Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA
"Bom, ela não aceita brincadeiras", Poncho concluiu, desapontado. Foi ótimo ter descoberto isso logo, antes que se envolvesse além do que gostaria.
— Preste atenção, Herrera, pois farei isso apenas uma vez.
Poncho a fitou, à espera de uma descompostura. Porém, teve mais uma surpresa...
Annie alisou o traje ainda molhado: saia e colete de couro preto, e blusa de microfibra branca. Então, pondo as mãos na cintura e endireitando os ombros, deu uma volta, bem vagarosa, como se estivesse em um desfile de modas.
Ele ficou embevecido. Aquela mulher não parecia de carne e osso, era bela e deslumbrante demais para ser de verdade. Devia ser alguma deusa da beleza e do amor das mitologias antigas em um breve passeio pela terra dos reles mortais.
"Não me admira que os homens deixem de fitar seus olhos quando a conhecem, menina!" Poncho sentiu seu corpo pulsar de desejo a cada movimento de Annie. Logo, um calor violento, vindo de suas entranhas, parecia querer consumi-lo.
Vendo Annie se aproximar, Poncho teve de se agarrar com força à borda da mesa. Se não fizesse isso, corria o sério risco de abraçar aquela mulher maravilhosa, beijando-a da cabeça aos pés, ali mesmo, no restaurante.
Ciente do poder de sedução que exercia sobre os homens, Annie parou ao lado de Poncho, olhando-o como se ele fosse um de seus vassalos, um cavaleiro medieval pronto a fazer tudo por sua dama. E, naquele instante, era exatamente assim que ele se sentia.
— Que tal? — indagou, meio cínica.
— Espetacular! — conseguiu dizer, com voz rouca, após algumas tentativas.
Annie voltou a sentar-se, deixando aquele ar de diva arrogante e inatingível para trás. Isso tudo era reservado apenas para as fotos e a passarela. Pena que os homens a enxergassem apenas daquela forma.
— Agora estamos empatados, Herrera!
Poncho franziu a sobrancelha. Nem sequer imaginava que estivessem jogando o mesmo jogo, quanto mais que estariam empatados.
— Como assim?
— Por pura sorte, estava trabalhando bem perto de onde faz sua ronda, semana passada. E, como sou aficionada por rapazes de uniforme, não pude deixar de admirá-lo, enquanto andava a cavalo. — Os cantos de sua boca curvaram-se, divertidos. — Vamos apenas dizer que tive minha "cota de cobiça" também.
Um indesejável arrepio subiu pela coluna de Poncho, deixando seu rosto vermelho. Por um momento, não soube o que dizer, nem como agir.
Annie riu, demonstrando que tudo não havia passado de uma brincadeira. Afinal, também tinha muito senso de humor.
— Lamento se o deixei embaraçado. Mas isso é um bom sinal. Você não é nem um pouco presunçoso.
Poncho ainda estava sem fala. Nunca se sentiu-se tão feliz como quando o garçom surgiu com a refeição e viu-se diante de um prato de talharim.
— Ora, não fique tão acabrunhado! Como diria minha mãe, você também é uma bela figura!
— Ela é irlandesa, não? De onde é?
— Tralee, uma pequena cidade do interior.
— Que coincidência! Mamãe também nasceu lá. — Provou mais uma garfada, com apetite. — Talvez elas possam até se conhecer!
— Tenho certeza absoluta de que não.
"Rápido demais, boneca", Poncho pensou, estranhando a atitude de Annie. Seu instinto de policial lhe dizia que ela estava escondendo algo. Mas o que seria?
— Sua mãe mora em Nova York, Annie?
— Sim! — Suspirou, olhando para cima com certo desencanto.
— Por sua reação, devo presumir que também quer conduzir seus passos, não é?
Ela confirmou, com um sorriso.
— Deixe-me adivinhar... Ela gostaria que você arranjasse um bom marido e tivesse muitos filhos.
— Bingo!
— E seu pai?
— Ele não diz nada sobre isso... — Fez uma pausa, antes de acrescentar: — São divorciados.
— Foi idéia dele?
— Acertou outra vez.
"Isso explica a aversão dela a casamentos", Poncho concluiu, resolvendo arriscar-se para descobrir um pouco mais a respeito de Rose.
— Posso lhe fazer uma pergunta mais pessoal?
— Claro, Poncho. Do que se trata?
Poncho fitou aqueles olhos azuis e, de súbito, todo o resto pareceu perder o sentido, transformando-se em mera futilidade. Que lhe importava saber coisas do tipo onde, como e por que naquele momento?
Autor(a): narynha
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Ambos ficaram quietos, apenas olhando-se. Pareciam em transe, transportados para uma dimensão de sonhos e magia. Era como se, lá no fundo de suas almas, já se conhecessem e fossem muito íntimos, completando-se. De súbito, o som estridente de um pager quebrou o encanto, trazendo os dois para a realidade. A contragosto, Poncho tirou o apare ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 216
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al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25
mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.
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isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07
Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.
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ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas
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gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08
Ficou perfeita!!!! -
biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51
ficou linda a web muito boa msm amei
bjs -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss