Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA
Ao tirar cara ou coroa, Ruth ganhou o privilégio de passar os slides da viagem à Irlanda em seu apartamento, o que significava que teria de acolher as opiniões de Marichello sobre como deveria organizar o ambiente.
— Acho que deve pendurar o calendário de Tralee nesta parede, próximo ao telefone, Ruth Maureen. Assim poderá olhar para ele toda vez que for dar algum telefonema. Veja só isso! Ainda não emoldurou a cópia da história em quadrinhos do New York Times! Parece que não se importa que sua nora tenha conseguido publicar sua tira em um jornal tão importante.
Ruth verificou o ensopado de carneiro antes de responder:
— Sabe muito bem por que ainda não a coloquei na moldura. Com o casamento, nossa viagem à Irlanda e os preparativos para o bebê, tenho estado tão ocupada que mal arranjo tempo para me benzer!
— É falta de planejamento, Ruth. Se aproveitasse melhor o tempo, você... Oh, a campainha! Eles estão aqui!
— O projetor está pronto?
— Claro, embora tenhamos apenas alguns preciosos slides para mostrar.
— Não fui eu que derrubei um rolo de filme em uma poça d`água.
— Não, você só agitou os braços para cantar aquela canção sobre uma moça chamada Anahí e bateu em mim, fazendo com que eu o derrubasse.
— Não foi, não.
— Foi, sim.
— Não foi!
A campainha tocou de novo.
Impaciente, Ruth apoiou as mãos nos quadris.
— Viu?! Você fez com que eu deixasse as crianças esperando lá fora, enquanto fica me amolando.
— É a sua porta! Deixe-os entrar, pelo amor de Deus!
— Só sabe dar ordens!
Logo depois, Ruth pôde observar a nora, no final da gravidez, entrando com Poncho. Ambos pareciam ter engolido lamparinas, tão grande era o brilho de felicidade que os envolvia.
Enquanto o ensopado cozinhava, Marichello mostrou-lhes os slides da viagem. Ela e Ruth não se cansavam de observá-los, e já haviam feito reservas para voltarem à Irlanda no próximo ano.
O jantar foi um sucesso. Embora Marichello reclamasse que a comida feita pela amiga era muito gordurosa, deixou o prato limpo. Aliás, Ruth ficou feliz ao perceber que Marichello engordara um pouco nos últimos tempos. Devia ser a felicidade no ar.
Após a sobremesa, o assunto voltou, como sempre, para o neto tão esperado.
— Já escolheram o nome? — Ruth quis saber, ansiosa. Annie consultou Poncho com o olhar.
— Pode contar a elas. — Poncho serviu-se de mais um pedaço de bolo de chocolate. — Mas prepare-se para as reclamações.
Marichello empinou o nariz.
— Está insinuando que vamos discordar da escolha?
— Ora, o bebê é de vocês! Podem chamá-lo como bem entenderem.
— Além disso, tenho certeza de que escolheram nomes lindos! — Marichello sorria, cândida. — Quais são?
Annie respirou fundo.
— Se for garoto, decidimos por Alfonso Enrique.
— Ótimo! — Ruth enxugou uma lágrima furtiva.
— Não vou implicar com a escolha, filha. Enrique é seu pai, mas não merece que seu nome venha em primeiro lugar.
— E se for menina... Bridget Maureen.
— O nome dela primeiro?! — Ruth gritou antes que pudesse conter as palavras que saíam de sua boca. — Perdi no cara ou coroa, então?
Poncho resolveu interferir na conversa, antes que virasse uma discussão:
— Achamos que assim seria o mais justo, mamãe. Se o garoto tivesse o nome de papai, então a garota deveria ter o nome da mãe de Annie.
— Não vejo nenhuma lógica nisso!
— Nem eu. — Marichello tinha o peito estufado de orgulho. — Mas acho esse raciocínio fantástico!
— Tentamos fazer uma combinação com os dois nomes...— Annie revelou.
Poncho acariciou as mãos da esposa, rindo.
— ...só que Maurit e Bridgeen não dariam certo.
— Claro que não! Nossos filhos fizeram um bom trabalho, não foi, Ruth Maureen?
— Para você é fácil dizer. Seu nome está em primeiro lugar. — Sorriu, de repente, como se tivesse tido uma ótima idéia. — Não seria mais justo se tirássemos a sorte?
— Jogar uma moeda para escolher o nome de uma criança, Ruth? Depois vai querer jogar dados para decidir quem vai cuidar dele na primeira noite em que Annie e Poncho resolverem sair!
— Isso está fora de questão, Marichello. Já comprei um berço.
— Bem, e eu, um carrinho de bebê.
— E eu...
— Sabem de uma coisa? — Poncho interrompeu-as. — Temos de ir andando. Esquecemos de alimentar St. Paddy antes de sairmos.
— Aquele cão ainda está dormindo na cama, com vocês? — Marichello perguntou.
— Compramos duas camas novas, uma para o chalé e uma para o apartamento.
— Ah, bom, filha! — Marichello ficou mais sossegada. — Mas não estão deixando que ele durma nelas, não é?
— Não. St. Paddy dorme nas antigas.
Marichello virou-se para Ruth.
— Já ouviu algo mais estranho que isso? Desistir da própria cama por um cachorro?!
— Nunca. Ainda não acredito que trouxeram o cão para o apartamento. Os vizinhos devem estar horrorizados de medo, isso sim. Eu...
— Se não voltarmos logo para casa, St. Paddy será capaz de comer alguém — Annie concluiu, com ironia.
Marichello sobressaltou-se.
— Ele faria isso?
— Nunca se sabe... — Poncho ajudou Annie a vestir o casaco. Após rápidos beijos e abraços de despedida, o casal saiu.
— Sinto-me mal em caluniar St. Paddy. Pobrezinho, ele jamais machucaria a uma mosca!
— Eu também, Annie, mas isso faz com que elas pensem duas vezes antes de aparecerem para uma visita inesperada, não é?
— Bem lembrado! Acho que aceitaram bem a questão dos nomes.
— Se quer dizer que não atiraram pratos pelo ar, está coberta de razão. Quanto a mim, espero que seja um garoto, assim não teremos problemas com isso.
— Poncho, sabe que o ultra-som mostrou uma menina.
— Talvez nosso bebê tenha deixado de mostrar algo.
— Pois quero uma garota! E pretendo dar-lhe o nome de nossas mães, já que elas foram as "culpadas" disso tudo!
Poncho acariciou sua barriga redonda.
— Não totalmente. Tivemos uma pequena participação também.
Annie aproximou-se dele para que o motorista não pudesse ouvir.
— Minha intuição me diz que engravidei naquela banheira, sabia?
— Na verdade, não. Sei apenas que já me pertencia naquele momento, querida.
— E você a mim!
Sem se importarem com o motorista do táxi onde se encontravam, trocaram um longo beijo, uma prática rotineira em suas vidas regidas pelo amor.
* * Fim * *
Autor(a): narynha
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Agradecimentos Pois é, mais uma web termina e eu queria agradecer de todo coração a quem leu e gostou muito da história assim como eu. Obrigada também pelos comentários, isso foi muito importante para dar continuidade a web. Espero que tenham curtido e até a próxima. Ah e não deixem de ler: &n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 216
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al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25
mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.
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isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07
Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.
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ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas
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gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16
Ficou perfeita!!!! -
gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08
Ficou perfeita!!!! -
biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51
ficou linda a web muito boa msm amei
bjs -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss -
rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00
amanhã viu narynha
quero muito poste
tou contando as hrs
bjssssssssss