Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA
Depois de passar pelo carvalho, que de fato era gigantesco, já era possível avistar a casa, no alto de uma colina. Então, seguiram por uma rua íngreme, calçada com pedras, até chegarem à propriedade.
— Meu Deus, sinto-me na Irlanda! — Poncho exclamou, maravilhado com o que via. — Como conseguiu isso?
— Foi difícil. Tive de contratar carpinteiros irlandeses e explicar exatamente como queria cada detalhe. — Recordava as dificuldades para transformar aquela residência abandonada no lar de seus sonhos. — Mas valeu a pena, não acha?
— Nem fale! Aliás, este é o lugar perfeito para a criadora de St. Paddy e Flynn.
— Obrigada.
— Sou eu quem deve agradecer por ter me trazido aqui, Annie. — Seus olhos transbordavam ternura. — Já percebi o quanto este lugar significa para você.
— Do jeito como está falando, parece até que esta será a primeira e última vez que vem aqui. Teremos...
Um sorriso triste surgiu no rosto dele.
— O que foi, Poncho?
— Vamos ser francos. Pude perceber o quanto é determinada. Deve ter planejado toda sua vida em detalhes, assim como esta casa.
Annie sabia que ele estava certo, mas por isso mesmo se sentia assustada.
— Sim, e daí?
— Estaria disposta a mudar o rumo das coisas por causa de um homem que surgiu em sua vida de repente?
Annie engoliu em seco, com vontade de chorar. Seu mundo começava a desmoronar diante de seus olhos, e não sabia o que fazer ou para onde ir. Estava perdida no meio do caos. Em um piscar de olhos, tudo o que imaginara ser a vida ideal tinha se transformado em lixo.
St. Paddy resolveu protestar com mais força, o que salvou sua dona de ter de dizer algo a respeito.
— É melhor levarmos este garoto para dentro, Poncho. St. Paddy deve estar faminto.
Sem alternativa, Poncho tirou a cesta e a sacola com os acessórios do filhote e apertou o passo para acompanhar Annie.
— Sua mãe deve adorar esta propriedade.
— E como! — Annie tirou as chaves da bolsa. — Mamãe me ajudou em toda a reforma. Disse que era como fazer uma viagem de volta ao lar.
— Ela retornou à Irlanda alguma vez?
— Não. Quando era casada, papai nunca arranjava tempo para essa viagem e, agora que está divorciada, não quer voltar e ter de explicar o fracasso de seu casamento. — Abriu a porta, virando-se para fitá-lo. — Parece tolice, não é?
— Não para mim. Fui criado com esse tipo de pensamento conservador, não se esqueça.
Annie fez sinal para que ele entrasse.
— Bem-vindo!
Poncho colocou a cesta no soalho de pinho, passando a examinar a sala.
Havia uma combinação insólita de simplicidade e delicadeza em cada canto, demonstrando o cuidado de Annie com tudo. Cortinas de renda nas janelas, uma parede revestida com pratos decorativos, uma cadeira de balanço e um sofá com estampas florais. Entretanto, ao contrário daqueles ambientes de revista, belos e frios, existia uma deliciosa atmosfera de lar ali.
— E então? Gostou?
— Não entendo nada de decoração, Annie, mas, se tentasse imaginar uma sala perfeita, seria esta.
Annie mal coube em si de tanta satisfação. Não entendia o porquê, mas era muito importante que Poncho gostasse de sua casa.
— Às vezes, quando estou em Manhattan, no meio de toda aquela agitação, surpreendo-me de olhos fechados, imaginando que estou aqui.
— Agora entendo por que pretende se mudar para cá.
Naquele instante, St. Paddy começou a gemer e se debater com mais intensidade. Annie estava se abaixando para colocá-lo no chão, quando Poncho indagou:
— Já teve algum filhote antes?
— Não. Nunca me deixaram ter um.
— Então, ouça a voz da experiência, pois tive dois. Pelo que me lembro, é bom prendê-lo na cozinha até que fique bem treinado a usar o jornal. Caso contrário...
— Já entendi. Mas não podemos deixá-lo preso lá sozinho. Isso seria cruel.
— É possível improvisar uma barreira na porta, para impedi-lo de vir à sala — sugeriu, com a segurança de quem dominava o assunto. — Também seria ótimo pôr uma bolsa térmica no cesto, para que ele não se sinta abandonado.
Os olhos de Annie ficaram ainda mais azuis de entusiasmo.
— Que bom que está aqui para me ajudar com St. Paddy! Confesso que não sei por onde começar.
— Também estou feliz por ter vindo, Annie. — Sua voz era lasciva e sedutora, denunciando que existiam outros motivos para aquele contentamento, além do aconchego da casa. Mudou de assunto, de súbito: — Há algum pedaço de madeira por aqui?
— Acho que sim, sobraram algumas tábuas da reforma lá no porão. Se quiser, pode procurá-la, enquanto busco a bolsa de água quente.
Embora tivessem de seguir em direções opostas, acabaram se cruzando no meio da sala, e o beijo foi inevitável.
Autor(a): narynha
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Nos braços de Poncho, Annie sentiu-se protegida e amada como jamais estivera antes. Junto dele, nada mais lhe importava, a não ser compartilhar suas alegrias, tristezas e esperanças com aquele homem tão especial. Um arrepio de desejo percorreu-lhe o corpo, enfraquecendo-lhe as pernas e deixando sua cabeça zonza. Se Poncho não a esti ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 216
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al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25
mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.
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isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07
Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.
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ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas
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gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08
Ficou perfeita!!!! -
biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51
ficou linda a web muito boa msm amei
bjs -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00
amanhã viu narynha
quero muito poste
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bjssssssssss