Fanfics Brasil - Uma dupla perfeita – capitulo 06 Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA

Fanfic: Uma Dupla Perfeita (Adaptada AyA) - TERMINADA


Capítulo: Uma dupla perfeita – capitulo 06

604 visualizações Denunciar


A beira das lágrimas, encarou Annie.


— Acho que sei o que se passa com meu filho... — Ruth murmurou. — Aquela cicatriz faz com que se afaste das garotas.


Mentalmente, Annie analisou de alto abaixo a imagem de Poncho, que agora trazia gravada na memória.


— Cicatriz? Não notei nenhuma — confessou, após alguns instantes.


— É porque fica em um ponto... — Calou-se, de súbito, corando. — Fica em um local muito, muito delicado. Compreende?


Annie pôde ouvir ruídos abafados, vindos do outro lado do canteiro, onde Marichello lutava para conter-se. Ruth prosseguiu sua história:


— Foi um ferimento a bala. Bem na nádega.


— Ferimento a bala? — Annie tentava imaginar qual seria a profissão daquele homem belíssimo.


— Isso mesmo. Mas não se assuste, querida. Isso pode ocorrer, já que Poncho é um oficial da polícia de Nova York. Aliás, muitos de seus colegas de trabalho já levaram tiros e se recuperaram.


Annie admirou-se. Jamais poderia imaginar que um policial pudesse ser tão bonito e atraente. Poncho até parecia saído da tela do cinema. Então, recordou os filmes de Mel Gibson, considerando uma excelente comparação.


Alheia aos devaneios de Annie, Ruth continuou a falar:


— Meu marido sofreu três ferimentos desses. Por sorte, foi antes de nos casarmos. — Levou a mão ao peito, em sinal de alívio. — Os santos sejam louvados! Logo após nosso casamento, Alfonso o pai tornou-se detetive particular. Então, seu trabalho deixou de ser tão perigoso.


Mais uma vez, Annie ficou confusa.


— Mas disse que ele morreu cumprindo o dever.


— Sim, foi isso mesmo. Alfonso desmaiou enquanto estava em sua mesa, fazendo um relatório. Caiu com o rosto dentro de uma caixa de rosquinhas. — Soltou um longo suspiro, demonstrando que aquela perda ainda a entristecia. — Pobre Alfonso! Ao ser encontrado, já estava morto.


O retorno do garçom salvou Annie de um ataque de riso. Apesar de sentir pena da viúva, não havia como disfarçar um sorriso, a cena era engraçadíssima. Entretanto, sua mãe não se conteve, soltando gargalhadas nem um pouco discretas.


Ao ouvir aquele som, Ruth olhou para os lados, apreensiva. Mas, como não percebeu nada suspeito, concentrou-se no menu.


Aliviada, Annie enxugou a testa com um delicado lenço de linho, que trazia na bolsa.


Ruth fez questão de pedir um chá completo, com direito a bolo, geléias, tortas doce e salgada. Annie, no entanto, pediu apenas um simples chá com torradas.


— Experimente um pedaço deste bolo, querida — Ruth insistiu, quando o garçom trouxe os pedidos. — Está tão magrinha que seria bom se ganhasse um pouco mais de carne sobre os ossos.


— Não, obrigada. Não costumo comer muito. Além disso, minha profissão exige um rígido controle de peso.


Notando que devia ter sido indelicada, Ruth procurou se justificar:


— Oh! Não quis dizer que não esteja adorável deste jeito. Você é linda! Aliás, minha melhor amiga, aquela com quem se parece bastante, também era muito magra. — Devorou um pedaço inteiro de torta de queijo, antes de acrescentar: — Marichello desejava seguir a carreira de modelo. É claro, isso foi antes de seu trágico fim...


A julgar pelo estrondo do outro lado da folhagem, Marichello devia ter derrubado o bule de chá e mais alguma coisa no chão.


— Meu Deus! Aquela senhora ali atrás parece estar com algum problema. Às vezes ri, feito doida, depois derruba a louça... Que estranho! — Ruth tentava vislumbrar a pessoa misteriosa através da barricada de folhas.


— Não olhe. — Annie, a custo, sufocava o riso. Aquilo até parecia uma comédia italiana. — Pude vê-la quando cheguei, e ela não me pareceu nada bem. Estou certa de que só iremos embaraçá-la se lhe dermos alguma atenção.


— Está certa. — Ruth desviou o olhar da folhagem de imediato. — Pobre alma! Espero que encontre algum conforto. Só estou surpresa por os proprietários a deixem ficar nesta confeitaria, uma vez que esteja tão perturbada.


— Decerto não vão deixá-la voltar após este episódio. — Annie comentou, em voz mais alta, para que a mãe pudesse ouvi-la. Estava furiosa com seu comportamento. Mas, pensando em Poncho, pediu: — Fale mais sobre seu filho, sra. Herrera.


Ruth ficou radiante. Aquele era seu assunto predileto.


— Posso lhe garantir que Poncho não é rude como pareceu esta tarde. A menos, é claro, que esteja lidando com algum criminoso. — Sorriu, cheia de orgulho. — Ele e o pai são muito parecidos quando se trata de manter a paz.


— Interessante...


— Devia tê-lo visto quando era um garotinho. Poncho adorava correr nu pela casa.


— Verdade? — Annie achou graça, sabendo que Poncho morreria de vergonha, se soubesse das coisas que a mãe estava lhe contando.


— Sempre foi muito inteligente. O primeiro da classe! — Os olhos castanhos esverdeados de Ruth brilharam como duas safiras. — As irmãs diziam que ele poderia ser qualquer coisa que quisesse, mas acabou escolhendo a polícia, como Alfonso pai. É uma longa tradição dos Herrera.


