Fanfic: Destino - Vondy -

Em sua suíte
de hotel, Dulce seguia acordada. Acordada e pensando. Quem seria o dono de seus
pensamentos? Christopher Uckermann. Ela sabia que ele não era para ela. Mostrou-se
um cara despreocupado, com uma legião de mulheres em sua vida. Ao contrário
dela, que se preocupava demais com seu futuro e com sua vida agora que se
formara. Não possuía a mesma condição social dele, não enxergava beleza em si
mesma que pudesse atrair a atenção dele. Era lindo e tinha mulheres
maravilhosas, podendo escolher a dedo qual iria pra cama com ele. E não tinha
experiência sexual nenhuma. Era virgem, mesmo aos 22 anos, nunca se entregara
completamente a nenhum homem. Apesar de já ter namorado, jamais permitira a
nenhum homem que a levasse pra cama. Christopher nunca ia querer uma menina que
só sabia beijar na boca. Tinha que tirá-lo do pensamento, porém não conseguia.
Era só fechar os olhos para dormir que ela ainda podia sentir o toque dos
lábios dele. Que vontade tinha de ir mais além de um simples selinho. Mas seus
princípios a impediam apesar da vontade. Ele tinha namorada. Não a conhecia,
mas não gostaria de estar no lugar dela. Sabia como era ruim ser traída e não
desejava isso pra ninguém. Controlaria sua vontade mesmo que esta fosse se
jogar nos braços dele. Cansada de continuar com Christopher no pensamento,
decide tentar dormir, talvez conseguisse esquecê-lo. Mas sabia que mesmo
dormindo tinha a possibilidade de vê-lo em seus sonhos.

No dia
seguinte, depois de fazer todo seu ritual ao acordar, Christopher também decide
fazer a barba, já que esta se mostrava um pouco maior que no dia anterior. Não
lhe agrava muito o rosto complemente liso, preferia um pouco de barba, assim
não parecia sempre ter essa cara de bebê que todas as mulheres comentavam. Mas
como não poderia deixá-la crescer muito, algumas vezes tinha que ceder ao
barbeador. Desce pra tomar o café, vestido com uma bermuda e sem camisa. Estava
muito quente, e já que ficaria em casa não tinha a necessidade de vestir mais.
Sentado à mesa, bebendo apenas um copo de suco, ele se arrepende da ideia de
dar folgas nos fins de semana à Beth.  Começa a ouvir uma movimentação de carros chegando, coloca o copo na
mesa, passa a mão nos cabelos. Eram seus amigos. Reconhecia aquele alvoroço de
carros juntos, não se moveu, esperou que eles viessem ao seu encontro. Eles
entram com Poncho à frente sendo seguido por Christian e Jack.

- Ucker mi hermano,
sabíamos que você estaria com problemas com o café, já que Beth não está aqui
pra fazer o seu. - diz Poncho colocando algumas sacolas em cima do balcão. E
trouxemos conosco algo ainda melhor. - diz rindo.

- A Gisele
Bündchen? - pergunta Christopher zoando com seus amigos.

- Claro que
não moleque. - diz Christian lhe dando um tapa na nuca.

- Mas bem que
poderia... - sugere Jack.

- Tão vendo
que não sou só eu que penso assim? - mostra Christopher massageando sua nuca.

- Cerveja
gelada Ucker, pra gente beber nesse calor da porra que tá fazendo. - diz Poncho
colocando as latinhas no freezer.

- Agora
pergunta de quem foi a ideia... - sugere Christian tirando os óculos escuros.

- Finalmente
Chris fez algo que preste. - exalta Christopher abraçando ao amigo e lhe dando
tapinhas nas costas.

Eles resolvem
começar a comer, nenhum deles tinha tomado café da manhã decentemente e estavam
mortos de fome. Em poucos minutos já haviam comido o suficiente. Jack resolve
comentar:

- Vocês comem
que nem uns bois.

- E tu que nem
uma vaca. Me diz Jack, quando vai arrumar uma mulher? - pergunta Christopher.

- Quando você
se casar.

- Já vi que os
dois vão continuar solteiros então. - diz Poncho.

- Talvez um
dia eu case. - Christopher diz tranquilamente se recostando na cadeira e
cruzando os braços.

Poncho se
engasga com um pedaço de torrada, Jack quase deixa o copo cair e Christian
corre pra dar tapas nas costas de Poncho.

- Ucker você
tá bem? - pergunta Jack com os olhos arregalados.

- Eu tô. Por
que o espanto gente?

- Você
casando? - pergunta Christian voltando a se sentar.

- Ow ow ow, eu
disse que eu talvez eu casasse, não disse que iria casar. - ressalta
Christopher se ajeitando na cadeira.

- Mesmo assim
há a possibilidade, e aposto que alguma coisa aconteceu pra você ter mudado de
ideia. - diz poncho tomando um gole de suco pra se recuperar.

