Fanfic: AyA - O Verdadeiro Amor Supera Tudo [FINALIZADA]

Como já foi dito, Poncho seguiu
para a praia, porém não foi a qualquer lugar, dirigiu-se ao local onde
passaram uma noite maravilhosa juntos; naquele dia do jantar.
Estacionou seu carro e caminhou até o exato lugar, que ele sabia de
cor. Ali sentou-se e pô-se a olhar o mar que estava agitado, assim como
ele próprio. Chorando muito, Poncho passava suas mãos pela areia como
se quisesse sentir novamente uns dos momentos que haviam marcado sua
vida. Lembrava do rosto meigo de Any, dos seus olhos azuis, do seu
sorriso, do seu jeito lindo de ser... e não entendia... não entendia o
porquê do fim.
Enquanto isso, Any ainda se encontrava em sua cama;
pensando em Poncho e como seria a vida sem ele. De repente seu celular
toca. Desconhecia o número.
Any: Alô!
Capanga: Oi gatinha!
Any: (desolada) Ah, é você. Como conseguiu meu número?
Capanga:
Para profissionais como eu isso é muito fácil... Mas vamos a questão
principal da história: vi que você foi muito obediente e terminou logo
com aquele seu namoradinho idi*ota.
Any: Não fale assim dele! (nervosa) Você e seu chefe nunca chegarão nem sequer aos pés dele.
Capanga: Hahahahaha... que bom senso de humor!
Any: Estúpido!
Capanga: Queitinha... boca calada! Você apenas vai falar quando eu disser para você falar.
Any: Você não pode me obrigar a isso! (espontâneamente)
Capanga: Não posso mesmo?
Any: (percebendo a indireta) O que você quer agora? Já fiz o que seu chefe pediu.
Capanga:
Adaga de Sangue não pede, ele manda! Não se esqueça disso. Amanhã quero
que você me encontre na rua Augusto Menezes, no seu próprio bairro, as
9h da manhã. Vá sozinha e não falte; ou ele morre. (desligando)
Ela suspirou fundo. Estava com muito medo, porém teria que ir sozinha.
Any: (falando consigo mesma) Que Deus me proteja!
A
noite passou devagar e triste tanto para Any como para Poncho. A
primeira permanecia deitada na cama desde o momento que Poncho havia
saído de lá e este ficou na praia até apreciar o pôr-do-sol. Para
Poncho, os milagres da natureza eram perfeitos demais... perfeitos
assim como ele considerava Any. Decidiu sair de lá antes que o
movimento intenso da cidade começasse e foi para sua casa. Tomou um
banho e vencido pelo cansaço consequente da noite em claro, deixou-se
adormecer na poltrona da sala.
Any, ao contrário, estava muito bem
acordada e esperando ansiosamente pelo desagradável encontro com o
capanga. Logo chegou a hora e saiu de casa a pé mesmo, pois a rua
marcada era muito próxima. Caminhou até o local e deparou-se com o
capanga já esperando por ela.
Capanga: Bom dia! (sarcástico)
Any: Hum...
Capanga: Que mal humor... (aproximando-se dela)
Any: Fique longe!
Capanga:
Você tem sorte que não tenho tempo agora... (virando-se de costas e
afastando-se de Any) Só quero lhe entregar isso. (volanod-se novamente
para ela e entregando outro envelope)
Eram mais fotos de Poncho.
Dessa vez fotos dele chorando, na praia. Isso mostrava que estavam
muito a par da vida de Poncho e sabiam de todos os seus passos.
Capanga: Só um alerta para você! Ah, fique bem sexy essa noite, nós vamos passear...
Any: O que?
Capanga:
Exatamente o que você ouviu. Falarei com o porteiro com o nome de
Marcelo e você desce sem demora. E não reclame ou já sabe o que
acontece.
O capanga saiu dali, deixando Any sozinha e com as fotos.
Ela, outra vez, passou a observá-las, uma por uma. Ajoelhou-se no chão
e deixou cair novas lágrimas.
Por aquelas imagens, era possível
ver a tristeza de Poncho. Para Any, olhar aquelas fotos era como se
olhar no espelho. Ela via ali exatamente o que sentia: era a sua
infelicidade refletida em imagens, só que exibidas pelo triste rosto de
Poncho.