Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA
"No museu da estátua da Liberdade, próximo ao pé esquerdo. Terça-feira ao meio-dia. Esteja lá. M. P. P."
Ruth releu o bilhete mais uma vez após subir a bordo do barco, na manhã de terça. Prometera que não se envolveria mais na vida íntima do filho. Mas não havia lhe prometido nada sobre visitar a estátua da Liberdade.
E se acontecesse de encontrar Marichello ali e, por acaso, ela mencionar o assunto? Deveria ficar calada e não lhe responder de modo algum? Claro que não, seria muito rude de sua parte.
De qualquer forma, adorava aquele passeio. Quando Alfonso pai era vivo, não se cansavam de pegar o barco para visitar a ilha da estátua. Existia algo mágico e encantador em uma mulher tão grande e magnífica na entrada de um dos maiores portos do mundo. Aliás, sempre achara que as feministas estavam perdendo uma excelente oportunidade ao não utilizar aquele monumento como símbolo do poder das mulheres. E poder feminino era tudo o que estava faltando naquela confusão entre Poncho e Annie.
Enquanto a embarcação se aproximava daquela gigantesca imagem de cobre, com sua tocha elevando-se para o firmamento, Ruth afastou-se um pouco da multidão, deixando que o vento soprasse em seu rosto.
Seu coração encheu-se de orgulho e determinação, e um outro sentimento que a deixou bastante surpresa consigo mesma. Sentiu os laços da amizade estreitarem-se dentro do peito.
Quando aportou, apressou-se em ir para o museu. Conhecia bem o local exato a que Marichello se referia no bilhete. Dentro do prédio, havia um grande pé esquerdo, uma reprodução do mesmo tamanho que o da estátua. Porém, era de cobre polido em vez do verde já desbotado pelo tempo, lá de fora. Encontrou a amiga bem ao lado do dedão.
— Então você veio, Ruth Maureen.
— Claro que sim. Algo deve ser feito.
— É isso mesmo. Por nossos filhos e talvez nosso futuro neto.
Ruth levou a mão ao peito.
— Acha mesmo que Anahí está grávida, então?
Marichello colocou a mão sobre a boca de Ruth.
— Jesus, Maria e José! O que faço com você Ruth, gritando assuntos particulares desse jeito?!
Ruth se soltou de Marichello.
— Não fiz isso.
— Fez!
Continuaram teimando até que Ruth notou um leve tremor na voz de Marichello. Ao encará-la, viu que fazia força para não rir. Aquilo foi o bastante para a própria Ruth cair na gargalhada.
Ao vê-la rindo, Marichello também se descontrolou, e logo ambas estavam ofegantes, com lágrimas de alegria escorrendo pelos rostos.
— Ninguém jamais conseguiu me fazer rir tanto quanto você, Ruth. Acho mesmo que não dou uma boa risada desde que deixei a Irlanda.
— Vivemos bons momentos lá.
— Talvez pudéssemos esquecer toda essa história sobre a coroa de Tralee. O que acha?
Ruth assentiu com a cabeça.
— Grande idéia!
As duas se abraçaram, como há quase quarenta anos não faziam.
— Temos outro abacaxi para descascar... — Marichello procurou se recompor. — Precisamos unir Annie e Poncho.
— Isso não será fácil. Poncho é um irlandês muito teimoso.
— Annie também. Mas andei planejando algo...
— Verdade? — Os olhos castanhos esverdeados de Ruth piscaram, ávidos de curiosidade.
— Ela irá desfilar em um conversível, no dia de São Patrício. Uma cervejaria a contratou por sua aparência irlandesa.
— Poncho também estará patrulhando uma parte do desfile. Só não sei em que ponto ficará.
— Seria melhor se ele patrulhasse apenas um trecho, Se me disser quem é seu comandante, pedirei que Enrique dê alguns telefonemas e arranje tudo.
— Enrique? Seu marido?
— Ex-marido — Marichello corrigiu-a, depressa. — Ele conhece muitas pessoas importantes da cidade, e estou certa de que posso convencê-lo a nos ajudar a aproximar aqueles dois cabeças-duras.
— Sabe que Annie e Poncho poderiam nos matar por interferir de novo, não sabe?
— Está pronta para correr o risco, Ruth?
— Se você estiver, eu também estou.
— Então, precisamos selar isso com nosso aperto de mãos secreto.
Ruth estendeu a mão, com a palma para cima, a memória tão fresca como se tivesse feito aquele gesto na véspera, em vez de trinta e sete anos atrás. Marichello pousou sua palma sobre a de Ruth, e ambas entrelaçaram os dedos.
— Um por todos... — Marichello disse.
— ...e todos por um! — Ruth completou, repetindo o lema dos Três Mosqueteiros.
Em seguida, Ruth segurou a mão de Marichello com firmeza. Ao sentir um outro aperto em resposta, teve uma reação emotiva: lágrimas encheram-lhe os olhos.
Recadinho: A Web tá quase chegando ao final e muitooo obrigada pelos comentários.
beijoooo
Autor(a): narynha
Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Oi pessoal, passando pra deixar um recadinho... Bom eu to em final de período na faculdade, e por isso as provas finais estão chegando...Por conta disso eu vou ter que dar um tempo das webs, afinal tenho que estudar muitooooooMas não fiquem tristes pq a partir do dia 23/06 (quarta-feira) eu to de volta e vou postar muitooo, não deixem de me cobra ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 216
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al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25
mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.
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isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07
Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.
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ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas
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gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08
Ficou perfeita!!!! -
biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51
ficou linda a web muito boa msm amei
bjs -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss