede de hotéis, ele jamais se
considerara superior aos demais. Era muito comunicativo e surpreendia aos novos
empregados com sua simpatia.

- Olá
Maurício. - Christopher cumprimenta o gerente com um aperto de mão e um tapinha
no ombro.

- Olá Sr.
Uckermann. - diz o homem lhe retribuindo o gesto.

- Como estão
as coisas por aqui nesses últimos dias?

- Um pouco
mais tranquilas já que as festas de fim de ano passaram. Mas já estamos nos
preparando pra receber os turistas no carnaval.

- É, realmente
no carnaval isso aqui parece a própria Sapucaí. Me disseram que todas as reservas
pra semana do carnaval já foram feitas desde o ano passado. Sinceramente,
prefiro deixar essa parte dos negócios nas mãos do Arthur.

Arthur
Figueira era seu braço direito. Um senhor com quase seus 60 anos e que era
muito experiente, trabalhava com seu pai há 35 anos. Quando falecera,
Christopher não hesitou em lhe pedir ajuda e conselhos sobre o que fazer. O
ajudava a administrar seus negócios, afinal, era um fardo muito grande que
precisava ser dividido.

 - Sim senhor, as pessoas fazem as reservas com
muita antecedência pra não perder a oportunidade.

O celular de
Christopher toca. Ele pede licença ao gerente, e se dirige pra um canto do hall
pra atender. Se fosse Fuzz, não iria atender. Pega o telefone do bolso e vê o
número. Era Poncho. Dá graças à Deus por ser seu amigo quem lhe chamava. Atende
o telefone sempre usando o tom brincalhão e a linguagem informal que usava com
os amigos.

- Hable
Poncho! - sempre atendia seu amigo usando algumas palavras em seu idioma
natural.

- Ucker
finalmente consigo falar com você seu viado, onde tava? - diz Poncho dando uma
bronca brincalhona em Christopher.

- No mesmo
lugar de sempre oras, que pergunta besta.

- Liguei pra
sua casa às nove e Beth disse que você já havia saído. Decidiu madrugar na rua,
ou a mulher dormiu de calça jeans? - pergunta Poncho zuando com seu amigo.

- Nada disso
cara, tive algumas coisas pra resolver na empresa e decidir fazer o mais cedo
possível.

- Tá, entendi,
mas não era pra saber disso que liguei. Presta atenção. Eu, Chris e Jack
estamos nos convidando a ir à sua casa amanhã. Então não pense em passar a
noite com alguém, estaremos madrugando na sua casa e se estiver dormindo será
puxado pelo pé ouviu?

- Sim senhor pai.
- consente Christopher. - Mas me diz, soube algo da Any?

Depois de um
longo suspiro, Poncho responde mudando o tom de voz pra um mais sério.

- Não cara.
Não tenho certeza de quando ela volta e se volta pra mim. Angelique fala com
ela às vezes e ela diz que me ama e que eu devo esperar. Mas já são seis meses
esperando.

- Ela vai
voltar. Assim que terminar esse trabalho que ela está fazendo lá na Itália.

- Que Deus te
ouça.

- Chris e Jack
como estão?

Enquanto
Christopher conversava distraídamente ao celular no canto do hall com Poncho,
uma bela jovem ruiva entra no hotel com passos apressados, parecia um pouco
cansada. Indo ate a recepção ela pára e decide checar sua reserva, após um
breve minuto mostra-se ainda mais cansada e com uma expressão chateada no
rosto. Christopher se vira rindo ainda conversando com o amigo. Automaticamente
pára o olhar na jovem que estava na recepção. Deixa de prestar atenção no que
Poncho falava e fica fitando-a. Já vira e estivera com belas mulheres, mas
aquela parecia ter algo de especial e diferente. Era incontestavelmente bonita
sem dúvida. Apesar de estar com um ar um pouco cansado, era bela em todos os
ângulos. Tinha um corpo esculturamente desenhado, não possuía medidas
exageradas, apesar de que o volume de seus seios lhe chamassem a atenção. O
vermelho vivo do cabelo em contraste com a pele clara lhe dava um ar ainda mais
jovem. Para Christopher lhe parecia um pouco mais nova que ele. Despertado do
seu devaneio por Poncho praticamente gritando em seu ouvido.

