Fanfic: Muito Amigos!!! (terminada)

Alfonso mal
conseguia respirar, menos ainda pensar ou se mover. Ele julgava que seu sonho,
em que Anahí aparecia usando biquíni, fosse suficientemente erótico, mas a Anahí
do sonho em nada se comparava com a Anahí verdadeira, diante dele, sem nada
sobre o corpo.

Com um
suspiro, Alfonso ajeitou-se na cama e, apoiando os ombros sobre o travesseiro,
fitou-a durante muito tempo. Seu rosto estava corado. A pele macia e os altivos
e suaves traços das sobrancelhas e do nariz faziam com que seus lábios
parecessem mais rosados, e os olhos, mais luminosos. Os cabelos soltos pousavam
sobre o lençol. Longos e brilhantes, provocavam em Alfonso o doce desejo de
mergulhar em suas delicadas mechas douradas e buscar, ansioso, o aroma de sua
pele acetinada.

Emocionado,
não ousou romper o encanto daquele instante mágico.

Olhavam-se em
silêncio. Era como se o tempo tivesse parado e nada mais existisse além dos
dois corpos magnetizados, ligados por uma estranha e forte energia. Os olhos
límpidos de Anahí expressavam ternura e sensualidade. Alfonso jamais se sentira
tão íntimo e tão próximo de mulher alguma. Como entender tal feitiço?

Suas mãos
temas e fortes acariciaram o rosto dela. Em resposta, os olhos de Anahí
cintilaram, e um sorriso iluminou-lhe o rosto delicado.

Quando você
sorri e me olha desse jeito, meu anjo, parece que nada mais importa, nem que o
mundo lá fora deixe de existir, pensou Alfonso, desejando gritar com toda a
força de sua alma a simples e louca realidade. Mas as palavras morriam-lhe na
garganta, os sentimentos o sufocavam.

Permaneceu em
silêncio, cheio de desejo por ela. Nada havia a fazer, além de viver a
intensidade daqueles momentos a dois. Tomou o rosto de Anahí e aproximou os
lábios dos dela. Abraçou-a e beijou-a com paixão, ansioso por uma resposta a
seus apelos.

Anahí, com o
sensual movimento de uma gata, aconchegou-se, envolvendo-o pelos quadris e
insinuando uma das pernas entre as dele.

Alfonso não
conseguia entender como surgiam novas e incríveis sensações cada vez que a
beijava e abraçava. Sentia-se maravilhado diante daquele poder sutil e forte,
difuso e mutável como as fases da lua, submerso na doçura do olhar e dos
movimentos convulsos de Anahí colada a seu corpo. Era envolvido com sutileza e
de forma irremediável por um reino encantado de delicadas e fortes sensações.
Beijava apaixonadamente o rosto amado, os olhos, a suave curva de seu pescoço.

Anahí o
acariciava e respondia a seus beijos ardentes. As prolongadas carícias e as palavras sufocadas entre
murmúrios fizeram com que o corpo de Alfonso tremesse de excitação. Era uma
premência inadiável, era o instinto que se sobrepunha à razão.

Anahí percebeu
e, depois de acariciar-lhe o rosto, deitou-se sobre o corpo másculo, ergueu os
braços e deixou que ele lhe afagasse os seios. Pendeu a cabeça para trás e
cravou os dedos nos ombros fortes.

Alfonso, com a
cabeça apoiada sobre o travesseiro, teve a nítida sensação de ter sobre si a
imagem de uma deusa. Sentiu os quadris de Anahí pressionarem e acomodarem-se
entre suas pernas. Imóvel, permitiu que ela se insinuasse, bem devagar, sobre
seu corpo ardente de desejo. Anahí curvou-se e beijou-lhe os lábios; explodindo
em louca sensualidade, Alfonso perdeu a noção de tudo. Deu-se conta de que
ainda estava vestindo o short. Esgueirou-se em direção à beira da cama e,
libertando-se das pernas e braços de Anahí, sentou-se para se despir.

- Deixe-me
ajudá-lo - disse ela.

Sentada na
borda da cama, com o rosto encostado no abdome de Alfonso, devagar, introduziu
a mão sob o short. Surpreendido por sua voracidade, ele apressou-se em se
livrar da peça de roupa. Extasiada, Anahí agarrou-o mais uma vez pela cintura e
trouxe-o de volta ao leito.

Alfonso nunca
a vira tão linda. Suspirou, fascinado e cheio de desejo.

Anahí era tudo
o que ele amava numa mulher.

Gostava de lhe
dar prazer.

- Eu o quero
dentro de mim. Agora. - As palavras dela soaram severas e irredutíveis.

Alfonso a
fitou.

- E mesmo?
Quem haveria de dizer... - caçoou.

Anahí fitou-o
com algo perigoso no olhar.

Ele estava
pronto. Mal podia esperar.

Então ela se
sentou em seu colo. Toda ela. Morna, molhada, o rosto afogueado. Um dos mamilos
o atormentava em frente à sua boca. Alfonso o abocanhou.

Anahí inclinou
o corpo para trás, a cabeça arqueada, a voz insistente:

- Agora não.
Vamos parar de brincar... Eu quero você dentro de mim.

Ele não estava
disposto a discutir. Não quando seria tão divertido lhe dar o que ela pedia.

Os braços de Anahí
se fecharam ao redor do pescoço dele, seus seios fartos roçando em seu tórax. Alfonso
se moveu e sentou-a mais confortavelmente em seu colo.

- Alguém
precisa se levantar e ir pegar um preservativo - disse ele.

Por um
instante, julgou que ela fosse lhe dizer para mandar  preservativo para o inferno. Um alarme soou
dentro de Alfonso.

Mas ele
deveria saber. Anahí não era estúpida.

Ela suspirou.

- Droga! Onde
está?

- Na
mesa-de-cabeceira.

Alfonso era um
homem maduro, tinha total controle sobre si mesmo, mas, diabo, como
supostamente alguém esperaria que ele lutasse contra a tentação de escorregar
para dentro de Anahí, pele contra pele?