"Inteligência é muito importante", Annie pensou, cada vez mais animada com seu plano de ter um filho.


— Disse irmãs, sra. Herrera? Tem filhas?


— Infelizmente, não! As irmãs eram as freiras da escola que Poncho freqüentava. Meu menino era muito travesso, mas as irmãs diziam que era porque estava sempre à frente da turma, e ficava entediado.


— Notável!


— Ora, isso não é nada! — Ruth estava com o peito inchado de vaidade. — Formou-se em primeiro lugar em sua turma da Academia de Polícia.


"Bonito, inteligente... Até agora, Poncho parece o candidato perfeito!" Annie, então, passou para o próximo item de sua lista de exigências:


— É preciso ter um bom condicionamento físico para ser policial, não é?


A mesa do outro lado da folhagem ficou no mais absoluto silêncio, para não perder nenhuma sílaba daquela conversa. Marichello não era tola. Podia imaginar por que a filha estava dando aquele rumo ao assunto. E estava odiando isso.


— Na verdade, já é preciso estar em boa forma para entrar na força. — Ruth, muito animada, comia e falava sobre as qualidades do filho. — Contudo, isso nunca foi problema para meu Poncho. Ele tem a vista excelente e faz levantamento de peso e todos aqueles exercícios como ninguém.


Ficaram quietas por alguns instantes, cada qual enredada em sua teia de pensamentos. Enfim, após começar a degustar os doces, a própria Ruth retomou a conversa:


— Poncho é tudo o que uma mãe poderia esperar de um filho, exceto por uma coisa.


Annie pousou a xícara sobre o pires, à espera do pior. Alguma doença hereditária, talvez?


— Ele tem trinta anos, e já estou cansada de lhe dizer que está mais do que na hora de se casar com uma boa moça. Mas meu filho não me escuta! Diz que não pensa em se casar tão cedo.


Aquela reclamação era mais do que familiar para Annie. Marichello também não se cansava de mostrar-lhe as vantagens do casamento. Será que as mães irlandesas só pensavam em ver os filhos casados e ter netos? Nessa exata ordem, é claro!


— E a cicatriz... — Ruth fitava Annie com esperança. — Uma mulher especial precisa ensiná-lo a não se importar tanto com isso, não acha?


Annie duvidava que a tal marca tivesse alguma relação com o fato de Poncho não querer se casar. Ele devia ser apenas mais um solteiro convicto, o que era decisivo para transformá-lo no candidato certo para seu plano. No entanto, ao fitar os olhos ternos de Ruth, decidiu que ela merecia uma resposta honesta de sua parte.


— Se está procurando alguém que deseje um marido, sou a jovem errada, sra. Herrera.


— Não se interessou por Poncho?


— Não disse isso. A questão é que um relacionamento estável não faz parte de meus planos.


— Ah! Então significa que está interessada em meu filho!


— Meu Deus, sra. Herrera! Que mulher em seu juízo per feito não estaria?


Ruth pareceu crescer uns cinco centímetros, de pura satisfação maternal.


— É uma garota fantástica, Anahí! Confesso que não era bem isso o que eu pretendia ouvir, mas já é um começo. — Apanhando uma caneta e um pedaço de papel dentro da bolsa, escreveu algo nele e o empurrou pela mesa, até Annie. — Este é o telefone de Poncho, caso queira ligar. Quanto ao resto, deixarei a cargo da sorte.


— Obrigada. Ligarei, sim.


Um forte suspiro ecoou pelo salão, vindo de trás do canteiro. Marichello já devia estar fora de si, sem se importar mais em ser desmascarada ou não.


Ruth deu uma espiada entre as plantas, curvando-se para Annie.


— Devemos fazer algo? A coitadinha parece estar sofrendo muito. Poderíamos....


— Acho melhor não fazermos nada, sra. Herrera — Annie disse, depressa. A última coisa que desejava era que Ruth descobrisse Marichello. Isso iria arruinar tudo. — Pelo que li sobre o assunto, a pessoa fica pior se fazem comentários sobre seu estado mental.


— Tem razão. Vou até o toalete. Assim, aproveito para dar uma olhada nela. Só para ter certeza de que não está espumando pela boca.


"Talvez ela esteja mesmo", Annie concluiu, calculando o quanto sua mãe deveria se sentir furiosa.


— Só tome cuidado para não aborrecê-la ainda mais — aconselhou, temendo que Ruth fosse abordar Marichello para uma conversa.


— Certo.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): narynha

Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Annie prendeu a respiração, vendo Ruth atravessar o salão. Contudo, ela não demonstrou reconhecer a antiga rival. O segredo estava seguro por mais algum tempo. — Sei muito bem o que está pretendendo, Anahí Giovanna Puente Portilla! — Marichello manifestou-se, irada. — Mamãe, o que há de errado em que ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 216



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • al.andrade Postado em 17/02/2015 - 01:37:25

    mto engraçada essa web. Chorava com as brigas e discussões das duas.

  • isajuje Postado em 28/03/2013 - 17:36:07

    Amo quando tem comédia nas fics. KKKK gostei muito, demais.

  • ponnyaya Postado em 29/12/2012 - 02:32:18

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nunca ri tanto em uma web acordei meu pai no meio da madrugada com as minhas gargalhadas

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:31


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:22


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:16


    Ficou perfeita!!!!

  • gatita Postado em 24/06/2010 - 21:05:08


    Ficou perfeita!!!!

  • biaportilla Postado em 24/06/2010 - 11:53:51

    ficou linda a web muito boa msm amei
    bjs

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:01

    amanhã viu narynha
    quero muito poste
    tou contando as hrs
    bjssssssssss

  • rss Postado em 22/06/2010 - 20:51:00

    amanhã viu narynha
    quero muito poste
    tou contando as hrs
    bjssssssssss


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais