Fanfic: O que são as coisas... {portiñón - AyD}

Poncho encontrou Tomás de pé, próximo a um canteiro de rosas. Foi até ele, esvaziando a cabeça enquanto caminhava; quando o alcançou, o homem estendeu-lhe mão em cumpirmento.

-Sou assessor da Dulce Maria. Tomás.

-Alfonso. - retribuiu Poncho, tentando soar simpático. - É muito urgente o quê quer me dizer, senhor? Tem algo a ver com a Dulce?

-Mais ou menos. Preciso que me ajude com um problema que ela tem enfrentado ultimamente, em relação àquela outra garota... A Anahí, sabe? Preciso que me faça um favor, porque ela já me disse que você é o único em quem ela confia plenamente.

Ele corou um pouco, mas a noite não deixou que Tomás o percebesse.

-Bom, vou fazer o possível. - declarou. - Qual é o favor?

Tomás hesitou um pouco e alisou o paletó antes de dizer:

-Quero que as afaste, Sr. Herrera. A Anahí é a única pessoa em quem a Dulce se concentra ultimamente, e isso está destruindo sua promoção. Agora tem essa história da rixa e eu duvido que Dulce vá aceitá-la de boca fechada. É uma guerra que está se desencadeando, Alfonso, e nós dois temos que pará-la. A Dulce anda cheia de problemas, os fãs ficarão impacientes logo, logo. E você é o melhor amigo dela e eu percebi que não está confortável com a situação Anahí/Dulce María.

-Mas eu não quero criar discórdia entre elas.

-Elas já criaram sozinhas. - o assessor riu. - Questão de tempo, até que se matem.

Poncho ficou calado, pensando. A poucos metros dele, a dita discórdia estava se dissipando em meio aos azulejos do banheiro trancado, o quê já gerava alguns comentários da parte dos demais ali presentes. Mas nem Dulce nem Anahí se importavam.

Seus lábios estavam em chamas, bem como seus corpos. Os vestidos pareciam feitos de gesso e impediam qualquer contato maior; beijavam-se como se nunca mais o voltassem a fazer (e duvidavam muito que isso acontecesse), permitindo que o impulso se sobrepusesse à razão e que suas mãos deslizassem pelas curvas uma da outra, impedidas de sentir a carne flamejante debaixo dos tecidos relativamente finos. Dulce estava presa contra a parede, Any percorrendo toda a sua boca com a língua quente, de uma forma que a ruiva jamais a vira fazer. O azulejo estava frio, mas ao mesmo tempo ia suando devido ao calor que o contato delas emanava e aos poucos foi se tornando deslizante, mais atrapalhando-as do que as ajudando. Dulce pousos as duas mãos nos quadris de Any e desceu os beijos para seu pescoço, depois subindo para sua orelha e, cedendo-lhe uma mordidinha leve, cochichou em seu ouvido:

-Hora de trocar de lugar, não acha?

Anahí apenas riu e a impressou ainda mais na parede.

-Não. Eu gosto de me sentir dominante. - beijou de leve os lábios de Dulce. - Mas eu posso ceder um pouquinho... - beijou seu pescoço. - ...se você for boazinha.

Dulce deixou seus dedos delizarem pelas costas nuas de Any, até encontrarem o laço que mantinha o vestido de Anahí em seu corpo. Ameaçou desfazê-lo.

-É uma questão de honra, agora. - brincou, com um sorriso malicioso. - Ou trocamos, ou eu desfaço esse nó e destranco a porta do banheiro.

Any riu e encontrou o fecho de vestido de Dulce.

-Não tão rápido, ardillita.

Mas não foram além disso. Alguém esmurrava a porta desesperadamente.