- Ucker, você
tá me ouvindo?

- Hã? Ah, tô
sim Poncho! Então, tenho que desligar agora. Acho que tenho um problema na
recepção pra resolver.

- Ok irmão, e
não esqueça que vamos a sua casa amanhã.

- Pode deixar.

Christopher
desliga o celular e o devolve pra dentro do bolso. Pelo semblante da jovem,
algum problema estava acontecendo na recepção, e ele como dono do hotel deveria
resolver. Seria uma boa desculpa pra se aproximar da jovem sem talvez,
abordá-la. Cada vez que se aproximava mais, tinha mais certeza de que não havia
visto beleza parecida. Tinha um rosto de menina num corpo de mulher, e uma bela
mulher por sinal. Quando chega à recepção, pára um pouco em frente à ela e a
fita nos olhos. Tinha belos olhos, um tom de castanho médio e com um brilho
diferente. Quando ela lhe retribui o olhar, ele sente por alguns segundos que o
mundo parava. O olhar era tão profundo que ele sentia como se ela pudesse ver o
interior dele.

- Diana, está
acontecendo algum problema aqui? - pergunta se virando pra outra recepcionista.

- Aparentemente
sim Sr. Uckermann. A Srta. Saviñón fez uma reserva pra ontem no hotel, de uma
semana de estadia. Porém ela só chegou hoje e houve um cancelamento automático
da reserva dela. Ela não avisou que se atrasaria na chegada.

- Tive um
imprevisto. Havia uma forte neblina em Londres, o vôo teve que ser cancelado e
não pude avisar. Preciso de um hotel pra passar essa semana, e me disseram que
esse era o melhor. - responde a jovem falando um pouco rápido pelo nervosismo.

- Fica
decidido, sempre temos suítes presidenciais vagas nessa época do ano. Reserve
uma pra Srta. Saviñon imediatamente enquanto a dirijo à sua acomodação.

- Oh não. Mas
essa suíte deve ser absurdamente cara, não disponho de tanto dinheiro assim pra
gastar só com minha estadia. - interfere a jovem um pouco assustada.

- Não precisa
se preocupar com essa questão. A Srta. vai pagar o preço combinado pelo quarto
que havia reservado antes.

- Ah, muito
obrigada então. Mas prometo pagar a diferença aos poucos.

- Já foi
decidido, faço questão pela cortesia.

- Então
obrigada mais uma vez.

Após tudo
decidido, Christopher decide ele mesmo a acompanhar a Srta. Saviñon até suas
acomodações a ajudando com a mala. Ao entrarem no elevador ela decide
interromper o silêncio.

- É.. Então é
você o dono dos hotéis Sr. Uckermann? - fala um pouco tímida sem conseguir lhe
direcionar o olhar.

- Me chame de
Ucker, Sta. Saviñon. - corrige-a - E sim, sou eu o dono. Apesar de ser mais
novo que os outros empresários do ramo.

- Me chame de
Dulce. - corrige-o - Eu já havia notado isso. O senhor... é... Você parece
muito seguro e experiente em relação aos seus negócios.

- Fui exigido
muito cedo a tomar a responsabilidade, e confesso que gosto de ser o chefe. -
fala com um leve sorriso.

Alguma coisa
nele mexia com ela, assim pensou. Talvez fosse pela beleza masculina, afinal,
qualquer mulher se encanta com um homem bonito. Não tivera muitos namorados, e
não que eles não fossem bonitos, mas Christopher Uckermann tinha um charme
diferente. Seu jeito de falar, o sorriso, o olhar, tudo nele era diferente.

Ela ri um
pouco e mais relaxada resolve perguntar:

- Você sempre
carrega as malas, ou existem pessoas aqui que são pagas pra isso? - pergunta
fazendo piada.

- Só carrego as malas de belas mulheres. - lhe
responde retribuindo a piada

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