Fanfics Brasil - Uma dupla perfeita – capitulo 51 Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA

Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA


Capítulo: Uma dupla perfeita – capitulo 51

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No dia de São Patrício, Annie vestia um tailleur verde-musgo, com uma gola de peles sintética, que ajudava a mantê-la aquecida sobre o automóvel conversível, onde desfilava. Estava exposta ao vento frio e cortante que açoitava a Quinta Avenida naquela época do ano.


Fizera de tudo para se preparar para o desfile. Debaixo do blazer, usava uma blusa de lã bem grossa, mas não havia nada que pudesse fazer com relação a suas pernas. A minissaia mal atingia a metade de suas coxas, e era isso que o representante da O`Hannigan`s desejava.


O minúsculo chapéu de feltro verde que devia usar preso aos cachos castanhos também não esquentava nada. Para piorar, Annie pensara que fosse desembarcar na entrada da cervejaria, aproximadamente na metade do desfile. Contudo, durante a concentração, descobrira que teria de ir até o final do trajeto.


Contudo, a Cervejaria O`Hannigan`s pagava um valor exorbitante por sua aparição naquele evento. Portanto, em troca, esperavam que ela suportasse um pouco de desconforto.


Anos de treinamento como modelo eram tudo o que a fazia manter a pose naquela manhã, enquanto sorria e acenava para a multidão que assistia ao desfile. Invejava os casacos pesados e os cachecóis que os espectadores vestiam. Dezessete de março estava sendo um dia gelado na cidade de Nova York.


Apesar de tudo, Annie sentia-se mais gelada por dentro, em seu coração. Esperara, rezara e até mesmo sonhara que Poncho lhe telefonaria. Mas nada disso acontecera... Nem sequer o vira desde aquela triste despedida no chalé.


Naquele dia, como se o destino brincasse com ela sem piedade, via-se cercada por oficiais da polícia montada. A maior parte deles ficara na área de concentração, mas Poncho não estava entre eles. Também havia muitos policiais ao longo do trajeto e, outra vez, nem sinal dele.


Talvez fosse melhor assim. Afinal de contas, tinha certeza de que ele iria ignorá-la se a visse. E como continuaria a sorrir até o desfile acabar, quando isso acontecesse?


Quase no final do trajeto, perto da catedral, Annie olhou à direita e sentiu uma pontada no estômago.


"Oh, Deus! É ele!"


Reconheceu aqueles ombros e quadris sobre um enorme cavalo preto. Seu coração começou a bater em descompasso. Nesse exato minuto, ouviu um grito familiar à esquerda:


— Devia saber que você estaria aqui emporcalhando o cenário, Ruth Maureen Herrera!


Annie olhou na direção da voz e viu Marichello nos degraus da igreja, tentando tirar de seu caminho a mãe de Poncho. Fechou os olhos, rezando para que o cansaço daquela manhã estivessem lhe causando alucinações.


— Não me empurre, Marichello Bridget Portilla Você está no meu lugar!


Risadas eclodiram pela multidão, e Annie gemeu, virando-se na direção de Poncho para verificar qual era sua reação.


Nada. Ele parecia uma estátua esculpida em pedra, com os óculos escuros ocultando-lhe os olhos e um capacete azul sobre os cabelos negros. Observava o desfile e ignorava as duas senhoras.


Annie inclinou-se para a frente, como se aquilo pudesse fazer com que o automóvel se movimentasse mais rápido. Mas parecia que o destino queria castigá-la por suas idéias insensatas, e o desfile ficou estacionado.


— Veio para cá dirigindo, Ruth? — Marichello perguntou, alto o suficiente para que meio quarteirão ouvisse. — Acho que não... Não vi nenhum automóvel estacionado nos degraus da catedral.


— Pare de me aborrecer ou vai levar um tapa!


— Oh, meu Deu! — O rosto de Annie queimava ao imaginar o inferno pessoal que Poncho estaria vivendo naquele momento.


O motorista do conversível riu.


— Grande espetáculo, hein? Nada como uma boa dupla de senhoras irlandesas. Se tivermos sorte, talvez troquem alguns socos.


Annie sobressaltou-se ao pensar em violência física outra vez. Decerto não começariam uma luta corporal no desfile de St. Patrick. Mas ela começaram!


— Tome isso, sua velha decadente! — Marichello berrou, indo para cima de Ruth.


— Não me acertou, sua ave agourenta cega!


— Desta vez eu acerto!


Enquanto trocavam socos e tapas, a multidão fez um círculo em volta delas.


Annie não podia mais suportar aquilo.


— Encoste adiante e deixe-me sair — disse ao motorista. — Tenho de fazer algo sobre isso.


— Isso não é de sua conta, garota. Deixe isso por conta da polícia.


— Não vou discutir com você. Deixe-me sair ou passarei por cima de sua cabeça!


Resmungando algo sobre a loucura dos irlandeses, o motorista abriu a porta, saiu do automóvel e ajudou Annie a descer na calçada.


— Obrigada. Ficarei bem.


As pessoas agora bloqueavam sua visão das mães em batalha. Todavia, só tinha de seguir o som dos insultos e gritos e da alegre torcida formada pelos espectadores para encontrá-las. Abrindo caminho, tentou segurar Marichello.


— Pare já com isso!


Marichello nem ao menos olhou para ela.


— Ainda não, garota. Tenho uma briga para terminar.


— Mamãe, pare! — Annie a enlaçou pela cintura, puxando Marichello com firmeza.


Não adiantou nada, a não ser pelo rasgo que abriu na lateral de sua saia.


