Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA

Quinze minutos depois, Poncho partiu com Ruth no velho Pontiac. Annie concordou em voltar com Marichello no automóvel dele, mas teve de retardar sua volta a Nova York até que conseguisse parar de chorar, o que levou muito tempo.

Marichello também chorou bastante ao ver o desespero da filha.

As duas ficaram sentadas ao redor da mesa da cozinha, com St. Paddy entre elas. O filhote, aliás, também gania e esfregava o focinho da perna de Annie, como se quisesse demonstrar solidariedade.

— Tenho de parar com isso — Annie murmurou, enxugando o rosto. — Estou preocupando St. Paddy.

— St. Paddy? E quanto a sua pobre mãe? Estou destroçada!

Annie a observou.

— Sim, está mesmo.

— Muito obrigada por concordar comigo sobre isso! Então você o ama mesmo?

Annie assentiu, e outro soluço escapou-lhe.

— E se Ruth e eu não tivéssemos chegado, arruinando tudo, vocês estariam marcando a data?

— Acho que sim. Ah, mamãe! Nunca pensei que fosse encontrar um homem que me fizesse mudar de idéia sobre o casamento, mas Poncho conseguiu. E agora...

— Foi tudo culpa minha! — Marichello sentia-se miserável.— Se tivesse mantido meu nariz longe disso, tudo estaria bem. Exceto, é claro, por ter de me tornar parente de Ruth.

— Não se culpe. Eu mesma deveria ter contado a Poncho, entretanto, achei aquela idéia tão idiota que preferi calar-me. Jamais imaginei que fosse acontecer isso.

Marichello aproximou-se, abraçando a filha. Dava pena ver Annie sofrer tanto. Parecia que ia se acabar em lágrimas.

— Sempre soube que iria encontrar a pessoa certa algum dia, minha querida. Só porque meu casamento não deu certo, não significa que vá acontecer o mesmo com você. — Afagou-lhe os cabelos castanhos. — Era muito jovem quando me casei com Enrique, tola demais para perceber que não tínhamos nada que combinasse, a não ser minha beleza e o dinheiro dele.

Annie suspirou, aninhando-se no colo da mãe.

— Bem, de fato, encontrei minha alma gêmea e acabei de perdê-la!

— Ele também ama você?

— Parece que sim...

— Então, deve procurá-lo quando voltarmos para Nova York. Convença-o de que não estava mais pensando naquele plano, e pronto.

Annie balançou a cabeça. Já não acalentava mais nenhuma esperança de tornar a vê-lo.

— Não, mãe. No começo, fui eu que corri atrás dele e, se continuar agindo assim, Poncho pensará que estou querendo a mesma coisa porque a primeira dose não funcionou. Não posso procurá-lo.

— Herdou a teimosia dos irlandeses.

Annie sorriu para ela.

— Sei que sou apenas meio irlandesa, mas parece que é a parte que pesa mais.

— Claro que é, garota.

Abraçaram-se, e Marichello fez outra sugestão:

— Eu poderia ligar para Poncho e...

— Nem pense nisso! — Annie teve um sobressalto, e secou as lágrimas. — Já chega de confusão. Prometa ficar fora disso, mamãe!

— Mas...

— Prometa!

— Está bem. Prometo.