Fanfics Brasil - Capítulo Onze (continuação): O que são as coisas... {portiñón - AyD}

Fanfic: O que são as coisas... {portiñón - AyD}


Capítulo: Capítulo Onze (continuação):

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Any andava por um corredor escuro de rumo desconhecido; não sabia nem como tinha chegado lá. Seguia, seguia e seguia, ouvindo apenas o som de seus passos no chão ladrilhado e muito branco. Podia ser um hospital, mas ela não tinha muita certeza. Apenas andava. O silêncio, quebrado apenas pelo salto de seus sapatos, dominava o local e preenchia cada fresta entre os ladrilhos, como um gás tóxico propagando-se e sufocando-a. Mas ela continuava, em direção a uma porta de ferro que ela tampouco sabia aonde poderia dar, mas que a seduzia e, de alguma forma, lhe dizia que as respostas poderiam estar lá.


Mas quê respostas?


Devia já ter andado alguns quilômetros quando enfim chegou à porta. Era um corredor infindo, pelo menos aparentemente, bem como o era em todos os sonhos. Quando girou a maçaneta, reparou que esta era fria como gelo e que a porta estava emperrada, mas ela a abriu mesmo assim, com a ajuda de um empurrão; não surpreendentemente, dava em outro corredor gigantesco.


Desta vez, porém, o chão continha inscrições. Any não conseguiu lê-las direito, pareceu míope de repente, mas uma estava legível o suficiente para chamar a sua atenção: "...porque eles se amam muito". Um sussurro então chegou aos seus ouvidos e trouxe consigo uma névoa esverdeada. Alguém chamava por ela. O chão se tornou frio e escorregadio e ela começou não mais a andar por ele, mas sim deslizar. Outro sussurro, desta vez tão sinistro que arrepiou-a por inteiro: "sueño que te intento besar, pero me vuelvo a quemar... la vida se me escapa". Uma melodia de piano, trsite, melancólica, e a névoa a carregando para uma segunda porta. Esta, porém, se abriu sozinha, sem que Any sequer tocasse sua superfície de ferro. Dava acesso a um quarto, ou quase isso; era um aposento de 40m², mais ou menos, com um dossiê no meio e velas espalhadas por um chão carpetado em vermelho-paixão. O clima lá era quente e um cheiro de incenso subia às suas narinas. A névoa a pousou bem em frente ao dossiê, onde alguém estava deitado, mas ela não pôde identificar quem porque o indivíduo usava uma máscara que cobria todo o seu rosto. Seu coração acelerou.


"No digas nada, todo está en calma" sussurrou a voz sinistra novamente, e então a névoa se dissipou e a porta de ferro desapareceu. Agora Anahí estava trancada no aposento com a estranha figura deitada; em algum lugar de sua memória mais interior, ela meio que começou a reconhecer o local.


-É, é aqui mesmo. - disse o indíviduo e a voz soou estranhamente familiar, apenas um pouco mais fraca e rouca do que de costume. - Só está mais bem decorado.


Any olhou ao seu redor; localizou prateleiras no ponto mais alto das paredes e, sobre elas, inúmeras fadas. Ursos de pelúcia pareceram surgir nos cantos e outros bichinhos fofos também projetaram-se diante de seus olhos.


-Oh céus... - disse para si mesma.- Como vim parar aqui?


O indivíduo se sentou no dossiê, encarando-a por detrás da máscara. Any não sabia disso, apenas sentia o olhar penetrante da pessoa sobre seu rosto assustado.


-E eu é que vou saber? - retrucou. - Estava aqui apenas me recuperando e do nada você apareceu.


Dulce. Subitamente, reconheceu a pessoa, a voz, o quarto e a atmosfera de seus aposentos localizados em um bairro distante no DF. Era o quarto que ocupava na casa dos pais, o quarto que dividiu com Any uma única vez inocentemente na adolescência, o quarto onde perdeu a virgindade com seu segundo namorado, o quarto onde Any nunca fora exatamente bem-vinda. Era o seu "Mundo de Oz", como ela mesma costumava dizer; o lugar onde resguardava todos os sonhos e segredos e onde, certa vez, jurou que jamais mudaria uma pena de lugar somente para tê-lo como seu refúgio eterno.


