Fanfics Brasil - Uma dupla perfeita – capitulo 01 Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA

Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA


Capítulo: Uma dupla perfeita – capitulo 01

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Apenas suponha que seu sêmen perca a mobilidade — Ruth Herrera gritou para o filho, da cozinha, onde vigiava uma panela de guisado de carneiro, um prato típico irlandês.


— O quê? — Poncho, em choque, quase deixou cair o porta-retrato que segurava.


Então, desviando a atenção das fotos da família que estavam sobre a lareira, concentrou-se nas palavras de Ruth. Por fim, sorriu, confiante.


Com certeza, o ruído do trânsito intenso do Brooklin, entrando pelas janelas do apartamento, fizera com que entendesse mal sua mãe. Afinal, ela não podia estar falando sobre sêmen. Ou será que podia?


— Querido! Estou falando sobre a velocidade com que os espermatozóides conseguem nadar. — Ruth acabou com quaisquer dúvidas que Poncho ainda pudesse ter.


Com um avental florido em torno da cintura larga e uma concha na mão, Ruth aproximou-se da porta, encarando o filho com seriedade. A não ser pelo tom de vermelho chocante da tintura de cabelos, ela parecia uma inofensiva senhora de meia-idade, tirada de um anúncio de supermercado. No entanto, ao tocar nesse assunto, Ruth não se comportava com o devido recato.


— Sabe que pode perder a oportunidade de ter filhos com o passar do tempo, Poncho?


Ele afrouxou o colarinho. De repente, a sala ficara abafada e pequena demais.


— Olhe, mamãe, não acho...


— Acontece com a idade. Li um artigo sobre isso em uma revista médica, ainda outro dia. Se não tomar cuidado, pode acontecer com você também, sr. Solteirão.


Poncho cerrou o maxilar, procurando manter o autocontrole. Desde a morte do pai, ter netos havia se tornado uma verdadeira obsessão para Ruth. No fundo, compreendia os motivos da mãe: tinha medo de não vir a segurar os netos no colo, como o marido. Por isso, prometera a si mesmo não perder a calma com a intromissão constante dela em sua vida íntima. Contudo, estava ficando cada vez mais difícil suportar a persistência de Ruth.


Falar sobre sêmen era uma nova tática e, com certeza, não queria que ela levasse aquela conversa adiante. Portanto, buscou refúgio na primeira coisa que encontrou por perto.


— O que há com este aqui, mamãe? — indagou, exibindo o porta-retrato.


— Está mudando de assunto.


Ignorando o protesto da mãe, Poncho investiu naquele tópico.


— Por que está aqui na lareira, junto com as fotografias da família? Não há nada nele, além da foto exposta pelo fabricante?


Ruth pareceu incomodada e, como sempre acontecia nessas ocasiões, seu sotaque irlandês ficou mais acentuado.


— Essa foto me fez recordar Marichello Puente, só isso — confessou, com ar de tristeza. — Por isso o comprei.


— Marichello?! Não era aquela sua inimiga implacável?


— De fato. Mas, antes disso, foi minha melhor amiga. Aliás, nunca tive outra como Marichello. Essa moça do retrato é igualzinha a Marichello.


— Então é isso? — Poncho ergueu a fotografia e se entreteve com a imagem da modelo.


Suaves caracóis castanhos contornavam um rosto ao mesmo tempo delicado e voluptuoso, caindo com graça sobre os ombros ate as costas. Lábios de um carmim intenso emoldurava dentes brancos e perfeitos. E aqueles olhos azuis?! O brilho daquele olhar parecia dar vida a uma antiga canção, que exaltava a beleza da mulher da Irlanda, impetuosa e indomável como o fogo. Se aquela moça não fosse irlandesa, passaria com facilidade por uma.


No mesmo instante, Poncho compreendeu o impulso que levara a mãe a comprar o objeto apenas por causa daquela fotografia: a solidão. Esse era mais um exemplo do quanto Ruth se tornara solitária com a viuvez.


Em silêncio, recolocou o retrato onde estava antes, ao lado de sua própria foto, na formatura da Academia de Polícia de Nova York.


Ruth aproximou-se, analisando os dois retratos juntos.


— Fica muito bem ao lado dessa garota, filho.


— Claro que sim. É uma modelo profissional, mamãe. Qualquer um combinaria.


Irritada, Ruth deu-lhe uma pancada suave no braço.


— Quis dizer que formam um belo casal!


Poncho fungou, exasperado.


— Que tal se não falarmos mais sobre esse assunto, mamãe? Pelo amor de Deus! Acabei de completar trinta anos, não pretendo me casar tão cedo! Aliás, papai não se casou antes dos trinta e cinco.


— E veja só o que aconteceu! Fomos abençoados com apenas um filho!


Poncho passou o braço ao redor dos ombros dela, perguntando, com um toque de ironia:


— Acaso não está satisfeita com a única bênção que tiveram?


— Alfonso Herrera Rodriguez, você sabe muito bem que é adorável!


Ruth ralhou, furiosa. Não fazia segredo a ninguém do quanto amava o filho e o considerava especial.


Ele a abraçou mais forte.


— Filho, sempre imaginei ter uma casa repleta de crianças. — Suspirou, tristonha. — Agora sei que seu falecido pai devia ter espermatozóides lentos.


Poncho fez força para não rir. Era óbvio que aquele assunto era a preocupação atual de Ruth Herrera sobre saúde. Na semana anterior, fora o resíduo cancerígeno das panelas de alumínio.


— Ria se quiser, mas é um fato da vida! E o tempo está se esgotando para você, meu rapaz. Lembre-se de uma coisa: um homem sem mulher e filhos é como uma luva sem par. Inútil!


— Mamãe, pare de se preocupar com isso. É muito bom ser solteiro. Tenho uma vida livre, sossegada e confortável. Sou feliz assim!


— Poncho, não criei um filho para brincar com os corações femininos! Já passou da hora de escolher uma boa moça e pedir-lhe para ser sua esposa. — Deu um sorriso, mudando o tom de voz: — Claro que deve haver alguém que você goste, não é?


"Essa é uma mulher obstinada", Poncho pensou, dando mais valor à paciência que o pai tivera para lidar com Ruth, durante todos aqueles anos. Crente de que não iria se livrar da mãe com facilidade, resolveu arrumar uma resposta que lhe desse um pouco de paz.


— De fato, há alguém... — respondeu, misterioso.


— Era capaz de jurar que estava escondendo algo de mim! — Ruth parecia em êxtase. Logo depois, já da porta da cozinha, quis saber: — Quem é ela, filho?


Alfonso sorriu para ela, certo de que sua afirmação não lhe traria nenhum problema.


— Aquela garota no porta-retrato é tudo o que estou procurando.


 


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 216



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  • al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25

    mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.

  • isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07

    Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.

  • ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08


    Ficou perfeita!!!!

  • biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51

    ficou linda a web muito boa msm amei
    bjs

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01

    amanhã viu narynha
    quero muito poste
    tou contando as hrs
    bjssssssssss

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00

    amanhã viu narynha
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