Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA

Alfonso insistiu em fritar uma nova porção de bacon para acompanhar aos ovos mexidos. Annie sentou-se à mesa da cozinha e ficou a observá-lo, acariciando a cabeça de St. Paddy.

— Não me lembro da última vez em que me senti tão contente. — O rosto dela estava iluminado pela felicidade.

— Se disser o mesmo, vai achar que não tenho originalidade? — Poncho apresentou-lhe um prato com ovos mexidos, bacon e torradas.

— Você é um mago na cozinha!

Poncho apoiou as mãos sobre o tampo e aproximou-se de Annie até roçar os lábios por sua pele sedosa. Em seguida, sentou-se na frente dela, com um prato idêntico.

— A situação fugiu a nosso controle. O que vamos fazer agora, Annie?

A pergunta era inevitável, contudo pegou Annie desprevenida. Ela engasgou com um pedaço de torrada e começou a tossir. Precisou tomar alguns goles de suco de laranja para se recuperar. Porém, ainda não fazia idéia do que responder.

— Também não esperava que nosso envolvimento ficasse tão profundo, não é mesmo? — Poncho voltou a falar, diante do silêncio constrangedor dela.

— Está certíssimo — admitiu, recordando sua intenção de pedir a Poncho para ser apenas o pai de seu bebê.

Que idéia absurda! Nesse instante, pensou em confessar-lhe seus planos idiotas, mas calou-se. Aquilo tudo era ridículo demais para permitir que viesse à tona.

Poncho inclinou-se, dando um beijo suave no rosto dela.

— Não fique tão preocupada assim, Annie. Arranjaremos um modo para conciliar nossas diferenças. — Sua expressão exalava confiança por todos os poros. — Falaremos sobre isso mais tarde. Agora, coma antes que os ovos esfriem.

"Sim, hoje", ela pensou, com otimismo. É lógico que encontrariam uma solução. Eram criativos, inteligentes e se amavam. Juntos planejariam o futuro, considerando todas as opções, e também reservariam alguns momentos para fazer amor. Sorrindo, Annie voltou a devorar seu desjejum.

— Não acha excêntrico demais tomar o café da manhã às onze horas?

Poncho deu uma garfada e parou a meio caminho da boca.

— A culpa foi sua, menina! Fui acordá-la antes das dez.

Seus olhares se cruzaram, e eles reviveram em segundos toda a paixão a ternura daquele momento de amor.

De repente, Annie ouviu a sirene da polícia, o que era muito estranho em um local tão sossegado como aquele.

— O que será isso, Poncho?

— Decerto Ucker está perseguindo outro colega, dez quilômetros acima do limite de velocidade.

— Estranho. Parece que estão na estrada do chalé...

Annie nem teve tempo de concluir a frase e uma buzina frenética foi acrescentada à sirene, ecoando pela cozinha de maneira ensurdecedora.

Annie e Poncho fitaram-se. Então, correram até a janela da cozinha, bem a tempo de ver um Pontiac verde se aproximando, seguido pela radiopatrulha, luzes piscando e sirene ligada.

— Meu Deus!

— Sabe quem é, Poncho?

— Receio que sim... — Encolheu-se quando o Pontiac bateu na traseira de seu automóvel, parando diante da casa. — É minha mãe.