Então quê diabos Any fazia ali?


Dulce leu seus pensamentos e respondeu:


-Nos sonhos as coisas são meio estranhas mesmo. Vai ver você tava pensando em mim antes de dormir.


Any riu ironicamente.


-Duvido muito. - disse e então viu Dulce se levantar do dossiê, ainda de máscara. - Halloween?


-É você quem está sonhando. - respondeu ela, parando à sua frente. - Você quem conjurou isso.


Any sorriu ainda mais irônica e começou a tirar o apetrecho do rosto de Dulce, lentamente, "sensualmente", se é que se podia atribuir àquilo alguma sensualidade. O maxilar dela já estava totalmente curado e seus olhos castanhos pareciam mais brilhosos e joviais do que nunca. Any acariciou seu rosto enquanto descia a mão e Dulce sorriu-lhe, abraçando-a lentamente pela cintura, como se temesse que Any pudesse desvencilhar-se bruscamente.


"E por quê eu faria isso?", pensou.


-Como eu vim parar aqui? - perguntou ela de novo, num murmúrio.


-Não sei... - respondeu Dulce, ainda sorrindo. - Mas me alegra que esteja aqui.


Any também sorriu e então foi como se não estivesse mais sonhando. Subitamente, o calor do corpo de Dulce a aqueceu e uma vontade louca de puxá-la para um beijo interminável se apossou de seu corpo. Dulce interpretou todo o enrijecimento de seus músculos, a inquietação de seus dedos ora pela nuca, ora pelas costas dela, o umedecer de seus lábios exatamente como Any suplicava para que elas os interpretasse e então, da maneira mais selvagem, romântica, apaixonada e desejosa possível, colou seus lábios em brasa aos dela e, tirando-lhe o fôlego, puxou sua língua com a dela num movimento brusco que a fez derreter-se em seus braços. Nunca ninguém a beijara daquela menira. Any sentia seu corpo todo ser tomado por um calor súbito e todas as suas áreas erógenas se atiçaram. Será que se desejasse que suas roupas sumissem, elas sumiriam? Era um sonho, afinal...


-Eu te amo. - sussurrou Dulce, em seu ouvido, quando separou-se dela por um breve momento. - Eu te amo demais.


E então tudo se dissipou como a névoa.


 


E Anahí acordou, encharcada de suor e enrolada nas cobertas, em algum quarto que não foi capaz de reconhecer.



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Autor(a): pixielov

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Um mês; Dulce já estava fora da cadeia há um mês e a merda do maxilar ainda doía, especialmente quando Poncho vinha beijar-lhe de forma mais "apaixonada" e olvidava-se dos pontos dolorosos no inferior do rosto, apoiando suas mãos justamente ali e puxando sua cabeça de forma "bruscamente carinhosa", como ela costumava brincar. De ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 423



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  • flavianaoliveira Postado em 15/07/2014 - 19:13:53

    Posta mais por favor!!

  • portinon Postado em 31/03/2012 - 01:56:02

    pois é abandonou!

  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:49

    Mt boaaaaa , posta mais , para não . ;/

  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:44

    Mt boaaaaa , posta mais , para não . ;/

  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:44

    Mt boaaaaa , posta mais , para não . ;/

  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:44

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  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:43

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  • Adna Postado em 15/10/2010 - 22:50:43

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  • jenyl3 Postado em 11/10/2010 - 11:05:47

    caraca ta otimooooooooo


    e ai o que vai rolar?


    posta maissssssssssssssssss

  • jenyl3 Postado em 11/10/2010 - 11:05:43

    caraca ta otimooooooooo


    e ai o que vai rolar?


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