- Não
aconteceu nada, só que terminei com Fuzz.

- É sério? Eu
sabia que não ia durar. - diz Christian rindo.

- Ucker troca
de namorada como quem troca de roupa. - rindo, Jack levanta e pega cerveja pra
todos.

Depois de
pegarem suas respectivas cervejas, eles decidem ir pra piscina. Estava bem
quente o dia e resolveram se refrescar um pouco. A piscina era grande, teriam
bastante espaço. Depois de mergulharem um pouco, eles decidem sentar nas
cadeiras e continuar o papo.

- Mas diz ae
Poncho, tem notícias da Any? - pergunta Christopher ao amigo.

- Ah, pra
variar ela não me liga, não manda e-mail, nem mensagem no celular, nem sinal de
fumaça, nem grita pra me avisar nada. Só manda recados pela Angel. Diz que me
ama, que eu tenho que esperar ela voltar, que tá trabalhando. Só que cara, eu
tô esperando faz cinco meses.

- Ah Poncho,
ela tá trabalhando, tenho certeza que quando ela voltar, vocês ficarão juntos.
- Jack consola o amigo.

- Será? -
duvida Poncho.

- Claro que
sim, se ela disse que te ama, eu tenho certeza que é verdade. - diz Christopher
tomando mais um gole de sua cerveja.

- Tomara
mesmo. - Poncho diz desanimado.

- E você
Chris? - pergunta Christopher se virando para o amigo - Como estão as coisas
com Mai?

- Ah
irmãozinho, tão ótimas. Saindo daqui vou passar em casa me arrumar e sair com
ela. - dá um sorriso malicioso.

- SEXO! -
grita Poncho.

Todos riem.
Adoravam estar juntos conversar. Falavam algumas besteiras e não tinham as
namoradas pra lhe puxarem as orelhas.

- Mas se liga
gente, vou contar uma parada pra vocês. Quero segredo hein. Estou pensando em
pedi-la em casamento. - confessa Christian aos amigos.

- Vou ser o
padrinho. - Christopher se candidata levantando a mão e rindo.

- Eu também. -
avisa Jack.

- Calma gente,
todos vocês serão padrinhos né. Mas ainda não pensei muito sobre esse assunto
de casamento não. Então não comentem nada na frente da Mai, pelo amor de Deus.
- diz Christian juntando as mãos em sinal de pedido.

- Tá de boa
irmão. - diz Poncho.

- Quando eu
estiver decido de como pedir e quando pedir, vocês serão os primeiros a saber.

- Eu quero
despedida de solteiro. - Christopher comenta com um sorriso no rosto e os
outros dois amigos concordam.

- Mas gente, e
o Jack? Quando vai começar a namorar alguém hein? - pergunta Christian.

- Não sei não
cara, eu já namorei tantas vezes e ele até agora nada. - responde Christopher

- Ucker você
não conta. - diz Poncho brincando com o amigo.

- É claro que
conto.

- Ah gente não
quero namorar agora não, só quero curtir. - avisa Jack despreocupado.

- Por que
quando o Jack diz que quer curtir vocês não condenam e se sou eu que falo,
vocês dizem que eu não presto? - pergunta Christopher curioso.

- Porque você
não presta Ucker. - respondem os três e Christopher levanta a mão em sinal de
quem não vai mais falar nada.

Depois de
horas conversando, comendo, bebendo e brincando. Os três decidem ir embora.
Christian iria sair com a namorada, Poncho e Jack sairiam pra alguma boate e
chamaram Ucker pra ir junto, mas este deu uma desculpa dizendo que já tinha
outro compromisso, o que era fácil pros amigos acreditaram pois Christopher sempre
preenchera o vazio da casa nos fins de semana com alguma presença feminina.
Logo após terem ido embora, Christopher sobe correndo pro quarto, pra pegar o
celular. Decide ligar pra Karla contando tudo sobre Dulce. A amiga concorda
prontamente em lhe ajudar, e diz que terá o maior prazer em fazê-lo.
Christopher agradece e desliga. Vai pro banheiro e toma um banho, escova os
dentes se perfuma e vai pro quarto procurar uma roupa. Decide por uma calça
jeans num tom de azul mais escuro e uma camisa social preta. Já ia começar a
anoitecer e queria chegar ao hotel o mais rápido possível. Precisava ver Dulce.
Calça um tênis, passa a mão nos cabelos, pega o celular, a carteira e sai
correndo. Passa a mão na chave do carro que havia usado no dia anterior e sai
de casa com pressa.