"Agora, sim, a Cervejaria O`Hannigan`s está pagando por um verdadeiro espetáculo!", pensou, enquanto puxava a mãe com mais força. Então, com o canto dos olhos, viu um cavalo preto vindo através da multidão.


Poncho desmontou e separou as duas com a mesma habilidade que tivera no hall do edifício. Mas, dessa vez, por alguma razão inexplicável, as duas mantiveram-se separadas. Ele encarou Ruth e abriu a boca para dizer-lhe algo, porém, desistiu da idéia.


O chapéu verde de Ruth estava todo retorcido. Ela perdera dois botões do casaco e estava com a respiração ofegante e o rosto vermelho. Contudo, sorria, feliz da vida.


— Não fique aí parado como um homem que perdeu a língua, Poncho! Está mais do que na hora de falar com a mulher que ama!


Com uma exclamação de susto, Annie deu um passo para trás e olhou para Marichello, que parecia tão desgrenhada quanto Ruth e também tinha um sorriso malicioso estampado na face.


— Vocês duas tramaram isso?


O burburinho cresceu diante dessa revelação.


— Tínhamos de fazer algo, filha. Considerando que vocês dois são teimosos demais para procurar pelo outro...


Annie buscou os olhos de Poncho, ao mesmo tempo que ele se voltava para ela.


— Digo que devemos matá-las! — ela concluiu, com uma raiva crescente. — Nenhum júri poderá nos condenar.


— Morte será pouco para elas. Vamos torturá-las primeiro!


— Vocês já nos torturaram em grande estilo! — Ruth interveio. — Agora, parem já com esse estardalhaço e se casem de uma vez. Assim, poderão nos dar o neto que estamos esperando.


— Eu não teria dito coisa melhor, Ruth! — Marichello aproximou-se da amiga, dando-lhe um abraço. — Espero que não tenha se machucado de verdade. Tentei ser cuidadosa.


— Oh, claro que você foi! — Ruth disse, sorrindo.


Ao ver aquela cena, os joelhos de Annie fraquejaram, e ela sentiu tudo rodar. Devia ter enlouquecido de frio.


— Isso não está acontecendo, certo?


— Devem ser alienígenas disfarçadas — Poncho respondeu, tão surpreso quanto Annie.


— Ei, companheiro! — alguém gritou. — Parece que essas senhoras enfrentaram muitos problemas para unir vocês dois. Vai pedir a mão da moça ou não?


O coração de Annie ficou acelerado.


— Ouça, Poncho, eu...


— Não vai deixar que ele escape do anzol, Anahí Giovanna! — Marichello advertiu, séria. — Você me disse que o amava, e Ruth está convencida de que o moço está apaixonado por você. Tudo o que tem a fazer é ouvir o que Poncho tem a lhe dizer.


— Diga logo! — gritou um espectador.


— Sim, diga isso a ela — mais alguém exigiu.


Logo a multidão ordenou em uníssono:


— Diga, diga, diga!


Agoniada e mortificada de vergonha, Annie cobriu o rosto.


O coro terminou ao som do apito da polícia.


Annie ergueu a cabeça, enquanto Poncho tirava o apito da boca, com a expressão séria. Devia estar furioso. Aquele era, sem dúvida, o fim daquele relacionamento, graças a mais uma proeza de suas mães.


Então, um sorriso surgiu no rosto dele.


— Como esperam que um homem faça uma proposta dessas com todo esse barulho? — Poncho se dirigiu à multidão.


Annie sentiu que o coração ia parar. Os circundantes aplaudiram.


Quando os aplausos cessaram, Poncho dirigiu-se a ela e ficou de joelhos.


— Anahí Giovanna Puente Portilla, aceita se casar comigo?


— Oh, Ruth! — Marichello soluçou de emoção. — Ele está fazendo o pedido nos degraus da Catedral de St. Patrick. É perfeito!


Annie ouviu um zunido e sentiu vertigem. Estendeu a mão para manter o equilíbrio, e Poncho a segurou, com firmeza.


— Eu te amo, Annie! Tenho sido um orgulhoso idiota por não procurá-la. Por favor, case-se comigo!


Annie continuou segurando a mão dele com força, com medo de cair sem aquele apoio.


— Tire esses óculos escuros — pediu, bem baixo para que ninguém mais pudesse ouvir. Queria olhar dentro dos olhos dele.


Poncho obedeceu. A profunda confiança vista ali desvaneceu qualquer dúvida que Annie ainda pudesse ter.


— Sinto-me honrada em me casar com você, Afonso Herrera Rodriguez!


— Oh, Marichello! Acho que vou chorar! — Ruth murmurou.


— Beije a noiva!


— Boa idéia! — Poncho puxou-a.


— Poncho! — Annie, sorrindo, apoiou-se em seu peito. — Imagino que tais atitudes não sejam permitidas em seu horário de trabalho.


O amor que brilhava nos olhos dele transformou aquele dia gélido em um paraíso tropical.


— Mas é dia de São Patrício, e eu tenho sangue irlandês. Diga que me ama, Annie.


— Eu te amo, seu maluco!


— Isso é tudo o que preciso saber.


Enquanto os espectadores aplaudiam de novo, Poncho deu-lhe o beijo que havia muito tempo Annie desejava receber.


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 216



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  • al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25

    mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.

  • isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07

    Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.

  • ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08


    Ficou perfeita!!!!

  • biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51

    ficou linda a web muito boa msm amei
    bjs

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01

    amanhã viu narynha
    quero muito poste
    tou contando as hrs
    bjssssssssss

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00

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