Fanfic: Um amor em Paris

-dulce maria, nossa casa tem piscina, armários embutidos, biblioteca. Quem é que tem essas coisas lá em cima? - meu pai vivia repetindo.
Acontece que, quando se é adolescente, pai é mais chato que mãe. Ou então um tenta vencer o outro em um concurso de chatice.
Preferia casa velha na parte de cima, nem que fosse geminada. Era na frente daquelas casas que os meninos ficavam, passavam e namoravam as meninas.
Eu tinha um namorado. Se chamavaalfonso. Era um cara bacana, metido a mauricinho, ruim de nota, mas bom de papo e de enrolação. Enquanto eu namorava o alfonso, a anahí namorava o christopher, mais baixo, mais feio, mais... Mentira. Prometi a mim mesma que não ia mentir de novo. Chega.
Quando vi o christopher, pela primeira vez, numa festa, esqueci que o mundo existia. Ele estava com uma calça desbotada - tinha passado alvejante -, uma camisa xadrez e uma camiseta branca por baixo. Tinha um cabelo na altura no queixo, liso, que balançava pra cá e pra lá. Cheirava a xampu. Depois daquele dia o alfonso passou a não existir. Eu só via o christopher pela frente. Fui correndo perguntar a maite quem era aquela "coisa maravilhosa, de cinema"...
- Primo do alfonso, você não sabia? Ele é do sul. E ta namorando a anahí. Começaram ontem!
A anahí tinha me traído. Como é que ela não falou nada? Tínhamos saído, tomamos sorvete... A que horas ela começou o namoro?
Perdi a conta do tempo que fiquei ali, vendo os dois dançarem, agarrados, separados, agarrados de novo. O alfonso me puxou varias vezes até que desistiu. Eu só ficava olhando os dois. Ciúmes da maite? Ciúmes de quem? Não sabia. Coração de adolescente sente coisas muito estranhas. Você pode estar apaixonado num minuto e desapaixonado num segundo.
Foi na segunda-feira que ela me contou como é que tudo rolou. E, pior, na aula de matemática.