Após mais ou
menos dez minutos, Christopher chega ao hotel. Entrega a chave de seu carro ao
manobrista, e sai em passos largos até o elevador. Cumprimenta alguns
funcionários e vai até o elevador. Aperta o botão correspondente ao andar da suíte
de Dulce e espera até o elevador chegar. Deu uma olhada no espelho antes de
sair. Não era muito vaidoso, mas em algumas ocasiões necessitava ser. Ele sai
do elevador e caminha até a porta do quarto da jovem, dá um suspiro e aperta a
campainha. Logo em seguida a porta é aberta e ele é recebido com um leve
sorriso dela.

 - Você disse que viria, mas não pensei que
fosse verdade. - diz ela acenando pra que ele entrasse.

- E por que
não? - pergunta ele entrando no quarto.

- Porque
pensei que tivesse coisas mais interessantes a fazer. - responde ela.

- E o que lhe
faz pensar que você não é interesante? - pergunta ele olhando-a fixamente.

Ela fica um
pouco vermelha, não se acostumou ainda ao jeito espontâneo dele de lhe dizer as
coisas. Após um curto tempo ela retorna a conversa.

- Bom, você
iria me contar sobre seu coração lembra?

- Ah claro, eu
lembro. Então senta aqui. - chama ele já sentando no sofá. Ela o acompanha e
senta ao seu lado se virando pra ele.

- Bom é assim:
eu ficava com ela sabe, mas a gente sempre brigava. Sabíamos que se tornasse
sério continuaríamos brigando, mesmo assim ela insistiu tanto em ser minha
namorada que acabou me ganhando pelo cansaço. Enfim, nesse pouco tempo brigamos
muito, e algumas eram brigas bem pesadas. Ela não é um exemplo de pessoa, é um
pouco superficial, não consegue ver muito além do material. Enfim, não sou um
cara muito paciente, e minha paciência chegou ao limite. - resume Christopher.

- Ah agora
entendo o motivo. Mas enfim, o que vamos fazer agora? - pergunta ela animada.

- Huum, não
sei. Estou meio sem idéias.

- Mas a gente
arruma. - diz ela ajoelhando-se no sofá e bagunçando o cabelo dele.

- Ah devo
estar um gato com o cabelo assim. - ele diz rindo.

- Ah e não é
que fica. - ela comenta no mesmo tom que ele.

- Imagino, só
não vá me agarrar. - ele fala brincando com ela e se deita no sofá.

- Mas que
convencido.

- Só um
pouquinho, vem aqui vem amor. - ele a chama estendendo a mão.
- Eba, dormir! - ela diz animada e deitando ao lado dele.

- Será que é
só dormir? - ele pergunta com segundas intenções e abraçando-a.

Ela ri e o
aperta no nariz.

- Se você não
fosse tão linda eu lhe diria uma besteira.

Ela esconde o
rosto no peito dele, sorri e em seguida volta a sua posição anterior, mexendo
no cabelo dele.

- Pode falar.
- diz ela.

- Eu ia mandar
você apertar outra coisa. - ele diz um pouco baixo lhe mordendo um pouco a
bochecha.

Ela escuta um
pouco assustada, fecha um pouco os olhos e volta a abri-los.

- Depois eu
aperto e você não gosta. - ela ri e depois emenda - É brincadeira.

- Se você
apertar tenho certeza que vou adorar. - ele confessa com um sorriso nos lábios.

- Você tá
muito tarado. - ela diz rindo.

- Eu sempre
fui.

- E galinha
também.

- Sempre fui
assim, mas só com mulheres que me despertam algo.

- Ah entendi.
Mas não precisa ser tarado, só galinha. - sugere rindo um pouco.

- E qual a
diferença? - ele pergunta um pouco confuso.

- Tarado você
fica falando besteira pra todas e galinha você só fica tarado quando tá ficando
com a mulher. - ela explica.

- Mas se eu
não for tarado, não ficarei. - ele discorda.

- Fica sim. - ela
lhe sorri e pisca.

Ambos seguem
conversando um pouco mais. Cada vez tinham mais afinidade, era tão bom quando
estavam juntos. Um ouvia o outro, compartilhavam algumas experiências,
descobriam coisas novas sobre o outro, percebiam a personalidade de cada um e
adaptavam suas diferenças. Quando já ia ficando tarde Christopher resolve se despedir,
dizendo que já vai.

- Ah tudo bem
então querido. - ela levanta do sofá seguida por ele.

- Então boa
noite minha menina. - ele se aproxima e lhe dá um beijo na testa.

- Ah não fala
assim. Me derreto toda quando me chamam de minha menina. - ela confessa.

- Minha
menina. - ele repete sorrindo.

- Tu quer me
matar. Meu menino lindo. - ela lhe sorri de volta.

- Então eu vou
lá minha menina. - ele lhe dá um beijo no rosto que ela retribui.

- Até amanhã.

Ele sai e ela
fecha a porta devagar. Os dois ainda sorriam.

SE CONTINUAREM SEM COMENTAR VOU POSTAR ATÉ O CINCO HOJE E AMANHÃ CANCELO A WEB Ç.Ç`